15/12/2010

Jequié recebe o Festival de Música Instrumental da Bahia

Serão nove atrações de 17 a 19 de dezembro, no Centro de Cultura ACM. O I Festival de Música Instrumental do Interior da Bahia acontece com recursos do Fundo de Cultura da Bahia.

O município de Jequié, a 365 km da capital Salvador, recebe o I Festival de Música Instrumental da Bahia que acontece entre os dias 17 e 19 de dezembro, sempre às 19h, com ingressos populares R$ 2 (inteira) e R$ 1 (meia) no Centro de Cultura ACM.

Durante os três dias de festa se apresentam músicos e compositores locais, regionais, nacionais e internacionais. O festival conta com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado – SecultBA através do Fundo de Cultura da Bahia.

Além das apresentações musicais, a programação conta ainda com a exposição fotográfica Multimídia do Festival de Música Instrumental da Bahia durantes as 16 edições realizadas em Salvador.

Esse é o primeiro ano que o festival invade o interior. “O Festival Instrumental da Bahia tem três momentos, porque foi amadora na década de 80, se profissionalizou em 2002 recebendo recursos do Estado e agora em 2010 queremos conquistar o interior da Bahia. Estamos bastante ansiosos com esse momento.”, afirma um dos curadores do festival Zeca Freitas.

Ainda como parte da programação no interior, serão realizados workshops e máster class gratuitos com temas como manutenção e conservação dos instrumentos musicais, performance e técnicas de improvisação, incentivo à pesquisa do repertório musical, entre outros. Para participar, basta se dirigir ao Centro de Cultura de Jequié, das 10h às 13h.

“Desde a década de 1980, o Festival de Música Instrumental da Bahia tem atuado de forma estratégica para o desenvolvimento da música instrumental no estado. Após 16 edições na capital, o Festival chega ao interior da Bahia, estimulando a produção musical de cada localidade e homenageando uma de nossas mais importantes expressões musicais, as Filarmônicas da Bahia.

Descentralização e interiorização de ações sempre foram uma premissa desta Secretaria. Muito nos engrandece sermos parceiros de um projeto tão significativo que finalmente amplia sua ação territorial, propiciando ao público e músicos do interior do estado o acesso à música instrumental.”, afirma Gilberto Monte, diretor de Música da Fundação Cultural da Bahia, uniade da Secretaria de Cultura.

História – No fim da década de 70, Salvador vivia em uma intensa atividade de grupos instrumentais e mesmo sem haver uma tradição da área na cidade o Festival chegou com objetivo de reunir toda essa efervescência. O resultado foram nove edições seguidas do Festival de Música Instrumental da Bahia na década de 80.

Inúmeros instrumentistas e grupos locais se destacaram como a Oficina de Frevos e Dobrados, Grupo Garagem, Raposa Velha, Banda Livre, Sexteto do Beco, Vivaldo Conceição, Corpo e Alma, Grupo Pulsa, Mou Brasil, Andrea Daltro, Rumbaiana, Operanóia, e muitos outros.

Grandes nomes da música instrumental do Brasil participaram do Festival, dentre eles Walter Smetak, Armandinho, Hélio Delmiro, Heraldo do Monte, Grupo Pau Brasil, Grupo Alquimia (com Zeca Assumpção e Mauro Senise), Paulo Moura, Raul de Souza, Nivaldo Ornellas, e alguns nomes internacionais como o pianista Jeff Gardner e o flautista e pianista Nicola Stilo.

AMANTES DA LIRA – O Festival está homenageando todas as filarmônicas da Bahia e, em Jequié, elas estarão representadas pela Sociedade Filarmônica Amantes da Lira, fundada em 1949, por Argemiro Teixeira de Melo.

Hoje, a banda, com 27 músicos, é conduzida pelo maestro Givaldo Cruz da Conceição, e eles vão se apresentar na Abertura do Festival (17). “As filarmônicas são o principal grupo instrumental do interior baiano e elas existem na maior parte das cidades, reunindo pessoas de qualidade que são loucas e apaixonadas por música. As filarmônicas, para mim, são a grande escola, o mais importante centro social, uma verdadeira agremiação musical”, diz o curador Fernando Marinho.

Programação

Dia 17, sexta-feira:
Sociedade Filarmônica Amantes da Lira (Abertura); EBMB – com os bateristas Beto Martins e Marcel Freire (Jequié); o rock de Adson Sodré Trio (Jequié); o baixista Luciano Calazans (Salvador), com participação especial do percussionista Robertinho Silva (RJ);
Dia 18, sábado:
Quarteto de contrabaixo elétrico Baixaria (Vitória da Conquista); o sanfoneiro Zé Araújo (Santo Antonio de Jesus); o choro do grupo Mandaia (Salvador), com participação especial de Ronaldo do Bandolim (RJ);
Dia 19, domingo:
mais chorinho com Os Chorões do Recôncavo (Cachoeira); a performance da Contrabanda (Vitória da Conquista), e a originalidade da Banda de Boca (Salvador).

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