Foto: José de Holanda.
Artistas representam a juventude musical brasileira na grade do evento
Mais duas atrações estão confirmadas para a 5ª edição do Festival Radioca: o primeiro show em Salvador do cirandeiro Mestre Anderson Miguel (PE), com participação de Siba, e a banda Tangolo Mangos (BA). Jovens artistas que despontam com evidente competência em seus trabalhos, eles estarão na grade do final de semana do evento, que acontecerá durante cinco dias, entre 6 e 10 de novembro, ocupando diferentes espaços da capital baiana. Os novos nomes se juntam aos já anunciados – o encontro de João Donato (AC) e Tulipa Ruiz (SP), as cantoras Céu (SP) e Illy (BA) e as bandas Tuyo (PR), Afrocidade (BA), Dônica (RJ) e Abayomy (RJ) com participação de Saulo Duarte (PA) –, listando então nove dos onze shows que serão apresentados no sábado e no domingo, na Chácara Baluarte, no bairro do Santo Antônio. Os demais dias já estão com a grade completa fechada: a quarta-feira, no Teatro Castro Alves (TCA), com Tim Bernardes (SP), Tiganá Santana (BA) e Amaro Freitas Trio (PE), e a quinta e a sexta-feira, na Arena do Sesc-Senac Pelourinho, com shows de Luiza Lian (SP) e Livia Nery (BA), no dia 7, e o “Processo criativo compartilhado: Papo Musicado”, com Tulipa Ruiz (SP), Josyara (BA) e novamente Livia Nery, no dia 8. Os ingressos estão disponíveis pela Sympla, plataforma oficial de vendas: www.sympla.com.br/radioca2019.
Incentivado pela família, Mestre Anderson Miguel, aos oito anos, já participava de ensaios e encontros de Maracatu de Baque Solto na Zona da Mata de Pernambuco. Depois assumiu o posto de contramestre dos veteranos Mestre Aderito, seu pai, e Mestre Zé Flor, que lhe transmitiram o conhecimento sobre a prática centenária do maracatu – tradição popular de origem afroindígena elaborada por trabalhadores canavieiros do fim do século XIX. Foi um longo caminho de preparação para chegar até onde está: aos 22 anos, Anderson é cirandeiro respeitado e também mestre do maracatu Águia Misteriosa. Possui vasto conhecimento acerca de sua matriz cultural, mas não permite que a densidade da história determine seu destino. Expoente de uma nova geração do maracatu e ciranda, ele traz consigo o imperativo da mudança. A ancestralidade lhe serve para recriar caminhos de invenção ininterrupta: revira a memória, afasta a nostalgia e apresenta o Baque Solto como uma expressão vibrante, dinâmica e transformadora. Sob produção de Siba – que estará no show como integrante da banda e também como participação especial –, “Sonorosa” (2018), terceiro disco de Anderson, desmonta o discurso paternalista que associa culturas populares afrobrasileiras a um ideal folclórico, monolítico e estático. O baile é solto, o canto é livre, a mente voa e o corpo é desimpedido, com participações de Juçara Marçal, Jorge Du Peixe e Beto Villares, além do próprio Siba. Tudo embalado por um som bem captado e imponente, que sublinha os timbres dos metais, os ritmos da percussão, os alarmes do apito e o dedilhado da guitarra.
Formada em 2017 por Brian Dumont (sintetizador e percussões), Felipe Vaqueiro (vozes, guitarra, violões e bandolim), João Antônio Dourado (bateria e percussões), João Denovaro (vozes, baixo e percussões) e Pedro Viana (vozes e guitarra), todos na casa dos 20 anos, Tangolo Mangos é um dos nomes de destaque da nova geração do rock baiano. A banda se identifica com diferentes gêneros musicais, destacando-se o rock clássico, a MPB e a música regional nordestina, além de uma estética sonora ligada à psicodelia. O primeiro lançamento, o EP “Mangas a Caminho da Feira nº 1”, produzido de forma totalmente independente, saiu em março deste ano, com seis faixas inéditas que mesclam o rock sessentista e setentista com regionalismos brasileiros e elementos da música psicodélica. A engenharia de som, captação de áudio, produção de arranjos e mixagem foram, inteiramente, realizados pelo próprio grupo, resultando numa sonoridade mais caseira. O próximo registro está em processo de produção, com previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2020. Sem se encaixar num estilo específico, eles se autoproclamam como “grupo de música tropical”. O conjunto tem muito apreço pela ideia da antropofagia cultural, conceito bebido dos modernistas e tropicalistas, que, somado à formação musical dos membros, fortemente ligada ao rock, resulta em arranjos que misturam elementos que, pelo menos convencionalmente, não se misturariam.
O Radioca
“Acreditamos que existe um fio condutor que rege as transformações que estamos vendo na música brasileira, e isso está ligado à criatividade transformadora do brasileiro, que nós enxergamos como nossa identidade tropical”, afirma Gabriel D’Angelo Braz, gerente de Marketing da marca Devassa, do Grupo HEINEKEN no Brasil. “Desenvolvemos uma rede de parceiros com os principais produtores culturais de todo o Brasil e juntos cocriamos uma plataforma que enaltece o movimento da nova música brasileira”, completa Gabriel.
Pelo quarto ano, Natura Musical aposta no Radioca. “O Natura Musical busca alavancar o desenvolvimento da cena independente da música brasileira. Por isso, entendemos que apoiar festivais regionais é decisivo para essa finalidade. Os festivais estimulam todo o ecossistema da música, graças ao seu potencial de formar público e criar novas pontes entre artistas e audiência”, afirma Fernanda Paiva, gerente de Marketing Institucional da Natura.
“O Radioca traça, anualmente, um panorama de tendências da música brasileira, com a participação de artistas consagrados e nomes em ascensão. É um evento que favorece o intercâmbio entre músicos baianos e de outros estados e, além disso, tem o compromisso com a reflexão sobre a cadeia produtiva da música”, avalia Alexandre Simões, superintendente de Promoção Cultural da SecultBA.
Sobre Devassa – Tropical Transforma
A marca lança uma plataforma musical com o objetivo de dar voz, e palco, ao que chama de nova música tropical brasileira, além de ser um canal aberto de conteúdo e reflexões sobre todas essas transformações culturais. Em fevereiro, Devassa apresentou seu novo posicionamento, “Tropical Transforma”, que enaltece a criatividade transformadora brasileira como representação do que quer dizer “tropical”, deixando para trás clichês que automaticamente remetem à palavra: praia, sol, coqueiros. Com isso, busca mostrar que a música é uma das principais manifestações por onde esses signos culturais brasileiros vêm se ressignificando. Devassa é hoje patrocinadora dos principais festivais de música brasileira do país, entre eles Radioca, Bananada, Sarará, Do Sol, Serasgum, GTR, Wehoo, entre outras iniciativas.
Sobre Natura Musical
Natura Musical é a principal plataforma de patrocínio da marca Natura. Desde seu lançamento, em 2005, o programa investiu R$ 132 milhões no patrocínio de 418 projetos – entre CDs, DVDs, shows, livros, acervos digitais e filmes. Os trabalhos artísticos renovam o repertório musical do país e são reconhecidos em listas e premiações nacionais e internacionais. Em 2018, o edital do programa selecionou 50 projetos em todo o Brasil, entre artistas, bandas e coletivos, e estabeleceu parcerias com 10 festivais independentes de Norte a Sul do país. A plataforma digital do programa leva conteúdo inédito sobre música e comportamento para mais de meio milhão de seguidores nas redes sociais. Em São Paulo, a Casa Natura Musical se tornou uma vitrine permanente da música brasileira, com cerca de 100 shows para adultos e crianças ao longo de 2018.
Sobre Fazcultura
Parceria entre a Secretaria de Cultura (SecultBA) e a Secretaria da Fazenda (Sefaz), o mecanismo integra o Sistema Estadual de Fomento à Cultura, composto também pelo Fundo de Cultura da Bahia (FCBA). O objetivo é promover ações de patrocínio cultural por meio de renúncia fiscal, contribuindo para estimular o desenvolvimento cultural da Bahia, ao tempo em que possibilita às empresas patrocinadoras associar sua imagem diretamente às ações culturais que considerem mais adequadas, levando em consideração que esse tipo de patrocínio conta atualmente com um expressivo apoio da opinião pública.
6, 7, 8, 9 e 10 de novembro de 2019
Salvador, Bahia, Brasil
Programação:
· 6/11 (qua), 19h30
Tim Bernardes (SP) + Tiganá Santana (BA) + Amaro Freitas Trio (PE)
No Teatro Castro Alves (TCA)
· 7/11 (qui), 19h30
Luiza Lian (SP) + Livia Nery (BA)
Na Arena do Sesc-Senac Pelourinho
· 8/11 (sex), 19h30
“Processo criativo compartilhado: Papo Musicado”, com Tulipa Ruiz (SP) + Livia Nery (BA) + Josyara (BA)
Na Arena do Sesc-Senac Pelourinho
· 9/11 e 10/11 (sáb e dom), 16h
João Donato (AC) e Tulipa Ruiz (SP) + Tuyo (PR) + Afrocidade (BA) + Dônica (RJ) + Illy (BA) + Abayomy (RJ) com participação de Saulo Duarte (PA) + Céu (SP) + Mestre Anderson Miguel (PE) com participação de Siba (PE) + Tangolo Mangos (BA) + outras 2 atrações
Na Chácara Baluarte (Santo Antônio Além do Carmo)
Preços do 2º lote:
· Ingressos para 6/11: R$ 40 e R$ 20
· Ingressos para 7/11: R$ 40 e R$ 20
· Ingressos para 8/11: R$ 20 e R$ 10
· Ingressos para 9/11: R$ 50 e R$ 25
· Ingressos para 10/11: R$ 50 e R$ 25
· Dobradinha Final de Semana: R$ 90 e R$ 45
Vendas:
· Excepcionalmente para o dia 6/11 no TCA: Bilheteria do TCA, SACs do Shopping Barra e do Shopping Bela Vista ou canais digitais da Ingresso Rápido (site e aplicativo)
Classificação indicativa: 18 anos
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