O Conselho Estadual de Cultura da Bahia (CEC) formulará um pacote de sugestões sobre como a Secretaria de Cultura da Bahia (SecultBA) pode colaborar para o reconhecimento e o respeito à diversidade sexual e de gênero na Bahia. O passo inicial para essa ação dar certo é a realização da Sessão Extraordinária que acontece no próximo dia 30, às 14 horas, na sede do órgão, no Campo Grande.
O evento é aberto ao público, respeitando o limite de 100 lugares no auditório. Além dos conselheiros do CEC, estarão presentes convidados que trabalham com a cultura e a diversidade sexual. Um dos pontos a ser debatido é o fato de o governo estadual ter acabado com os editais específicos à comunidade LGBT e incluí-los no segmento de editais de Culturas Identitárias.
A alteração fez com que as demandas culturais LGBT passassem a concorrer com questões étnicas e outras identitárias, como a cultura da infância, a cigana, e a de gênero. “Isso cria uma competição em torno dessas identidades e a verba destinada não atende todas as demandas”, explica o conselheiro estadual de cultura, pesquisador e professor Leandro Colling.
Em parceria com conselheiros que fazem parte do Grupo de Trabalho Eventos e Demandas Extraordinárias do CEC, Colling articulou a realização da Sessão Extraordinária como meio de também fortalecer os mecanismos das políticas culturais voltadas à comunidade LGBT.
“A proposta é ouvir produtores, artistas e pessoas envolvidas com a temática para fazer uma avaliação dos editais que a SecultBA já fez. Precisamos sistematizar algumas orientações do conselho para a secretaria de modo que ela tenha um documento importante para basear suas futuras ações”, explica.
CONVIDADOS – Estão confirmadas as presenças do diretor de teatro e pesquisador Djalma Thürler, da produtora cultural Fernanda Bezerra, do ator transformista Valerie O’rarah e do jornalista Agnaldo Almeida, representante do Fórum Baiano LGBT.
A produtora Fernanda Bezerra apresentará na sessão um comparativo de quantos projetos foram aprovados quando existiam editais focados na cultura LGBT e a redução drástica nos números.
Já o jornalista e militante Agnaldo Almeida pretende sugerir caminhos sobre como as políticas culturais voltadas à comunidade LGBT não fiquem reféns apenas das políticas de editais e tenham autonomia com ações permanentes do poder público. “Espero que a sessão seja um avanço na elaboração de políticas publicas de incentivo à cultura da população LGBT”, pontua.
SAIBA MAIS SOBRE OS CONVIDADOS
Agnaldo Almeida – Graduado em Jornalismo, atua no movimento social LGBT desde 2008. É membro do Coletivo Universitário pela Diversidade Sexual (KIU!), entidade que atua em educação e combate à homofobia. O coletivo originou a Associação Beco das Flores, que trabalha com Educação, Cultura e Cidadania LGBT.
Djalma Thürler – É professor permanente do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade e do Programa de Estudos Interdisciplinares sobre a Universidade. Coordena o grupo de Pesquisa em Cultura e Sexualidade (CUS) e o Gênero, Narrativas e Políticas Masculinas (GENI), ambos ligados ao Centro de Pesquisa Multidisciplinar em Cultura (CULT), da UFBA. Também é diretor e produtor de teatro.
Fernanda Bezerra – Graduada em Produção Cultural pela Ufba, é sócia-produtora da Multiplanejamento Cultural e Idealizadora da mostra Possíveis Sexualidades – Festival de Cinema e Diversidade Sexual do Nordeste.
Valerie O´rarah – Transformista, trabalha na noite soteropolitana e atua em espetáculos de teatro. É militante LGBT e participa com frequência de seminários e congressos relativos à temática. É conhecida por ter participado de peças como a Alma Encantadora do Beco.
Serviço
Sessão Extraordinária – Como as Políticas Públicas no campo da cultura podem colaborar para o reconhecimento e respeito à diversidade sexual e de gênero na Bahia.
Quando: 30/07/13, às 14 horas
Onde: Auditório do Conselho Estadual de Cultura (CEC), anexo do Palácio da Aclamação, no Campo Grande.
Entrada gratuita. Capacidade para 100 pessoas.
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