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18/11/2013
Banda Suinga lança primeiro CD em formato digital na quinta-feira, 21 de novembro
Foto: Nathália Miranda.
Disco estará disponível para audição em rádios digitais como Grooveshark, Deezer e Rdio.
Após três anos na estrada, um EP com sete faixas, shows nos principais palcos baianos e uma breve turnê por São Paulo, a banda baiana Suinga finalmente lança o seu primeiro disco. No dia 21 de novembro, quinta-feira, o público poderá escutar as 11 faixas do álbum “Recomeço” nas plataformas de rádio digitais.
Reconhecida como uma banda que desde sua estreia faz uma releitura da tradicional música baiana, a Suinga apresenta neste CD uma nova fase. “Recomeço”, além de ser também o título da canção que encerra o disco, representa as novas possibilidades para a sonoridade do grupo, que em três anos emplacou hits como “Sorvete de Cajá”, “Tonho Miserê” e “Pepeu no Mar”. As letras despojadas e as referências ao cotidiano da cidade de Salvador continuam lá, além da irreverência de Fox, vocalista, com seu visual que tornou a banda um sucesso desde seu surgimento.
“Recomeço” conta com 11 faixas inéditas, algumas já conhecidas do público como “A Maré tá Boa”, “Sacolão” e a faixa-título. Lançado em formato virtual, o disco estará disponível para audição online gratuita em plataformas digitais de rádio e de distribuição de música, tais como Grooveshark, Deezer e Rdio. A ideia é liberar para audição em streaming e colocar o disco à venda em lojas como iTunes e Amazon, incialmente sem liberar o CD para download gratuito.
SOBRE O DISCO
O álbum foi produzido por Fox em parceria com Irmão Carlos, gravado no seu estúdio, Caverna do Som, em Salvador. A masterização ficou por conta de Fernando Sanches, conhecido por seus trabalhos com talentos como Criolo e Karina Buhr. As 11 faixas do disco são autorais e frutos da colaboração de Fox com músicos parceiros como Dinho e Marceleza de Castilho, entre outros.
Em destaque, a faixa “Molhadinha na Boca”, que faz referência aos antigos carnavais e composições de duplo sentido, mas sem perder a compostura, destacando a sonoridade da guitarra baiana, instrumento símbolo do carnaval baiano criado por Dodô e Osmar. Já “Sacolão” é uma mistura do antigo Axé com a Lambada, mas valorizando mais as guitarras e relevando uma forte influência do indie rock. A composição procura, de forma simples, mostrar a miscigenação do povo baiano como se estivesse dentro de uma grande sacola de feira. “A Maré tá Boa” é outro destaque, com referência ao Carimbó do Pará, narrando um personagem ao estilo Vadinho de Jorge Amado (escritor baiano), que mergulha em um mar profano de mulheres e perdições.
“Recomeço” conta com várias participações de músicos que fizeram parte da trajetória da Suinga ao longo destes três anos. Marceleza, membro fundador da banda, gravou as guitarras da faixa “Morena Beleza”. Morotó Slim (Retrofoguetes) gravou guitarra baiana em “Molhadinha da Boca”, Dimazz gravou guitarra em “Donna”, e Andel Falcão (Callangazoo) gravou violão em “Dengo”. Teago Oliveira (Maglore) gravou palmas em “Pombo Sujo”, e Diego Cerqueira e Felipe Dieder (Maglore) gravaram a percussão e bateria de todo o disco, respectivamente. A estreante cantora Isadora Sebadelhe faz dueto com Fox em “Dengo”, Juracy Bemol (OSBA) emprestou seu trompete em “Recomeço”, e Francisco Matos o seu violino a faixa “Donna”.
Clipe de “Gira”: http://www.youtube.com/watch?v=Y4anK2Gfjnc
SOBRE A SUINGA
Idealizada por Diego Fox (guitarra e voz) e Marceleza de Castilho em 2010, a Suinga faz música popular tendo como principal referencial as riquezas culturais da Bahia. Criados no burburinho do carnaval baiano, os integrantes do grupo viveram o nascimento, a explosão e a massificação do gênero tido, hoje, como “axé music”, o que os inspirou a experimentar e fazer releituras com base nas misturas oferecidas pela riqueza desse ritmo.
O resultado é um trabalho que se vale de ícones que vão do axé music ao pagode, arrocha, fricote, samba-reggae e ijexá. A ideia é brincar com todas as possibilidades dos ritmos populares baianos, culminando em um som autoral com uma pegada rocker despojada e espontânea.
O conjunto afirma sua identidade cultural também nas letras e linhas melódicas, trazendo à tona aspectos musicais da tradição oral baiana. A sonoridade acaba por “puxar” o ouvinte pela memória, atualizando a música de rua disseminada nos carnavais baianos por artistas como Armandinho, Dodô e Osmar, Novos Baianos, Luiz Caldas, Gerônimo, Chiclete Com Banana e Moraes Moreira.
A identidade visual é outro aspecto que o grupo busca valorizar, inserindo seus membros como personagens apresentados em ambientes que compõem o universo da cultura popular de Salvador. Isso pode ser visto tanto no figurino como nos videoclipes lançados pela Suinga, como “Miniminina”, “Sorvete de Cajá”, "Tonho Miserê" e “Gira”.
Com um EP já gravado, produzido por Jorge Solovera, e com três anos de existência, a Suinga já tocou nos principais palcos de Salvador, além do Festival Lado BA, no Projeto Intercenas em Feira de Santana-BA, no Circuito Osmar e na Mudança do Garcia do Carnaval 2011, e no Carnaval de Maragogipe. Pelo Coletivo Fora do Eixo, a Suinga fez parte do projeto Folia Fora do Eixo e do Festival Suiça Baiana, em Vitória da Conquista-BA, além de shows no Studio SP e na Casa Fora do Eixo de São Paulo.
A visibilidade conquistada pelo grupo nesses anos de trajetória lhes rendeu, entre outras coisas, a gravação de uma vinheta para a TVE ao lado de Gerônimo e Marcio Vitor. Além disso, o vocalista Fox foi convidado pelo programa Mê de Musica para uma jam com o músico Luiz Caldas, uma das referências da Suinga.
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