20/02/2013

Centro de Culturas Populares e Identitárias é parceiro em projeto que valoriza artesanato da região sisaleira baiana

O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) realiza, em parceria com o Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), órgão da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBa) a exposição Trançar, tecer: Valente, Araci e São Domingos, a partir do dia 21 de fevereiro (quinta-feira), às 17h, na Sala do Artista Popular (SAP), localizada no CNFCP, no bairro do Catete, no Rio de Janeiro. A mostra apresenta trabalhos feitos com sisal por artesãs de cooperativas de três cidades baianas: Valente, Araci e São Domingos.

Além da exposição, o público poderá comprar bolsas, cestos, caixas, entre outros itens produzidos com as fibras de sisal e caroá e com a palha da pindoba por mulheres dessas três cidades baianas. Localizados no semiárido, no nordeste da Bahia, esses municípios fazem parte da Região do Sisal, destacando-se na produção do artesanato, na atividade secular feminina de trançar e tecer fibras da caatinga. “Desde 2007 fazemos parte dessa rede de parceiros. Neste ano de 2013 levaremos ao Rio de Janeiro três cidades baianas que são referência no artesanato com o sisal. Queremos com isso dar mais visibilidade aos artesãos, privilegiando a sua arte criativa e servindo também como rota de escoamento da sua produção, uma vez que estes produtos são comercializados durante a mostra. Outro ponto interessante deste projeto é que o produtor é quem define o preço de seu produto, de acordo com a importância da sua obra”, explica Mateus Torres, coordenador do setor de Preservação e Fomento do CCPI.

Valente é considerada a capital do sisal onde, além da Apaeb – Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira, responsável pelo beneficiamento da fibra e pela produção de fios e tapetes para exportação, encontra-se a sede da Cooperativa Regional de Artesãs Fibras do Sertão – Cooperafis, que trabalha com 64 artesãs nos três municípios.

As artesãs dos municípios de Valente e São Domingos trabalham com o sisal e também com a palha da pindoba. Já em Araci, a tradição consiste no trabalho com o caroá, uma espécie de bromélia encontrada na caatinga, do qual é extraída uma fibra áspera e dura utilizada na feitura de chapéus, aiós e bolsas.

Da variedade de produtos feitos pelas artesãs que trabalham com o sisal, somente o trançado utiliza a fibra como matéria-prima, os demais produtos – das técnicas de tricô, tear, e macramê – são feitos com o fio, que é comprado já colorido. Desse modo, tapetes, capachos, bolsas, carteiras e cintos são feitos com o fio, e os produtos utilitários, cestas, descansos de panela, jogos americanos, porta-joias e caixas são feitos com a fibra.

Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) - instituição vinculada ao Iphan responsável por promover ações que busquem, por meio de pesquisa e documentação, conhecer as realidades específicas em que ocorrem as mais diversas expressões do fazer brasileiro, procurando acompanhar as constantes transformações por que passam, bem como apoiar e difundir os processos culturais populares, propondo e conduzindo ações para sua valorização e difusão.

Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI) - órgão da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult/BA) encarregado de fomentar e promover as manifestações culturais populares que fortalecem a identidade do Estado da Bahia. As políticas do CCPI se orientam de acordo pelo alinhamento do Governo do Estado com o pensamento contemporâneo da Unesco e do Ministério da Cultura de promoção de políticas públicas voltadas para as culturas populares e identitárias.

Serviço:

Exposição: Trançar, tecer: Valente, Araci e São Domingos

Quando: de 21 de fevereiro a 31 de março de 2013 – de terça a sexta-feira, das 11h às 18h e aos sábados, domingos e feriados, das 15h às 18h

Onde: Sala do Artista Popular (SAP) - Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular - Rua do Catete, 179 - Catete – Rio de Janeiro.

Quanto: Aberto ao público

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