17/06/2010

ESPETÁCULO BANQUETE - DIA 28 DE JUNHO, ÀS 18H, EM SALVADOR, NO TEATRO DE ESTÁDIO ERGUIDO EM ONDINA PARA AS DIONISÍACAS 2010.



ENTRADA GRATUITA COM DOAÇÃO VOLUNTÁRIA DE 1 KG DE ALIMENTO NÃO PERECÍVEL, BRINQUEDOS E FLORES.
É o clássico diálogo de Platão virado bori a Eros pelo Oficina.

...Agatão, grande ator grego, acaba de encenar as Bacantes no Teatro de Estádio e recebe seus convivas para um Banquete regado de vinho em sua casa onde vão cantar o Amor, Eros.

Texto muito conhecido da psicanálise e filosofia mundiais foi recriado pelo Oficina e traz para a cena entidades míticas como Zeus, Hera, Eros, a deusa Embriaguez, Pênia, Jesus e Fidel Castro.



É a peça de encerramento das Dionisíacas 2010, a catarse em festa, mas principalmente a invenção de um jogo para lá do normal para que todos possam beber sabedoria na insânia.
A transversão do texto por José Celso Martinez Corrêa começou em março de 2009 depois do convite do festival Queer, em Zagreb na Croácia para onde foram seis integrantes do grupo realizar com sérvios e croatas “Gozba”, o Banquete em ensaio aberto no dia 10 de maio.

O trabalho lá tornou-se missão de descatequização “a mensagem toda do espetáculo foi formada durante os ensaios, com os atores, seguindo suas emoções e reações. Nos olhos deles e nas palavras explicitadas eu pude reconhecer o medo, relacionado à homofobia, na sociedade croata, que hoje ocupa o lugar que era do nazismo e do stalinismo.” disse o diretor a jornal croata.



Depois o grupo partiu para a Grécia e abriu caminhos para a realização das Bacantes no teatro de Epidauro em 2010.

Ao voltar Zé Celso trabalhou mais sobre o texto e depois de quatro leituras, o grupo levantou a encenação, trabalhando principalmente sobre a interpretação do texto tornado “phala” em versos musicados.



Estreou em 24 de junho de 2009 na pista do Oficina transformada em chão de camas para o encontro dos banqueteiros que reunidos na casa do poeta Agatão, recém chegado da vitória com Bacantes nas Dionísiacas, mas ainda na ressaca do banquete anterior, decidem por outro jogo: dar a Eros, cada um, um canto – e assim beber menos.

Entre eles estão personagens históricas de 2500 anos atrás, o poeta Agatão feito por Marcelo Drummond, Aristófanes, o comediógrafo de As Nuvens, interpretado por Dias Paes, o médico Erixímaco, por Anthero Montenegro, a filósofa Diotima por Camila Mota, Sócrates, personagem principal através da qual Platão constrói todos seus diálogos, interpretado por José Celso, Heráclito, o filósofo, e personagens da mitologia grega, que originalmente surgem apenas nos discursos proferidos mas estão incorporados na versão do Oficina: Orpheu e Eurídice em seu caminho para o Hades; os Andróginos que partidos pelo raio de Zeus tornam-se homem e mulher na encenação ritual do mito de surgimento dos gêneros a partir dos transgêneros; e Eros, nascido do pai Poros e da mãe Penia, a Necessidade, cujo parto é encenado; além de Jesus e Iemanjá....

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