11/06/2012

Aclamado mundialmente, o Balé Folclórico da Bahia leva “Herança Sagrada - A Côrte de Oxalá” para o Rio de Janeiro



Inspirado em rituais do Candomblé, o espetáculo, que já foi aplaudido nos Estados Unidos, Europa e Caribe, agora chega ao Rio de Janeiro para quatro apresentações no Teatro Carlos Gomes. Nos EUA, mais de 100 mil pessoas, dentre celebridades como Gloria Estefan, Steven Spielberg, Danny Glover, David Parsons, Anne Hathaway, Harry Belafonte e Jessye Norman, aplaudiram Herança Sagrada.

O Balé Folclórico da Bahia (BFB), única companhia profissional de dança folclórica do país em atividade, apresenta seu espetáculo “Herança Sagrada – A Côrte de Oxalá”, nos próximos dias 21, 22, 23 e 24 de junho, no Teatro Carlos Gomes, às 19h30. A temporada no Rio de Janeiro integra a turnê nacional do Balé, iniciada em janeiro, em Salvador, com patrocínio da Oi e apoio cultural do Oi Futuro. A turnê, que também inclui São Paulo, é um marco nos 24 anos de história do grupo, que possui uma intensa agenda no exterior e prestígio internacional. É a primeira vez que a companhia, selecionada pelo Programa Oi de Patrocínios Culturais, consegue patrocínio de uma empresa brasileira para realizar uma turnê nacional. “Já apresentamos o Balé ao mundo, queremos propagar nosso trabalho no Brasil”, afirma Walson Botelho, fundador e diretor geral do Balé, mais conhecido como Vavá Botelho.

Após ser aplaudido nos Estados Unidos, Europa e Caribe, o espetáculo “Herança Sagrada – A Côrte de Oxalá” chega repaginado aos palcos brasileiros com 26 bailarinos, músicos e cantores, com movimentos vibrantes e sonoridade arrebatadora. Inspirado em rituais do Candomblé, o espetáculo circulou recentemente por 30 cidades americanas, em uma temporada de três meses, e foi visto por mais de 100 mil pessoas.



“Ao patrocinar a turnê nacional do Balé Folclórico da Bahia, a Oi pretende dar ao público brasileiro a oportunidade de aplaudir um espetáculo já consagrado em palcos estrangeiros, reafirmando o compromisso do Oi Futuro com a democratização do acesso à cultura e a valorização da diversidade cultural”, diz Maria Arlete Gonçalves, diretora de Cultura do Oi Futuro.

Em “Herança Sagrada”, os bailarinos - exuberantes, vibrantes, incansáveis e donos de movimentos virtuosos – reproduzem com fidelidade sequências de movimentos de alguns dos mais importantes rituais do Candomblé, numa coreografia baseada em danças do culto afro-brasileiro. A segunda parte do espetáculo reúne coreografias clássicas do repertório do Balé, que traduzem as mais importantes manifestações folclóricas baianas, em “Puxada de Rede”, “Capoeira” e “Samba de Roda”, além de “Afixirê”, coreografia inspirada na influência dos escravos africanos na cultura brasileira. O espetáculo tem 90 minutos de duração.

Nas comemorações dos 20 anos do BFB, em 2008, o espetáculo “Herança Sagrada” chegou a ser apresentado uma vez no Teatro Castro Alves, em Salvador, mas posteriormente sofreu diversas mudanças durante a turnê de três meses pelos Estados Unidos e agora volta aos palcos totalmente remodelado. Nos EUA, o espetáculo foi assistido por celebridades como a cantora lírica Jessye Norman, a cantora Gloria Estefan, o ator Danny Glover, o coreógrafo David Parsons, a atriz Anne Hathaway, o cantor Harry Belafonte e o cineasta Steven Spielberg.

BFB promove oficina gratuita de Dança Afro no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro

Como parte da programação de sua turnê nacional, o Balé Folclórico da Bahia (BFB) promove uma oficina de dança afro no dia 23 de junho, no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro, das 11 às 13 horas. Durante a oficina, os alunos terão contato com a técnica de dança afro contemporânea desenvolvida e utilizada pelo BFB como base para suas montagens coreográficas e preparação de elenco, assim como ensinamentos de danças afro religiosas (Dança dos Orixás) e danças folclóricas baianas. A oficina, dirigida a profissionais ou bailarinos com nível intermediário em dança, será ministrada por Nildinha Fonseca, professora de dança afro, bailarina solista e assistente de coreografia da companhia. Nildinha é formada pela Faculdade de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e tem cursos de especialização em danças africanas em diversos países da África, Estados Unidos e Caribe.

A aula será acompanhada de música ao vivo com os percussionistas do Balé Folclórico. Vagas limitadas para 30 pessoas. As inscrições são gratuitas e serão realizadas no próprio dia da oficina, 23 de junho, na recepção do Centro Coreográfico, das 10h às 11 horas. Para mais informações: (21) 3238- 0357 / 3238-0601. Site: http://centrocoreografico.wordpress.com e e-mail: ccoreografico@gmail.com

O Balé Folclórico da Bahia

O premiado Balé, que completa 24 anos em agosto de 2012, já se apresentou em 182 cidades e em 24 países, incluindo Estados Unidos, Itália, Canadá, Dinamarca, Austrália, Alemanha, França, Holanda, Suíça, México, Chile, Colômbia e África do Sul, dentre outros.

“Com quase 24 anos de existência, é a primeira vez que o Balé consegue o patrocínio de uma empresa brasileira para uma turnê,” comemora Vavá Botelho.“Manter uma equipe que se dedica à dança em regime integral, com intenso preparo técnico, preparo físico e muita pesquisa, é uma luta diária. Poucas companhias de dança privadas sem patrocinador regular conseguem existir por tanto tempo, mantendo um nível de excelência técnica tão elevado e respeito do público e da crítica”, destaca Vavá.

Com sede no Pelourinho, em Salvador, atualmente, o BFB funciona em regime integral de seis horas de trabalho por dia. Os 40 integrantes da companhia – dançarinos, músicos e cantores – recebem preparação técnica para dança, música e teatro. Para preservar e divulgar as principais manifestações folclóricas da Bahia, o Balé desenvolveu uma linguagem cênica que parte dos aspectos populares e atinge questões contemporâneas. O Balé também possui um segundo corpo de baile, que realiza espetáculos, diariamente, no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho, tendo como público, principalmente, turistas estrangeiros e de outros estados do Brasil.

PROGRAMA

“HERANÇA SAGRADA - A CÔRTE DE OXALÁ”

Coreografia: Walson Botelho e Zebrinha

Música: cânticos sagrados do Candomblé

Nos mais de 300 anos de colonização portuguesa, milhões de escravos foram trazidos para o novo mundo. Como principal forma de resistência à sua identidade cultural, esses africanos mantiveram a sua manifestação religiosa. Herança Sagrada celebra esta rica tradição trazendo à cena alguns dos mais belos e importantes rituais da religião Yorubá, como uma das mais antigas e sagradas religiões da história da humanidade.

Em “Herança Sagrada”, Obatalá, criador do universo yorubá, coloca na Terra seu primeiro filho e Orixá, Exú, principal mensageiro entre os segredos do Orun (firmamento) e o Aiyê (a terra). Exú fica como responsável por dar vida a todos os seres animados, criando o mundo real.

Durante os rituais festivos, novos adeptos são iniciados saudados pelas Divindades do panteão religioso africano, a exemplo de OGUM, que rege a força da natureza contida no ferro e nas guerras; OXUM, a Deusa da vaidade e da beleza, que rege a força das águas doces; OBALUAIYÊ, Orixá das enfermidades, das doenças contagiosas e da morte; IANSÃ, que representa a força dos ventos e das tempestades e OXOSSI, divindade protetora das florestas.

Alguns significados:


· INICIAÇÃO DE YAÔ – Celebração da primeira apresentação pública do novo iniciado na religião. Após um determinado tempo de reclusão,onde recebe o AXÉ que guiará sua vida para sempre, o Yaô é saudado pelos Orixás e pelos demais adeptos do Candomblé.



· XIRÊ – Festa. Comemoração. Sequência de danças dedicadas aos Deuses africanos delineando o aspecto central do ritual: celebração do transe permitindo que os Orixás assumam formas humanas e exibam através de movimentos espontâneos os vários aspectos da sua personalidade, criando temporariamente uma ponte entre o real e o divino.



· EXÚ – Divindade enviada por Olorum, o Deus Supremo, para criar o mundo real. Este Orixá brincalhão, dono das encruzilhadas e estradas é reverenciado sempre em primeiro plano como forma de agradá-lo, pois Ele é o mensageiro entre o Orum e o Ayé (Firmamento e Terra).



· OGUM: Orixá que rege os elementos da guerra e do ferro.



· OXUM: Divindade suprema das águas doces, Deusa rainha da vaidade e da beleza.



· OBALUAÊ: Orixá das doenças contagiosas, das pragas e da morte.



· IANSÃ: Deusa guerreira dos ventos, das tempestades. Aquela que foi partida em nove pedaços.



· OXOSSI: Divindade protetora das florestas, dos animais e dos caçadores.



· OXALÁ: Orixá maior do Candomblé. Pai supremo de todas as divindades.


“PUXADA DE REDE”

Coreografia: Walson Botelho

Música: Folclore baiano

Manifestação popular ainda encontrada nas praias da Bahia, na qual os pescadores, acompanhados de suas mulheres, saem à noite para a pescaria e durante todo tempo realizam rituais para IEMANJÁ, Deusa do mar, através de cantos.

“BERIMBAU”

Coreografia: Zebrinha

Música: Folclore baiano

Reza a lenda que do amor entre dois jovens de tribos rivais, por se amarem e desobedecerem às leis impostas por seus familiares de nunca se verem, foram separados e transformados por uma feiticeira em um pássaro chamado IÚNA.

O canto melancólico deste pássaro reflete a agonia dos protagonistas desta estória de amor na tentativa inútil de se reencontrarem. E foi inspirado no canto da IÚNA que surgiu o mais belo e sagrado dos toques do berimbau.


“SAMBA DE RODA”

Coreografia: Walson Botelho

Mise-en-scene: Walson Botelho e Zebrinha

Música: Folclore baiano

A dança e o ritmo mais populares na Bahia. O Samba de Roda surgiu como forma de entretenimento entre os escravos durante seus raros momentos de lazer nos fundos das senzalas. A partir de então, tomou várias formas distintas e originou diversos estilos hoje propagados por todo o país, num exemplo que varia entre o samba duro, praticado pelos capoeiristas após as rodas de capoeira, aos pagodes dos morros cariocas e das festas populares na Bahia.


“CAPOEIRA”


Coreografia: Walson Botelho

Mise-en-scene: Walson Botelho e Zebrinha

Música: Folclore baiano

Forma de luta marcial que tem como base outras artes marciais e danças trazidas pelos escravos africanos, em especial aqueles vindos de Angola, durante o período colonial. Foi reprimida e proibida a sua execução principalmente em locais públicos até o início da década de 60, quando começou a ganhar força e prestígio através de grandes mestres de capoeira que a levaram para todo o mundo, sendo hoje reconhecidamente a “arte marcial oficial do Brasil”.

“AFIXIRÊ”

Coreografia: Rosângela Silvestre

Música: Antônio Portella e Jorge Paim

AFIXIRÊ, em Yorubá, significa “festa da felicidade”. Uma coreografia inspirada na grande influência que os povos africanos tiveram na formação da cultura brasileira, em especial, na Bahia. Uma verdadeira festa de cores, movimentos e sons, reconhecidamente a “arte marcial oficial do Brasil

RECONHECIMENTO

Na turnê norte-americana, realizada em 2011, o jornal “The New York Times” publicou em duas páginas a manchete: “Jornadas Fantásticas - Quando o Balé Folclórico da Bahia aporta em Nova York é tempo de festa”.

Em 1994, a Associação Mundial de Críticos reconheceu o BFB como a melhor companhia de dança folclórica do mundo. Ao longo dos seus 23 anos, o Balé conquistou vários prêmios e reconhecimento. Dentre eles: o Prêmio Fiat (oferecido pela Fiat do Brasil como a melhor companhia de dança do país em 1990); o Prêmio Estímulo (oferecido pelo Ministério da Cultura como a melhor companhia de dança do país e melhor espetáculo de dança do país em 1993); o Prêmio Mambembão (oferecido pelo Ministério da Cultura como a melhor pesquisa em cultura popular e melhor preparação técnica de elenco em 1996); o Prêmio Bom do Brasil (oferecido pela Varig como um dos cinco mais importantes projetos sócio-culturais existentes no país em 2004) e o Prêmio Mérito ao Turismo (oferecido pela ABRAJET - Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo pelos serviços prestados ao turismo no estado).

Desde 1993, sob a direção artística de José Carlos Arandiba (Zebrinha), a companhia atingiu um nível de aprimoramento técnico-interpretativo, que despertou a atenção dos mais exigentes profissionais e críticos da área de dança. A Bahia, celeiro das manifestações populares no país, tem sido a maior inspiração para as pesquisas do Balé, que através da dança, música e de outras expressões que compõem o espetáculo consegue legitimar o folclore baiano em suas coreografias. "O nosso grande objetivo é a educação. Meu principio é que cada pessoa faz seu caminho. No Balé, há pessoas de todas as faixas etárias e de todas as classes sociais. A partir do momento que alguém entra por nossa porta, deixa fora um monte de estigma," afirma o diretor artístico. "O sucesso do Balé são as pessoas, prova disso é que muitos aprendem aqui e saem para seguir carreira em grandes companhias internacionais," revela.

HISTÓRIA

O Balé Folclórico da Bahia (BFB) foi criado em 1988 por Walson Botelho e Ninho Reis. De lá para cá, o Balé já recebeu vários prêmios e se apresentou em 182 cidades e 24 países, além de ter conquistado sucesso de público e considerável prestígio da crítica especializada no Brasil e no exterior. Baseado em Salvador, o Balé fez sua estréia durante o Festival de Dança de Joinville, mesmo antes do seu lançamento oficial, quando mais de 20 mil pessoas aplaudiram o espetáculo "Bahia de Todas as Cores". O sucesso imediato propagou-se e trouxe convites para apresentações em outros festivais por todo o país.

Em 1992 fez sua estreia internacional no renomado Festival da Alexanderplatz, em Berlim, para um público de mais de 50 mil pessoas, sendo ovacionado, no final do espetáculo, por quase 15 minutos. O Balé seguiu realizando pequenas turnês ao exterior, até que foi convidado para participar da Bienal de Dança de Lyon, na França, considerado o mais importante evento do gênero no mundo, ao lado de companhias já consagradas, a exemplo da Alvin Ailey Dance Company, Ballet of Harlem, Bill T. Jones Dance Company e Dayton Ballet.

O sucesso estrondoso das apresentações no Auditorium Maurice Ravel, em Lyon, foi motivo para a primeira crítica de página inteira no jornal "The New York Times", escrita por Anna Kisselgoff, que considerou o BFB, entre as companhias dos quatro continentes presentes no festival, como a que melhor exemplificava a temática do evento: Mama Africa.

A Bienal de Dança de Lyon em 1994 abriu caminho para as constantes turnês internacionais da companhia, que retornou à Bienal em 1996 e consagrou-se definitivamente como uma das mais importantes e atuantes companhias de dança do mundo, na atualidade. A partir daquele ano, realizou turnês às Américas do Norte e Central, Europa e Austrália, tendo se apresentado em importantes palcos dos Estados Unidos, França, Canadá, Suíça, Alemanha, Portugal, Finlândia, Suécia e Dinamarca.



BALÉ FOLCLÓRICO DA BAHIA



FICHA TÉCNICA



Direção Geral: Walson Botelho

Direção Artística: José Carlos Arandiba (Zebrinha)



Direção Musical: José Ricardo Sousa

Assistentes de Coreografia: Nildinha Fonseca e Reinaldo Pepe

Técnico de Som: Caíque Vidal

Iluminador: Marcos Souza

Figurinos e Acessórios: Antônio das Graças, Ninho Reis, Walson Botelho e Zebrinha

Cenário em “Afixirê”: Alberto Pitta

Maquiagem: Fernando Bergen

Camareira: Patrícia Souza

Técnicos de Palco: Carlos Matias e Jairo Fonseca

Professores: Zebrinha (Ballet Clássico e Dança Moderna), José Ricardo Souza (Dança Afro Religiosa) e Nildinha Fonseca (Dança Afro Brasileira)


Produção: ARTEIROS

Coordenação de Assessoria de Imprensa Nacional: Carolina Campos

ELENCO

Bailarinos

Agatha Souza, Aloma Silva, Arismar Junior, Darlan Oliveira, Edileuza Santos, Edvan Lima, Erick Santos, Jailton Santos, Jarbas Goudard, Joseilton Lapa, Luana Pessanha, Nildinha Fonseca (solista em Puxada de Rede e Afixirê), Rafael Leal, Reinaldo Pepe (solista em Afixirê), Priscila Vaz, Rose Soares (solista em Afixirê), Valfredo Pereira, Wagner Santos.

Músicos

Alcides Morais, Fábio Santos (solo de berimbau e conga), Joel Souza, José Ricardo Sousa, Mário Sérgio Santos,

Cantores

Dora Santana, João Gonzaga, Miralva Couto


Serviço:



Espetáculo: Herança Sagrada – A Côrte de Oxalá - Balé Folclórico da Bahia

Local: Teatro Carlos Gomes (Rua Pedro I, nº 4, Praça Tiradentes, Centro, Rio de Janeiro, RJ)

Data: 21 a 24 de Junho

Horário: 19h30

Ingressos:

Quinta a sábado (dias 21, 22 e 23) - R$ 60,00 (plateia) e R$ 30,00 (balcão)

Domingo (dia 24) - R$ 1,00

Duração: 90 minutos

Classificação etária: 12 anos

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