Fotos - André Frutuoso.
O baile Retrofolia 2013 animou baianos e turistas no Largo Tereza Batista.
A guitarra baiana reinou soberana mais uma noite do Pelourinho. O evento Retrofolia 2013, realizado pela banda Retrofoguetes e apoiado pelo Centro de Culturas populares e Identitárias – CCPI e pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia - SecultBA, animou baianos e turistas, ontem (31/01), no Largo Tereza Batista. No palco, convidados como Morotó Slim, Paulinho Chamusca e Kaverna mostraram porque a guitarra baiana é o instrumento que melhor traduz a alegria e a identidade cultural do povo baiano.
No repertório, canções de Luiz Caldas, Caetano Veloso e de Armandinho, Dodô e Osmar, além de frevos, marchinhas e sucessos instrumentais relembravam os antigos carnavais realizados nas décadas de 70 e 80. A abertura ficou por conta da música Frevo Dobrado, composta por Aroldo Macêdo. “Estamos neste palco para comemorar os 70 anos desse instrumento genuinamente baiano e brasileiro que é a guitarra baiana. O pau elétrico nasceu aqui na Bahia, onde virou guitarra baiana e hoje pertence ao mundo”, comemorou o cantor Kaverna.
O público traduzia toda a alegria enviada pelo som da guitarra com a formação de trenzinhos e rodas de dança. Quem fez parte dessa festa foi a publicitária Michele Arabele que, com um grupo de amigos organizava as coreografias na frente do palco. “Adoro esse tipo de música. Sempre que podemos estamos aqui no Pelourinho, que é palco de grandes shows”, disse a publicitária.
Quem também estava animada durante a apresentação foi a vendedora ambulante Romilda Anunciação, que há trinta anos vende seus produtos exóticos no Centro Histórico. No carrinho de venda, máscaras, flores, chifres e perucas iluminadas faziam a alegria do público. “Eu faço e vendo felicidade. Comercializo aqui, porque sempre tem show e público, ou seja, sempre tenho clientes para comprar os meus ‘brinquedos’. Eventos como esse fortalecem o comércio e eu estou aqui para dançar e vender”, comemorou a extrovertida vendedora.
Os solos de guitarra eram os pontos altos do show, principalmente quando músicas como Vida Boa, de Caetano Veloso, e Chão da Praça, de Moraes Moreira, conhecidas do grande público, eram cantadas em alto e bom som. No palco, Morotó Slim, Paulinho Chamusca e o guitarrista argentino Julio Moreno demonstravam que a rivalidade entre os dois países ficou apenas no futebol. Na música, as nacionalidades se encontram ao som da guitarra baiana, um instrumento totalmente brasileiro, e fazem a festa, balançando o chão da praça.
Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI) - órgão da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) busca, através do Programa Pelourinho Cultural, além de dinamizar as ações culturais no Centro Histórico, incentivar também a produção local, por meio da promoção de eventos realizados pela comunidade. Toda a agenda de atrações do programa tem acesso gratuito ou a preços populares.
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