Com recursos de acessibilidade, espetáculo traz reflexão sobre a finitude da vida
Incitando
questionamentos sobre a morte e o envelhecimento, o espetáculo
“Elefante”, da carioca Probástica Cia. de Teatro, estreia em Salvador no
dia 1º de julho e fica em cartaz até o dia 3 do mesmo mês, no Teatro Vila Velha.
As apresentações acontecem sexta (1) e sábado (2) às 20h, e domingo (3)
às 19h. Os ingressos já estão à venda através do site Ingresso Rápido (https://www. ingressorapido.com.br/compras/ ?id=50573#!/tickets) e custam R$10 (inteira) e R$5 (meia).
O espetáculo conta ainda com serviços de acessibilidade com
audiodescrição para deficientes visuais, intérprete de LIBRAS e
legendagem para surdos e ensurdecidos.
Com texto do dramaturgo Walter Daguerre, indicado ao Prêmio Shell (2006), o elenco conta com a participação dos atores globais Chandelly Braz, no ar atualmente como a Carmela da novela “Haja Coração” , e Igor Angelkorte, o Clóvis da novela Babilônia (2015),
que também dirige o espetáculo. “Elefante” já teve três temporadas no
Rio de Janeiro (RJ), além de ter participado de festivais na capital
carioca, em São José do Rio Preto (SP) e em Brasília (DF). No Nordeste,
passou por Fortaleza e chega agora a Salvador, circulação essa
viabilizada pela seleção no Programa Petrobras Distribuidora de Cultura.
Os
atores Chandelly Braz, Igor Angelkorte, Livia Paiva, Julia Lund, Samuel
Toledo e Luca de Castro encenam a história de uma família que vive em
uma época onde ninguém mais envelhece e, portanto, onde não se morre de
causas naturais. A partir dos 25 anos, todos passam a tomar um
medicamento conhecido apenas como “pílula”, assim permanecendo jovens e
com saúde plena. Elefante resulta, assim, em um drama familiar com ares
de ficção científica em que busca se refletir sobre a dificuldade da
humanidade em se relacionar com a própria finitude.
SERVIÇO:
ESPETÁCULO TEATRAL ELEFANTE
Data: De 1º a 3 de julho de 2016
Horário: Sexta (1) e Sábado (2), às 20h / Domingo (3), às 19h.
Local: Teatro Vila Velha (Av. Sete de Setembro, s/n - Passeio Público, Salvador – BA)
Ingresso: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Classificação etária: 16 anos
Duração: 70 minutos
Mais informações:
Facebook - www.facebook.com/ probasticaciadeteatro
O enredo
Francisco
é um fotógrafo de 65 anos, casado com Lúcia, uma médica geneticista, e
filho de César, um alto funcionário do governo local e de Cléo, dona de
uma clínica de estética. Certo dia, César consegue um contrato para que
Francisco viaje até a ilha de Sêneca a fim de fazer fotos para uma
campanha do governo a favor da “pílula”, sendo a ilha o único lugar do
mundo em que a população não faz uso do medicamento e onde, portanto, as
pessoas ainda envelhecem e morrem de causas naturais.
Francisco,
então, volta de Sêneca transformado por algo que ele não consegue
definir, mas que, definitivamente, tem a ver com a opção de não usar a
“pílula”. Após tentar inutilmente convencer Lúcia a ir embora com ele
para a ilha e de tentar explicar aos pais a razão de sua decisão de
viver lá, Francisco rompe com todos e desaparece. Dez anos depois, o
fotógrafo volta completamente envelhecido e reencontra as pessoas que
deixou para trás.
Elefante
resulta, assim, em um drama familiar com ares de ficção científica, na
qual o progresso da medicina permitirá vencer os sintomas da velhice,
rebaixando-a na escala humana de imperativo biológico a mero
inconveniente. Tal hipótese serve à Probástica como instrumento lúdico
para o questionamento do valor da morte e do envelhecimento para o homem
atual. Portanto, trata-se de um grande panorama de vivências refletindo
a dificuldade da humanidade em se relacionar com a própria finitude.
Sobre a Probástica Cia. de Teatro
Fundada
em 2011 pelos atores Chandelly Braz, Igor Angelkorte, Lívia Paiva e
Samuel Toledo, a Probástica Cia. de Teatro pesquisa a construção de
dramaturgias próprias através do estudo colaborativo do grupo em
improvisos que investiguem a relação da cena com o tema. Faz parte da
pesquisa da companhia a busca pela teatralidade em espaços
não-convencionais e a relação entre como a ficção e o real, por meio do
teatro e do espaço, podem alterar/ressignificar a percepção do
espectador e ao mesmo tempo sublinhar a teatralidade contida nestes
espaços.
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