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19/01/2015
Encontro Mauanda Bankoma recebe MV Bill, J. Velloso e Alexandre Guedes em show no Pelô
Bloco Afro Bankoma apresenta mais uma prévia do Carnaval 2015 e leva a história afro brasileira através da música.
Depois do show na última quarta-feira (14), em homenagem às “Rainhas” que passaram pelo Bloco Afro Bankoma nos carnavais anteriores, o Encontro Mauanda Bankoma – que faz uma prévia do Carnaval 2015 - retorna ao Centro Histórico e apresenta a história afro brasileira através da música. O evento de celebração aos cultos afro acontece nesta quinta-feira (22), e recebe os artistas MV Bill, J. Velloso e Alexandre Guedes, no Largo Tereza Batista – Pelourinho, às 20h. A entrada é franca.
No espetáculo, baianos e turistas poderão contemplar a marcante voz de Jander Neves, vocalista do grupo Bankoma, que promete agitar o largo ao ritmo e canções de matriz africana. No repertório, composições autorais como Povo de Axé, Eu sou Brasileiro, Colar de Dendê, dentre outras. “A música de matriz africana retrata toda a luta e resistência do nosso povo. Em nossa canção falamos do nosso cotidiano e auto afirmamos a nossa identidade religiosa”, ressalta o vocalista. Para Jander, a expectativa do show no Pelourinho é a melhor possível, é mais uma maneira de representar a religião e levar a cultura africana para a população, além de oportunizar a inclusão.
O Encontro Mauanda Bankoma conta com a participação especial do cantor, compositor e escritor carioca, MV Bill, que divide o palco com Jander Neves e garante abalar o espaço com as canções autorais do Bloco Afro Bankoma -misturando afro pop e samba reggae ao ritmo rapper. Na ocasião, MV Bill também apresentará composições próprias como Falcão, O Bonde Não Para, Estilo Vagabundo, dentre outras. Sobem ao palco ainda nesta noite para animar o espetáculo, os artistas, J. Velloso e Alexandre Guedes. No show, o cantor e compositor J. Velloso – também considerado pela imprensa “Cavaleiro Cantante” - apresentará o samba de roda do recôncavo baiano. Já o cantor, compositor e percussionista, Alexandre Guedes - leva ao largo, a multiplicidade musical baiana.
Para a coordenadora pedagógica, Eliana Santos a importância de levar o Bankoma ao Centro Histórico é uma maneira de promover a garantia de direitos culturais ao segmento tradicional. “Bankoma nasceu com a proposta de promover a inclusão, e ao se projetar para fora, nada mais justo que recrie formas de levar o protagonismo das comunidades tradicionais aos locais de visibilidade”, destaca a coordenadora. Eliana ainda ressalta que o
Encontro Mauanda abre espaço tanto para convidar outros grupos oriundos de terreiros a se apresentar, como também traz para o seu público cantores renomados do cenário musical negro, no intuito de fazer com que eles tenham acessibilidade a música de boa qualidade.
No espaço, exposição fotográfica de Raimundo Bankoma – uma homenagem aos 15 anos do Bloco Afro – exibindo imagens dos carnavais anteriores, além de adereços, indumentárias, dança e culinária – um conjunto de trabalho afro.
Segundo a presidente do Bloco Afro Bankoma, Maria Lúcia Neves a importância de expor um conjunto de trabalho afro, é poder voltar a ancestralidade, lembrando do passado e auto afirmando o presente. “Somos bloco e também representamos o candomblé. O nosso papel é cultuar a ancestralidade. Realizar apresentação no Pelourinho é uma maneira de partilhar a nossa história, uma forma de reverenciar o nosso povo através do ritmo e da música”, enfatiza.
Para encerra o ensaio da temporada de verão no dia 28 de janeiro, o Bloco Afro Baankoma, já tem as atrações confirmadas e promete sacudir o largo Tereza Batista com a participação especial de Clécia Queiroz e Inaciara Falção. Já dividiram o palco com o Bankoma, os artistas Carlinhos Brown, Ludmilah Anjos, Ana Mametto, Edu Casanova, Aloisio Meneses, Mariela Santiago, Juliana Ribeiro, Will Carvalho, Ile Aiyê, Muzenza, dentre outros.
Bankoma - Criado em 2000 a partir dos projetos sociais desenvolvidos pelo cultuado e respeitado Terreiro São Jorge Filho da Gomeia, o bloco, cujo nome de origem bantu significa ‘povo em festa’. Em sua sexta edição, o Bankoma leva ao Centro Histórico um manifesto de produção para intercâmbios culturais, resgatando músicas que integra a sua história. Sua mistura de sons e ritmos reúne artistas do cenário musical, além de representantes e adeptos do candomblé.
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