Unhas negras, íris cor de mel, Preta Gil era quase uma tigresa disfarçada de oncinha, com seu indefectível modelito assinado pela estilista paulista Lilly Sarti.
Felina toda, a cantora estreou com o pé direito sua temporada de verão na Bahia. Num sábado de casa lotada, ela agitou mais uma edição do seu badalado show “Noite Preta”, que será reprisado ainda nos dias 29 de janeiro e 12 de fevereiro, na Madrre, em Salvador.
O show é um sucesso de Norte a Sul do país há mais de dois anos, mas Preta sempre surpreende com novidades no repertório. Desta vez, por exemplo, ela atacou com um pout pourri de pagode que misturou “Chupeta”, do Psirico, “Liga da Justiça”, do Levanoiz e “Segura o Tchan”, do É o Tchan e provocou reboliço e gritaria, como ela mesma gosta de definir a alvoroço que causa na plateia, com sua já conhecida irreverência.
“O negócio aqui é música popular brasileira, o que o povo gosta de ouvir! Esse show é a mistura que eu sou: Salvador com Rio de Janeiro!”, disse empolgada a cantora.
Um dos grandes momentos do show foi a participação do grupo convidado. O Cortejo Afro garantiu o clima de carnaval da festa e, entre outras músicas, cantou com Preta o sucesso “Sorriso Negro”, numa emocionante interpretação, cheia de cumplicidade.
A cada edição do “Noite Preta” a cantora Preta Gil tem revelado uma impressionante evolução artística, numa absoluto domínio da cena, afinada com o seu propósito de divertir com alegria, dona de si, dona da voz. Preta é babado forte!
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