03/12/2010

Axé – 25 Anos!



Um show para recontar a história do movimento musical baiano que invadiu o mundo.

Luz, música e muita percussão, as estrelas da nossa música subirão ao palco juntas para celebrar o nosso carnaval cantando seus maiores sucessos e hits que marcaram época na voz de outros cantores, a liberdade de improviso musical é a principal fórmula para fazer com que o público vá ao delírio, serão duetos entre as maiores feras do Axé celebrando os 25 anos da música baiana. No palco quatro presenças femininas: Alobened, Gil, Marcia Freire e Marinez.

No repertório, a síntese musical de uma história que segue em frente e que foi um divisor de águas no show business na Bahia e no Brasil, com eco internacional.

Em cena, as interpretes vão se revezar em solos, duetos, trios e quartetos para recontar, cantando esta ópera popular chamada de axé music. Além do cunho comemorativo será também uma grande oportunidade que os artistas terão de cantar músicas que sempre tiveram vontade de interpretar, mas nunca puderam mostrar ao público. Na mesma noite, personalidades da música e da cultura baiana receberão homenagem especial, entres elas o produtor musical Wesley Rangel( Estudio WR) o radialista Cristovão Rodrigues e o jornalista Osmar (Marron) Martins. A direção artística do show é assinada por Dirceu Factum e a direção geral é de Lobão Motta.

Assim foi a axé music...

As origens do axé estão na década de 1950, quando Dodô e Osmar começam a tocar o frevo pernambucano em rudimentares guitarras elétricas (batizadas de guitarras baianas) em cima de uma Fobica (um Ford 1929). Nascia o trio elétrico, atração do carnaval baiano que Caetano Veloso chamou a atenção em 1968 na canção "Atrás do Trio Elétrico".

Mais tarde, Moraes Moreira, dos Novos Baianos, teria a ideia de subir em um trio (que era apenas instrumental) para cantar – foi o marco zero da axé music. Paralelamente ao movimento dos trios, aconteceu o da proliferação dos blocos-afro: Filhos de Gandhi (do qual Gilberto Gil faz parte), Badauê, Ilê Aiyê, Muzenza, Araketu e Olodum. Eles tocavam ritmos africanos como o ijexá, brasileiros como o maracatu e o samba (os instrumentos eram os das escolas de samba do Rio) e caribenhos como o merengue.

Com a cadência e as letras das canções de Bob Marley nos ouvidos, o Olodum criou um ritmo próprio que misturava Axé, Música Latina, Reggae e também Música Africana, estilo com forte caráter de afirmação da negritude, que fez sucesso em Salvador dos anos de 1980 com artistas como Lazzo, Tonho Matéria, Gerônimo e a Banda Reflexus – as canções chegavam ao Sudeste em discos na bagagem dos que lá passavam férias. Logo, Luiz Caldas (do trio Tapajós) e Paulinho Camafeu tiveram a idéia de juntar o frevo elétrico dos trios e o ijexá.

Surgiu assim o "Deboche", que rendeu em 1986 o primeiro sucesso nacional daquela cena musical de Salvador: "Fricote", gravado por Caldas. A modernidade das guitarras se encontrava com a tradição dos tambores em mistura de alta octanagem.

Uma nova geração de estrelas aparecia para o Brasil: Lazzo, Banda Reflexus (do sucesso Madagascar Olodum), Banda Mel, Sarajane, Cid Guerreiro, Cheiro de Amor (do Ilariê, gravado por Xuxa), Chiclete com Banana (que vinha de uma tradição de bandas de baile, blocos-afro e trios elétricos), Banda Cheiro de Amor (com Márcia Freire) e Margareth Menezes, a primeira a engatilhar carreira internacional, com a bênção do líder da banda americana de rock Talking Heads, David Byrne.

Pouco tempo depois, o Olodum estaria sendo convidado pelo cantor e compositor americano Paul Simon para gravar participação no disco The Rhythm of The Saints.

Aquela nova música baiana avançaria mais ainda na direção do pop em 1992, quando o Araketu resolveu injetar eletrônica nos tambores, e o resultado foi o disco Araketu, gravado pelo selo inglês independente Seven Gates, e lançado apenas na Europa. No mesmo ano, Daniela Mercury lançaria O Canto da Cidade, e o Brasil se renderia de vez ao axé.

A explosão comercial do axé passou longe da unanimidade. Dorival Caymmi reprovou suas qualidades artísticas, Caetano Veloso as endossou. Das tentativas de incorporar o repertório das bandas de pop rock, nasceu a marcha-frevo, que transformou sucessos como Eva (Rádio Táxi) e Me Chama (Lobão) em mais combustível para a folia.

Enquanto o axé se fortalecia comercialmente, alguns nomes buscavam alternativas criativas para a música baiana. O mais significativo deles foi a Timbalada, grupo de percussionistas e vocalistas liderado por Carlinhos Brown (cuja música "Meia Lua Inteira" tinha estourado na voz de Caetano), que veio com a proposta de resgatar o som dos timbaus, que há muito tempo estavam restritos à percussão dos terreiros de Candomblé.



Serviço:

O que: Axé - 25 Anos!

Onde: Armazém Vilas

Data: 07 dezembro (Véspera de feriado)

Direção geral: Lobão Motta

Direção artística: Dirceu Factum

Horário: 22h

Valor : R$30,00

Informações: 3379 5360 – www.armazemvilas.com.br

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