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28/05/2018
Livro com cem poetas das quebradas é lançado em Salvador
Vai ter sarau, venda de artesanato, brincos, turbantes, livretos e apresentação musical durante o evento.
A obra “Poéticas periféricas: novas vozes da poesia soteropolitana” reúne textos de poetas e poetisas da periferia de Salvador-BA e será lançada no dia 08 de junho de 2018, a partir das 17hs, na Sala King da Funceb, à Rua Saldanha da Gama, 14 – Pelourinho (antiga sede do Liceu de Artes e Ofícios), em Salvador-BA. Texto de orelha por Maíra Azevedo (Tia Má, jornalista, atriz e digital influencer), apresentações de Geilson dos Reis (Pedagogo e Professor) e Dhay Borges (Coletivo de Entidades Negras - CEN), capa do poeta Marcos Paulo da Silva, contracapa de Allison Chaplin.
Financiamento através da 1ª Chamada do edital Calendário das Artes 2017, da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA).
Participam do livro poetas dos coletivos Sarau da Onça, Slam da Soronha, Sarau do Gheto, Sarau do Jaca, Sarau do Cabrito, Coletivo Cabeça, Sarau do Gato Preto, A Tu Ar, Sarau da Laje, Zeferinas, Sarau Arte Livre, Slam da Quadra, Sarau Urbano, Coletivo Boca Quente, Coletivo Pé Descalço,
Coletivo G13, Resistência Poética, Poeta com P de Preto, Slam das Minas, Coletivo Nosso Palco, Coletivo Pega Visão, Cine Sindicato, A Currute Poesias, CEPA Jovem, A Pombagem, Sarau Enegrescência, dentre outros.
Os poetas: Vinícius Araújo, Gisele Soares, Marcos Paulo Silva, Cairo Costa, Riick Stiller, Camila Ceuta, Alex Bruno, Milica San, Mateus Skyjin, Taíssa Cazumbá, Preto Jhoy, Samuel Lima, Breno Silva, Isadora Nascimento, Kelvin Santos, Thi Zion, Dricca Silva, Negreiros Souza, Rilton Junior, Lislia Ludmila, Amanda Quésia, Preto Disgraça, José Cláudio Onofre, Danilo Lisboa, Josue
Ramiro Ramalho, Ray Santana, Giovanni Cavalcanti, Conceição Ferreira, Lázaro da Paz, Marivaldo Gomes Gonçalves, Victória Alcântara, Tiago Oliveira Nascimento, David Alves, Gonesa Gonçalves, Lidiane Ferreira, Jennifer Santana, Iago Santana, Ian Santana, Amanda Denis, Ayala Santana, Jenifer Oliveira, Rool Cerqueira, Vanessa Coelho, Jaqueline Ferreira, Mariana Oxente Gente, Kuma França, Lucas Silva, Guy Falcão, Heder Novaes, Pareta Calderasch, Niel Souza, Jackeline Pinto Amor Divino, Pedro Zaki, Pedro Maia, Allison Chaplin, Pedro Lucas, Anajara Tavares, Alan Felix, Andrei Williams, Geilson dos Reis, Udimila Santos, Marina Lima, Gamp, Igi Emi, Indemar Nascimento, Carlos Leleco, Carlos Meneses, Renildo Santos, Celeste Costa, Fabricio Britto e Patric Adler, Davi Mariston, Chirley Pereira, Manuela Ribeiro, Poeta Noite e Mano Jack, Gleide Davis, Zenon Santos, Fabrícia de Jesus, Bia Santana, Júlia Victória Tavares dos Anjos, Evanilson Alves, Diana Manson, Larissa Barros, Ayran Búfalo Reis Yaiá, Adriana Gatto, Michelle Saimon, Zezé Olukemi, Lucas Barbosa, Luan Victor, Luz Marques, Edson Junior, Rafael Pugas, Fabiana Lima, Ludmila Singa, Iaiá Vilanueva, Sandro Sussuarana, Jamile Santana, Yuna Vitória, Adriele do Carmo e Damiana Sá.
Programação
08.06.2018 (sexta-feira) - Mestres de Cerimônia: Valdeck Almeida e Renata
Rimet
17:00 às 17:40hs - Banda Zimoblack
17:40 às 18:00hs – Falas institucionais: Renata Dias (Diretora da Funceb),
Tia Má (orelha do livro), Geilson dos Reis e Dhay Borges (prefaciadores)
18:00 às 20:30hs - Microfone aberto para poetas do livro
20:30 às 21:00hs – Autógrafos e Banda Zimoblack
A Banda ZimoBlack é composta por jovens estudantes de música, com idades que variam entre 17 e 21 anos, no repertório trazem sucessos de artistas como Liniker, Jorge Ben Jor e alguns trabalhos autorais. Os músicos: Ícaro Freitas, Rafael Pitanga, Camila Ceuta, Yago Luis, Emerson Araújo e
Carine Nascimento.
Poéticas periféricas - Composto por cerca de 100 poemas, o livro é resultado do trabalho coletivo de vários protagonistas de saraus, slams, grupos e coletivos de artistas da palavra, que representam quase 3 milhões de vozes da capital baiana. Registra parte da produção literária de Salvador e traz denúncias contra o genocídio da juventude negra e periférica, racismo, homofobia, racismo religioso, machismo e todas as opressões. E também tem poemas de amor, sonhos e alegria. A publicação pretende dar visibilidade, proporcionar a compilação de poemas para fontes de pesquisas, além de valorizar o movimento de leitura e escrita, bem como fortalecer políticas de formação de leitores e facilitar o acesso à produção poética da periferia para os interessados. Além disso, o projeto é um instrumento de estímulo à criação poética para fortalecer o trabalho em grupo já realizado pelos diversos coletivos. A publicação deve facilitar a circulação da produção poética através dos saraus e slams e fomentar o mercado editorial local.
O que pensam as/os autoras/es Adriele do Carmo (Sarau Arte-Livre): “Ter um poema meu publicado num livro que conta com nomes tão importantes e respeitados na literatura periférica de Salvador é sem dúvida uma das maiores alegrias, é uma forma de confirmação da importância do meu trabalho”. Milica San: "Dou sincero e alto valor a esta reunião de Poesia. Um sarau em papel impresso. Sincera gratidão. Nossas ideias juntas, nossos traços, nossos versos." Fabrício Britto (A Pombagem): "Estou feliz em participar de uma obra tão representativa para a periferia, e mais feliz ainda por essa experiência propiciar a publicação de uma poesia que tem 10 anos." Amanda Quésia: “É de extrema importância participar desse livro, onde pretas e pretos relatam sobre suas experiências, sobre a nossa realidade, que é cada vez mais desafiadora no nosso dia a dia. E podemos mostrar, a partir desse livro, que temos voz, sim, e que não vamos nos deixar calar diante de tantas desigualdades.” Thi Zion: "Numa época de subtração de direitos arduamente adquiridos por organização e luta de vários movimentos e entidades sociais, a arte grita seu repúdio contra toda tirania e exploração hegemônica, contra toda forma de violência expressa num biopoder que se acha no direito de paralisar determinadas camadas sociorraciais.” E prossegue: “A poesia não pode ser apenas perfume, na rosa ela também é espinho e fura, sangra, e às vezes, é nosso próprio sangue banhado nela. Esta compilação da arte poética soteropolitana registra esta contundência periférica, este grito antes abafadoe esta esperança por dias melhores."
Danilo Lisboa: “Vejo esta obra literária como um marco para a poesia periférica soteropolitana, pois a mesma propõe, a meu ver, algo que supera o conceito de antologia. Enxergo como uma unificação das ideologias que se revelam como um grito de desabafo perante as injustiças, mostrando que,
embora haja poetas e poetisas deste trabalho que ainda não se conheçam, as nossas indignações se assemelham. Espero que tal unificação possa ir além das páginas e nos conecte pelos saraus da vida.”
Zezé Olukemi: “A poesia ainda é um dos principais veículos que transportam a opinião da periferia para o mundo. A manifestação do pensamento falado ou escrito não tem fronteira e nem barreiras e integrar uma obra como esta, onde vários artistas se reúnem com a intenção de transmitir e transportar essa palavra, só fortalecem os meus laços com a minha comunidade, mesmo me dando asas para voar, me dá base, sustento e raiz.” Renata Rimet (colaboradora do projeto): “A arte nos aproxima, nos integra, nos torna sociedade de fato. A poesia da periferia mostra sua cara, é
importante descrever mazelas e destruir a grande farsa; é com inteligência, sabedoria e uma caneta nas mãos que essa turma contra-ataca. São vozes a serem ouvidas, versos que revelam verdades, palavras tingidas de sangue jorrando amor por toda parte, em cada verso, o reverso se anuncia, com orgulho aplaudo de pé a publicação que se anuncia, a voz da periferia, palavra de ordem, desordem, agonia, em busca do seu espaço, respeito e verdadeira cidadania. Um caminho de muito sucesso a todos!” Difusão - Será feita uma tentativa de tarde de autógrafos na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que vai acontecer em agosto na capital paulista. Parte dos exemplares será entregue à Secretaria de Cultura do Estado para doação a bibliotecas públicas e comunitárias. O restante dos livros será distribuído entre os poetas como pagamento dos direitos autorais e para geração de renda para manutenção dos coletivos.
O Calendário das Artes propicia o financiamento de pequenos projetos e sua importância é fundamental. Para o jornalista e poeta Valdeck Almeida de Jesus, “As políticas públicas relativas a cultura, sejam dos governos federal, estadual ou municipal, são, na sua gênese e nas bases legais, acessíveis a todas e todos, de forma democrática e universal. Entretanto, o financiamento, devido a uma série de fatores, como complexidade dos grandes editais, burocracia inerente por exigência legal, total de dinheiro investido que nem sempre é o suficiente para todas as demandas, dentre outros aspectos, nem sempre consegue chegar nos poetas de rua, das periferias. Afinal, são centenas ou milhares de projetos inscritos, muitos deles por pessoas ou grupos já experientes, o que acaba dificultando o acesso a pequenos coletivos que, na sua maioria, está envolvida completamente fazendo malabarismos para manter as atividades, não sobrando tempo para se habilitarem e concorrerem em editais”.
Serviço
O quê: lançamento do livro “Poéticas periféricas: novas vozes da poesia
soteropolitana”
Quando: 08 de junho de 2018, a partir das 17hs
Onde: Sala King – Fundação Cultural do Estado da Bahia – Rua Saldanha
da Gama, 14 – Pelourinho (antiga sede do Liceu de Artes e Ofícios),
Salvador-BA
Quanto: Entrada gratuita. O livro: R$ 30,00 (trinta reais)
Contatos para entrevistar autores: 71 99345 5255 – Valdeck –
poeta.baiano@gmail.com
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