Sete filarmônicas e bandas realizam o XXV Encontro de Filarmônicas no 2 de Julho,
em pleno Campo Grande, das 17h às 21h
No dia seguinte, a partir das 18h, também no Campo Grande,
o Baile da Independência celebra com o povo a data máxima da Bahia
Há
25 anos atrás o maestro Fred Dantas, o cantor e compositor Moraes
Moreira e o mestre de bandas Zinho de Aramari decidiram que era preciso
chamar a atenção para o estado de esquecimento em que se encontravam as
filarmônicas na Bahia, com uma grande apresentação na capital. Assim
nasceu o Encontro de Filarmônicas no 2 de Julho, que em seu Jubileu de
Prata reúne no próximo sábado, dia 2 de Julho, das 17h às 21h, em pleno
Campo Grande, sete filarmônicas e bandas - Filarmônica Ambiental
(Camaçari), Banda de Música Maestro Wanderley (Polícia Militar), Banda
Filarmônica do Projeto Neojibá, Filarmônica União dos Artistas (Ilha de
Bom Jesus dos Passos ), Filarmônica Minerva Cachoeirana (Cachoeira),
Filarmônica 4 de Janeiro (Itiúba) e a Oficina de Frevos e Dobrados. A
promoção é da Fundação Gregório de Mattos e a realização da Oficina de
Frevos e Dobrados, com coordenação do maestro Fred Dantas.
No
dia seguinte, ao pé do caboclo, tendo como salão o próprio Campo
Grande, duas orquestras realizam o “Baile da Independência”, um baile
público de pura comemoração popular. Promovida pela Fundação Gregório de
Mattos, e realizada pela Orquestra Fred Dantas, a partir das 18h, a
festa conta na abertura com a Orquestra Paulo Primo. Logo em seguida a
Orquestra Fred Dantas toca para a população.
No
“Baile da Independência” será realizado o resgate do “Hino à Cidade do
Salvador”, composição de Oswaldo Leal, serão tocadas composições
relacionadas à nossa cidade - obras de Ari Barroso, Dorival Caymmi,
Riachão e Moraes Moreira, entre outros – haverá muita música dançante
para que casais possam se exibir na mais pura dança de salão, e subirá
ao palco a cantora convidada, a diva Claudete Macedo, considerada “a
inventora da mulher baiana”, porque projetou, nos seus anos de sucesso
na Rádio Nacional e nas emissoras locais, o “samba no pé”, a louvação
aos elementos simbólicos da religiosidade afro-descendente e a exaltação
do orgulho feminino.
A
parte final do Baile é dedicada à dança livre, ao som das músicas que
mais representaram a Bahia recentemente –do trio elétrico
à internacionalmente conhecida Axé Music, passando pela musicalidade
dos blocos afro-baianos. Tudo isso realizado com arranjos exclusivos
utilizando todo o instrumental da orquestra, projetando a nível nacional
as novas possibilidades que a formação instrumental alcança nesse novo
milênio.
Um
antigo Baile da Independência, criado pela classe média soteropolitana
no século XIX originou a Festa da Mocidade, que se deslocou para o Campo
da Pólvora, e durou até início dos anos 1950. No final do século
passado, por iniciativa da Fundação Gregório de Mattos, o maestro Fred
Dantas foi convidado a idealizar um novo “Baile da Independência” em um
palco próximo ao Monumento aos Heróis do 2 de julho e dos carros
alegóricos dos Caboclos.
XXV Encontro de Filarmônicas no 2 de Julho
Devido
ao seu Jubileu de Prata, pela primeira vez sete grupos farão parte do
encontro de Filarmônicas no Campo Grande. No dia 2 de Julho de 2016, uma
hora mais cedo que os anos anteriores e seguindo imediatamente após os
eventos relacionados ao Fogo Simbólico, o palco montado no Campo Grande
será ocupado por grupos que representam os diversos aspectos que o
Encontro de Filarmônicas levantou ao longo dos seus 25 anos.
Programa:
17:00 - Abertura com a Filarmônica Ambiental (homenagem aos 20 anos da Escola Ambiental), regência do mestre Fernando Hamilton.
17:30 - Banda de Música Maestro Wanderley, da Polícia Militar da Bahia, regência Tte Marcelo Sarmento.
18:20 - Banda Filarmônica do Projeto Neojibá, regência professor Helder Passinho.
19:00 - Filarmônica União dos Artistas, da Ilha de Bom Jesus dos Passos, regência mestre Josias Monteiro.
19:45 - Filarmônica
Minerva Cachoeirana, da cidade de Cachoeira, regência mestre Clarício
Marques. Regente decano: Felisberto José da Silva.
20:25 - Filarmônica 4 de Janeiro, da cidade de Itiúba, regência mestre Egnaldo Paixão.
21:00 - Oficina de Frevos e Dobrados, de Salvador, regência do Maestro Fred Dantas.
Histórico – O
Encontro de Filarmônicas, que contou nos seus primeiros três anos com a
presença do próprio Moraes Moreira no palco, completa 25 anos graças à
obstinação do maestro Fred Dantas , que conseguiu, junto à Fundação
Gregório de Mattos, que o Encontro passasse a fazer parte do Calendário
Oficial das Comemorações da Independência na Bahia.
Ao
longo de sua programação anual, sem que houvesse nenhuma interrupção, o
Encontro de Filarmônicas ofereceu ao público ao longo dos anos a
oportunidade de ouvir corporações tradicionais, centenárias, se
apresentando na capital; bandas militares oferecendo um repertório de
concerto; bandas renovadas apresentando crianças e adolescentes lendo
partituras e executando instrumentos profissionais e ainda, nos dois
últimos anos, a participação de artistas envolvidos com a causa, como
Margareth Menezes (condecorada “a Rainha das Filarmônicas”) e o artista
Armandinho, que executou peças do repertório fundamental de Dodô e
Osmar, acompanhado tão somente com sopros e percussão, com arranjos
exclusivos do maestro Fred Dantas.
No
processo de reconhecimento e valorização das filarmônicas da Bahia, o
Encontro de Filarmônicas tem sido uma vanguarda, na Capital, da grande
vitrine que é o Festival de Filarmônicas do Recôncavo, na cidade de São
Félix. Os dois eventos têm sido fundamentais não só para a valorização
das sociedades musicais, mas também para revelar e preservar o
repertório precioso dos mestres-compositores, adormecidos nos arquivos
de partituras manuscritas.
Sobre as bandas e filarmônicas
Filarmônica Ambiental: renascendo
com crianças e adolescentes, traz a notícia dos 20 anos da Escola
Ambiental, em Barra do Pojuca, Camaçari, Bahia, e seu trabalho com
crianças da região e com o repertório típico do Litoral Norte.
Banda Maestro Wanderley, da Polícia Militar da Bahia : Recorda que a música sempre foi parte do trabalho de relacionamento da Corporação com a comunidade baiana, como a atual Patrulha do Bem e que a música militar sempre esteve presente, sem gerar despesas ou honorários, no Encontro de Filarmônicas no 2 de Julho.
Banda de Música do Projeto Neojiba:
a grande iniciativa de inclusão social através da música de concerto
teve como consequência a incorporação de muitos músicos que se iniciaram
nas filarmônicas do interior e da capital. Agora estes se reuniram para
apresentar um repertório representativo das filarmônicas, convidando um
solista internacional.
Filarmônica União dos Artistas:
representa a ação social de todas as filarmônicas da Bahia, no momento
em que se torna o centro da vida social de uma comunidade humilde, a
Ilha de Bom Jesus dos Passos, congregando pelo amor da música, as
crianças e jovens com seus familiares.
Filarmônica Minerva Cachoeirana: o
grande movimento revolucionário que culminou na vitória dos brasileiros
consolidando a Independência do Brasil teve seu início na cidade de
Cachoeira, e seu primeiro mártir foi um músico, atingido por um
morteiro. A Minerva vem ao nosso encontro representando a grande
tradição musical e histórica do Recôncavo, que a tornou celeiros de
filarmônicas e a Cidade Heroica do movimento de libertação.
Filarmônica 4 de Janeiro de Itiúba: vencedora
do grupo emergente do Festival do Recôncavo de 2016, comparece aos 25
anos do encontro de filarmônicas representando o grande progresso que
tem sido demonstrado pelas filarmônicas do Sertão da Bahia, mas também
pelo reencontro da Filarmônica com a literatura e a poesia.
Oficina de Frevos e Dobrados:
a banda criada por Fred Dantas foi responsável, segundo o sociólogo
Pedro Archanjo, por “colocar a filarmônica na contemporaneidade, em
convivência com o ambiente universitário”. Além disso a Oficina tem sido
abrigo para músicos vindos do interior, banda atuante nos momentos de
comemoração em Salvador e lugar de experimentos musicais, como a
estreia, neste dois de julho, em apresentação conjunta com a Filarmônica
4 de Janeiro de Itiúba, da peça “São Domingos de Gusmão”, composta por
Fred Dantas em homenagem aos 100 anos da Filarmônica São Domingos, da
cidade de Saubara, no Recôncavo da Bahia.
Serviço :
XXV Encontro de Filarmônicas no 2 de Julho
2 de julho de 2016, no Campo Grande, das 17h às 21h45
Promoção: Fundação Gregório de Mattos
Realização: Oficina de Frevos e Dobrados, com coordenação do Maestro Fred Dantas.
Baile da Independência
3 de julho de 2016, no Campo Grande, a partir das 18h
Promoção: Fundação Gregório de Mattos
Realização: Orquestra Fred Dantas
Abertura: Orquestra Paulo Primo
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