22/08/2010

MUSICAL INFANTO-JUVENIL CRIA UNIVERSO MÁGICO A PARTIR DA HISTÓRIA DE UM PAPAGAIO

Contemplado pelo Edital nº 006 / 2009 - MANOEL LOPES PONTES – APOIO À MONTAGEM DE ESPETÁCULOS DE TEATRO NO ESTADO DA BAHIA – da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, a peça “Papagaio” tem músicas de Chico César e elenco de destaque, numa aventura com várias versões, capaz de atrair crianças e adultos.

Misturando contos de fadas, jogos da infância, referências nordestinas e músicas inéditas compostas por Chico César, o musical infanto-juvenil Papagaio estréia no próximo dia 21 de agosto em Salvador, levando para o palco do Teatro Vila Velha uma história construída a partir da rica tradição da oralidade.

A peça é vencedora do edital Manuel Lopes Pontes, tem texto de Cacilda Povoas e direção de Felipe de Assis, além de contar com elenco e ficha técnica recheados de importantes nomes das artes cênicas baiana. Papagaio estréia no dia 21 de agosto e ficará em cartaz até 6 de setembro no Teatro Vila Velha, sempre aos sábados, domingos e segundas, às 16h. Os espetáculos de segunda serão destinados a grupos escolares, embora a bilheteria esteja aberta para o público em geral. Para formar um grupo, pode-se entrar em contato com a produção do espetáculo através do telefone (71)3241-2983, das 10h às 17h.

A peça conta a história de uma moça que recebia visitas de um príncipe encantado, em forma de papagaio. Um dia, por inveja, colocam uma armadilha que obriga o príncipe-papagaio a fugir para o seu reino, ferido.

A moça sai então em uma peregrinação à procura desse reino e da cura do seu amado. Em cena, os atores Cláudio Machado, Diogo Lopes Filho, Evelin Buchegger, Fernanda Paquelet, Luisa Proserpio, Vanessa Mello e Vitório Emanuel dão vida a 24 personagens, que circulam num mundo recheado de referências da literatura fantástica do universo infanto-juvenil, com seus príncipes, reis, rainhas, irmã de um olho, a exagerada irmã de três olhos, bichos esquisitos e viagens a lugares diferentes. Tudo isso com direito a um belo desfecho em festa/banquete, típico das tradições populares.

Para a construção da história, Cacilda Povoas (O Olhar Inventa o Mundo, Vixe Maria – Deus e o Diabo na Bahia) vasculhou a literatura oral em busca de personagens femininas que representassem seu ideal de heroína. Encontrou nos contos “O Papagaio Real”, de Câmara Cascudo, e “O Papagaio do Limo Verde”, de Silvio Romero, o ponto de partida que precisava, mas deparou-se com uma pluralidade de versões do texto, como “O Pássaro Esverdeado”, de Ângela Carter, “O Príncipe Verdeprado”, de Giambattista Basile, e “O Príncipe Canário”, de

Ítalo Calvino, todas enriquecidas pela tradição oral dos seus respectivos países. A solução foi incluir esse aspecto na própria peça, oferecendo ao público três versões da história narrada sobre o príncipe/papagaio.

Diversidade – É uma proposta que radicaliza a diversidade e multiplicidade de pontos de vista na sua escrita, contando uma história simples através da inclusão de suas variações. Sendo assim, a história da peça muda cada vez em que um ator/narrador conta sua versão, criando espaço para que o público perceba a riqueza e a diversidade de respostas e de significados de um mesmo fato – o que, por sua vez, abre um diálogo para a valorização das diferenças e da tolerância.

A concepção do espetáculo utiliza recursos do jogo teatral para contar e comentar essas versões, que flertam com a opereta, em cores bem brasileiras e com forte acento nordestino.

Trazendo um elenco com experiência em musicais – que contou com a preparação musical de Ângelo Rafael e preparação corporal de Verônica Fonseca –, as canções inéditas de Chico César ganham uma importância fundamental para a montagem, contribuindo diretamente para a função dramática das cenas.

“As composições da peça trazem a matriz medieval tão presente no Nordeste e permitem um reencontro com a criança de cada um de nós, num retorno ao prazer de brincar e aprender”, comenta Felipe de Assis, para quem a peça tem também o mérito de valorizar a figura da mulher capaz de construir seu futuro e realizar seus desejos. “E como no teatro tudo é permitido, a figura feminina principal e protagonista da história é sustentada por três atrizes; com a cumplicidade do público, piscamos de canto de olho, dizendo: estamos fazendo teatro. É papagaio porque sabe voar”!

SERVIÇO:
Papagaio
Local: Teatro Vila Velha
Data: Dias 21, 21, 23, 28, 29 e 30 de agosto, e dias 04, 05 e 06 de setembro.
Horário: 16h (no dia 29 de agosto, a peça será apresentada, excepcionalmente, às 11h).
Ingresso: R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia)


FICHA TÉCNICA PAPAGAIO

Texto: de Cacilda Povoas, a partir dos contos populares recolhidos por Silvio Romero, Câmara Cascudo, Ângela Carter, Ítalo Calvino e Giambattista Basile
Música original: Chico César
Diretor: Felipe de Assis
Assistente de Direção: Susan Kalik
Elenco: Cláudio Machado, Diogo Lopes Filho, Evelin Buchegger, Fernanda Paquelet, Luisa Proserpio, Vanessa Mello, Vitório Emanuel e Susan Kalik (standin)
Desenho de Luz: Pedro Dultra
Operador de Luz: Priscila Povoas e Vinícius Valente
Cenógrafo: Rodrigo Frota
Cenotécnicos: Adriano Passos, George Santana, Israel Luz (Gão), Paulo Maurício e Gei Correia
Figurinista: Miguel Carvalho
Costureira: Lina Lemos, Célia Trindade e Dedeu
Aderecista: Sergio Teles
Preparação Corporal: Verônica Fonseca e Jorge Santos
Coreógrafo: Jorge Santos e Verônica Fonseca
Preparação Musical e Arranjos: Ângelo Rafael Fonseca
Trilha Sonora: Kico Povoas
Músicos: Estevam Dantas, Leo Bittencourt e Raiden Coelho
Operador de Som: Lívia Nery
Projeto Gráfico: Pietro Leal
Fotos: Márcio Lima
Assessoria de Comunicação: Beto Mettig
Produção: Huol Criações e Supernova Teatro
Produtores: Cacilda Povoas, Marcelo Moreno, Luisa Proserpio e Gabriela Laborda
Assistente Administrativo: Eliuma Brito
Realização: Bandurra Assessoria e Produção

O musical infanto-juvenil Papagaio foi contemplado pelo Edital nº 006 / 2009 - MANOEL LOPES PONTES – APOIO À MONTAGEM DE ESPETÁCULOS DE TEATRO NO ESTADO DA BAHIA – da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia

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