10/09/2018

Eventos contribuem para prevenção do suicídio



Ethel Poll

Intenção é intensificar e ampliar o debate sobre o problema, destacando que falar sobre suicídio é uma forma de evitá-lo

Falar sobre suicídio, embora ainda seja um tabu, é uma das formas de evitar que esse ato de extremo desespero ocorra. Uma das ações preventivas ligadas ao problema, que ganha projeção e engajamento cada vez maior, é o Setembro Amarelo, mês de conscientização a respeito do tema. A campanha mobiliza a equipe da Holiste Psiquiatria, que participa e promove eventos sobre o tema, tendo o mote de que suicídio se previne com informação.
O debate gratuito “(In) existência, cultura, suicídio” terá em três datas.  A primeira é amanhã, na Uneb, em Salvador, Campus I. Dia 20 o evento ocorre na OAB - subseção Valença (BA) e dia 21, no Colégio Municipal Hildécio Antônio Meireles. Idealizado pelo sociólogo Antonio Mateus Soares, realizado pela Uneb com apoio da Holiste, o evento traz rntre os palestrantes do evento estão a psicóloga Caroline Severo e o psiquiatra Victor Pablo, profissionais que atuam na clínica e que vão fazer parte do debate interdisciplinar sobre a vida mental na sociedade contemporânea e suas desordens.
No dia 12 de setembro, quarta-feira, o debate sobre o assunto e a prevenção segue no Encontros Holiste, evento gratuito e aberto ao público, que ocorre na sede da clínica, em Pituaçu, e terá como palestrantes a psicóloga Ethel Poll, tratando do tema “A dor de existir” e a psiquiatra Fabiana Nery, que faz palestra com o tema “Precisamos falar sobre isso”.
“O suicídio é um ato radical, no qual o sujeito atenta contra a própria vida e decreta uma ruptura definitiva com aquilo que o está fazendo sofrer. É importante entender que este ato é, na maioria das vezes, a única possibilidade que o sujeito encontra para dar fim a dor da sua própria existência”, explica a psicóloga Ethel Poll.
A psiquiatra Fabiana Nery salienta que o suicídio geralmente é o desfecho trágico de doenças psiquiátricas em estágio grave, como transtornos afetivos (depressão e transtorno bipolar), transtornos psicóticos e alcoolismo.
“Identificar, avaliar e manejar pacientes suicidas é uma importante tarefa do psiquiatra, que tem um papel fundamental na prevenção do suicídio. Não é fácil perguntar aos pacientes sobre suas ideias suicidas, porém é uma atitude essencial na prevenção”, destaca.

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