22/08/2013

Uma das mais tradicionais companhias de balé do continente realiza sua primeira turnê no Brasil em setembro


Fotos: Diego Redel / Santiago Barreiro.

A estréia da turnê brasileira será em Salvador, no dia 3 de setembro, no TCA.

Com direção do consagrado Julio Bocca, uma das grandes estrelas da história do balé clássico mundial, o Ballet Nacional do Uruguai chega ao Brasil no início de setembro para a sua primeira turnê no país, sendo Salvador a capital de estréia do tour, com apresentação única no dia 3 de setembro, no Teatro Castro Alves. Em seguida, o grupo viaja para Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. O Ballet Nacional do Uruguai, conhecido também como Ballet Nacional Sodre, sediado em Montevideo, é uma das mais tradicionais companhias de balé da América Latina.


Para a turnê brasileira, Julio Bocca traz um programa com quatro coreografias: El Corsario – Pas de Deux (1988), criado pelo gênio Marius Petipa, inversão de Anna-Marie Holmes, Without Words (1998), do coreógrafo espanhol Nacho Duato, Sinfonietta (1978), dança mais conhecida do também coreógrafo Jirí Kylián, e Tango & Candombe (2011), uma das coreografias mais recentes do Ballet Nacional Sodre.

O Ballet Nacional Sodre (Ballet Nacional do Uruguai):

O Ballet Nacional Sodre é uma nova etapa da companhia nacional de dança do Uruguai, que no ano passado completou 77 anos, constituindo-se em uma das companhias profissionais de maior tradição na região sul-americana.

Desde sua fundação em 1935, grandes coreógrafos, maestros, diretores e bailarinos integraram a companhia em suas diferentes etapas. Destacam-se Alberto Pouyanne, Roger Fenonjois, Gala Chabelska, Tamara Grigorieva, Vaslav Veltcheck, Yurek Sabelesky, Maria Ruanota, William Dollar, Tola Leff, Eduardo Ramírez, Olga Bergolo, Margaret Graham, Tito Barbon, entre muitos outros.

Em junho de 2010, o Ballet Nacional Sodre ganhou Julio Bocca como diretor artístico, quando começou um processo profundo de reformulação da companhia. O objetivo é aumentar a excelência do corpo de baile por meio de um forte posicionamento nacional e internacional através da apresentação de um produto cultural de altíssimo nível, visibilidade e alcance popular.

Fundado em 27 de agosto de 1935, o Ballet Nacional do Uruguai surgiu como o organismo artístico responsável por desenvolver o ballet clássico no Uruguai e por levar um vasto repertório da dança clássica para um amplo público.

Site Oficial: balletnacionaluruguay.blogspot.com

O diretor Julio Bocca:

Um dos mais importantes bailarinos do final do século XX e considerado o maior bailarino argentino de todos os tempos, Julio Bocca nasceu em Buenos Aires, onde começou a aprender, com quatro anos, a arte do ballet clássico. Aos sete anos, tornou-se um talento promissor ao ser aceito na Escola Nacional de Dança, de onde progrediu para participar do Instituto Avançado de Artes, no Teatro Colón, em 1975. Em 1981, foi convidado para participar da companhia do Teatro Colón, onde se tornou o bailarino principal.

Aos 18 anos, em 1985, Julio Bocca ganhou a medalha de ouro na Competição Internacional de Ballet, em Moscou, na Rússia, consagrando-se entre os vinte melhores dançarinos do século XX. A partir do reconhecimento mundial, ele foi convidado por Mikhail Baryshnikov para se juntar ao corpo de baile do American Ballet Theater (ABT), assinando um contrato que permitia sua participação em outras companhias.

Reconhecido internacional, Julio Bocca aproveitou seu prestígio e dançou como convidado em diversas companhias do mundo: na Espanha, dançou pelas companhias La Scala (Milão) e National Ballet of Madrid; também passou pelo ballet Ópera de Paris; pelo Ballet Kirov, de São Petersburg; pelo Royal Danish Ballet, maior companhia da Dinamarca; pelo Royal Ballet, companhia de Londres; e por fim, ainda na juventude, pelo Ballet Bolshoi.

Com nove prêmios internacionais no currículo, Bocca se tornou referência no mercado da dança e foi cobiçado por diversas companhias do mundo. Em 2010, Julio Bocca foi convidado pelo presidente uruguaio, José Mujica, a dirigir o Ballet Nacional Sodre.

O Programa:

El Corsario – Pas de Deux (1988)

O mais puro estilo romântico se encontra condensado neste grande clássico, onde o exótico tema dos amantes fugitivos e a rigorosa coreografia do gênio Marius Petipa encontram um ponto culminante e paradigmático do ballet clássico tradicional. Coreografia: Anna-marie Holmes. Assistente: José Martin.Música: Adolphe Adams & otros. Figurinista: Galina Solovyeva.

Without Words (1998)

Criado pelo coreógrafo espanhol Nacho Duato, a obra apresenta o tema lírico do eterno círculo entre o amor e a morte, ao som da música contemporânea Franz Shubert. Coreografia: Nacho Duato. Música: Franz Schubert. Figurinista e Cenografia: Nacho Duato. Produção: Carlos Iturrioz/Mediart Producciones SL (Madrid, Espanha).

Sinfonietta (1978)

Esta é a obra mais conhecida da coreógrafa Jirí Kylían (Praga, 1947), artista de consagrada carreira internacional dentro da criação contemporânea, onde se destacou por seu estilo lírico e musical. Ao som de Leos Janacek, a dança se tranformou em uma obra clássica da dança contemporânea, ao qual Kylían alcança um ponto culminante na tradução dos movimentos das complexas relações amorosas entre os seres humanos. Coreografia: Jirí Kylían. Maestro Asistente: Patrick Delcroix. Música: Leos Janácek. Figurinistas e Cenografia: Walter Nobbe. Iluminação: Kees Tjebbes. Supervisor Técnico: Loes Schakenbos.

Tango & Candombe (2011)

Um trabalho da coreógrafa argentina Ana María Stekelman, criado especificamente para o BNS, apresenta uma das vertentes mais interessantes da escola latino-americana, já com uma visão do século XXI. Sua linguagem contemporânea é baseada nos ritmos populares argentinos. Coreografia: Ana Maria Stekelman. Figurino: Jorge Ferrari. Iluminação: Fernando Scorcela. Música: Seleção de autores e intérpretes argentinos.

Serviço

Salvador

Data: 3 de setembro

Local: Sala Principal do Teatro Castro Alves

Horário: 21 horas

Ingressos: R$ 140, R$ 120 e R$ 100 (inteira) / R$ 70, R$ 60 e R$ 50 (meia entrada)

Nenhum comentário:

Postar um comentário