25/07/2013

Quarta que Dança 2013 estreia em 31 de julho


Projeto comemora 15 anos com programação em 12 cidades da Bahia, somando 84 apresentações gratuitas em todas as quartas-feiras até 13 de novembro.

Dez espetáculos, quatro intervenções urbanas, três danças de rua e quatro trabalhos em processo de criação compõem a programação da 15ª edição do Quarta que Dança, que, a partir de 31 julho, promove apresentações em Salvador e mais onze cidades: Curaçá, Itabuna, Ituberá, Juazeiro, Lauro de Freitas, Porto Seguro, Senhor do Bonfim, Taperoá, Uauá, Valença e Vitória da Conquista.

Cada trabalho será encenado quatro vezes, em locais diferentes, gratuitamente, contabilizando 84 sessões de uma mostra que seguirá em todas as quartas-feiras até 13 de novembro, num panorama contemporâneo da diversidade da produção em Dança na Bahia. As 21 propostas participantes foram selecionadas dentre 120 inscritas em edital público, um recorde histórico do projeto, que é promovido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Governo do Estado (SecultBA). A programação completa pode ser consultada na página www.fundacaocultural.ba.gov.br/quartaquedanca.

Na data de estreia, o Centro Histórico de Salvador é o primeiro lugar a ser ocupado pelo Quarta que Dança 2013: a intervenção urbana Tentáculos, do Núcleo VAGAPARA, se estenderá entre a Praça Municipal e a Praça da Sé, a partir das 16 horas. Depois, à noite, às 20 horas, três palcos da capital recebem espetáculos: no Cine-Teatro Solar Boa Vista (Engenho Velho), tem Mistura Brasileira, de Gerard Laffuste e Cia. Rodas no Salão; no Centro Cultural Plataforma, tem Soco no Vento, de João Perene; já no Espaço Xisto Bahia (Barris), a abertura oficial do projeto será marcada com a apresentação de A Filha do Meio, d’A Cia. do Meio.

Ao longo das 16 semanas, em Salvador e Região Metropolitana, os espetáculos e trabalhos em processo de criação estão escalados para o Centro Cultural Plataforma, Cine-Teatro Solar Boa Vista, Espaço Cultural Alagados, Espaço Xisto Bahia ou Cine-Teatro Lauro de Freitas – este último acrescentado ao projeto pela primeira vez. Estes espaços culturais públicos integram a rede de parceiros, através do apoio da Diretoria de Espaços Culturais da Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura (Sudecult/SecultBA), que se completa com a participação do Centro de Cultura Adonias Filho (Itabuna), Centro de Cultura João Gilberto (Juazeiro), Centro de Cultura de Porto Seguro e Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima (Vitória da Conquista). Há ainda os espaços municipais e/ou privados que recebem as encenações em outras cidades. Já as performances ao ar livre – intervenções urbanas e danças de rua – acontecem em ruas, semáforos, praças, orlas e estações de transbordo dos municípios.

O aporte financeiro para os prêmios do edital é de R$ 194 mil – uma ampliação de 83% em relação aos R$ 106 mil aplicados até 2012. Assim, os cachês tiveram ganhos: R$ 10 mil (25% a mais que 2012) para cada espetáculo; R$ 8 mil (33% a mais que 2012) para intervenções urbanas e danças de rua; e R$ 9,5 mil (46% a mais que 2012) para os trabalhos em processo de criação. Os proponentes de trabalhos em processo de criação também incluem em suas propostas um profissional para acompanhar a construção do projeto e participar de suas apresentações públicas, que serão seguidas de debates acerca dos resultados. Isto vem garantir uma maior qualificação no desenvolvimento das propostas, ao mesmo tempo em que amplia as possibilidades de troca geradas pelo Quarta que Dança.

O Quarta que Dança surgiu em 1998 e, ao longo destes anos, proporcionou a montagem de mais de 230 apresentações de variados grupos e propostas artísticas, consolidando-se como um dos principais mecanismos de promoção da Dança da Bahia. Desde 2007, as inscrições para integrar a programação do projeto passaram a ser feitas exclusivamente via edital, inicialmente em duas categorias – além dos tradicionais espetáculos de dança, deu-se espaço para os trabalhos em processo de criação, com objetivo de estimular o debate em torno dos processos construtivos. No ano seguinte, 2008, as outras duas categorias foram criadas: intervenção urbana e dança de rua, ampliando as possibilidades estéticas abrigadas e levando o Quarta que Dança também para o ambiente urbano.

ESTREIA DO QUARTA QUE DANÇA 2013

Quando: 31 de julho (quarta-feira)

Quanto: Gratuito

Produção: Dimenti Produções Culturais

Realização: Dirart/ FUNCEB/ SecultBA

Parceria: DEC/ Sudecult

Apoio: Fundo Nacional da Cultura/ MinC

www.fundacaocultural.ba.gov.br/quartaquedanca

Tentáculos

Intervenção urbana do Núcleo VAGAPARA, de Salvador

Tentáculos = movimento + geometria + espaço urbano. Quais relações podem ser feitas no encontro corpo-paisagem-cidade-concreto-geométrico-fixo-abstrato? Como se infiltrar no espaço e ser infiltrado por ele? Em que instâncias corporais e metafóricas essa investigação pode chegar? O caminho aqui é composto por variados cruzamentos onde Márcio Nonato e Olga Lamas buscam resoluções em tempo real para estas perguntas.

Onde: Praça Municipal à Praça da Sé (Centro Histórico de Salvador)

Horário: 16h00

A Filha do Meio

Espetáculo d’A Cia. do Meio, de Salvador

Com concepção artística e direção de Leila Gomes, é um espetáculo de dança/teatro com toque musical. Tenta levar para o palco uma “dançanovela”, com todos os dramas, pieguices e personagens que permeiam uma grande trama televisiva, com direito a cenas dos próximos capítulos e à possibilidade de intervalos comerciais. Assim, a magia, o magnetismo e o poder dramático novelísticos se conservam e, por que não dizer, se completam com outras formas de arte, com a autenticidade, a interatividade e a instantaneidade que só o teatro e a dança conseguem permitir.

A montagem conta a história da família De Tulha, do interior da Bahia, que tem três filhas e um marido com uma doença grave. A protagonista é a empregada da casa, a única que conhece todos os segredos do clã. Ganhador do edital Yanka Rudzka – Apoio à Montagem de Espetáculos de Dança no Estado da Bahia 2010, da FUNCEB, A Filha do Meio teve sua estreia em 2011 e já cumpriu quatro temporadas. Também foi contemplado pelo Edital Setorial de Dança 2012, também da FUNCEB, para circulação no interior da Bahia.

Onde: Espaço Xisto Bahia (Barris – Salvador)

Horário: 20h00

Mistura Brasileira

Espetáculo de Gerard Laffuste e Cia. Rodas no Salão, de Salvador

Show que concilia aspectos tradicionais da nossa cultura com uma visão contemporânea. A obra oferece a descoberta de contrapontos específicos de linguagens artísticas e culturais, a partir de uma reflexão sobre gêneros e estéticas. É uma referência singular pela articulação de elementos estéticos também singulares: a essência da Dança Folclórica, do Nordeste Brasileiro, e um tipo de escritura contemporânea. Por meio de procedimentos poéticos, o tema delineia a corporalidade do bailarino cadeirante em consonância ao andante. Assim, expressa a materialização da sensibilidade de diferentes culturas e danças. Essência revelada a partir dos movimentos dos intérpretes, que aliam diferentes linguagens artísticas aos códigos da dança tradicional e contemporânea, estabelecendo diálogo e encontrando êxito na criação artística.

Onde: Cine-Teatro Solar Boa Vista (Engenho Velho de Brotas – Salvador)

Horário: 20h00

Soco no Vento

Espetáculo de João Perene, de Salvador

A obra aponta para uma questão bem simples: a fácil maneira de se defender com uma dureza apenas aparente. A omissão, a não-verbalização, o que está implícito, existindo submerso aparentemente invisível, mas norteando todos os deslizamentos e acomodação do território emocional. Como palavras que não foram ditas, que consequentemente, nesta zona de autodefesa, acabam encadeando uma “superposição”, deixando rastros do passado interferirem no presente. Como estética, busca-se uma dança de riscos, sensações e imagens, descartando-se técnicas prontas.

Os intérpretes provocam-se constantemente, fazendo surgir a cumplicidade, não se revelando enquanto gênero. O espetáculo foi concebido para o lançamento do saudoso Ateliê de Coreógrafos Brasileiros em 2002, projeto baiano que reunia em Salvador criadores de várias partes do país e que acabou sendo responsável pelo agrupamento de artistas que logo veio dar origem à criação da Cia. João Perene Núcleo de Investigação Coreográfica (2004). Em 2012, a obra foi revisitada e contou, nesta segunda versão, com a participação de jovens bailarinos, alunos da Escola de Dança da FUNCEB, escolhidos através de uma audição, para o encerramento do projeto de manutenção da companhia.

Onde: Centro Cultural Plataforma (Plataforma – Salvador)

Horário: 20h00

Nenhum comentário:

Postar um comentário