Na manhã desta quarta-feira (12 de janeiro), o secretário de Cultura do Estado da Bahia, Márcio Meirelles, e técnicos da Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC/SecultBA), fizeram uma visita de acompanhamento das obras no Museu Ilê Ohun Lailai, no terreiro de candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, localizado no Cabula, tombado como patrimônio nacional pelo Iphan - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
As obras fazem parte do projeto de requalificação física e expográfica do memorial, que será reaberto em fevereiro, com o seu acervo restaurado, composto por mais de 750 peças formadas por objetos ligados aos rituais, ao cotidiano e às figuras importantes da casa centenária.
Em sua visita, o secretário reiterou a importância do local como espaço de preservação da memória e da cultura afro brasileira, e o compromisso do Governo do Estado com o legado do Ilê Axé Opô Afonjá, que ao longo dos seus 100 anos de funcionamento se destacou pela forte atuação em lutas pela cidadania, combate ao preconceito, além valorização da cultura e religiosidade afro brasileiras.
“O Afonjá é um patrimônio brasileiro conhecido internacionalmente. Requalificar esse Museu, com o restauro de suas peças, é uma prova de que esse Governo apóia o povo do candomblé porque reconhece nesse espaço, um local de valorização da cultura africana e de luta pela cidadania”, afirmou o secretário de Cultura.
As atividades de readequação do museu Ilê Ohun Lailai compreendem higienização, restauro e climatização do acervo, além de novo projeto expográfico do memorial dedicado ao terreiro que completou 100 anos no ano passado e são realizadas pela Secretaria de Cultura do Estado através da diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural, unidade da SecultBA.
Reaberto no próximo mês, o Museu Ilê Ohun Lailai (Casa das Coisas Antigas, em Yorubá) foi inaugurado em 1999 e reúne peças de roupas, objetos de culto e outros artigos que revelam a história do terreiro e de seus fiéis, desde a fundação da casa - uma das mais importantes do país.
O presidente do Conselho Civil da Sociedade Cruz Santa (instituição responsável por manter o Ilê Axé Opô Afonjá), Ribamar Daniel Feitosa, destaca a contribuição desta iniciativa para a preservação do patrimônio e para a longevidade do terreiro: “Com essa revitalização fechamos as comemorações do centenário. Depois das obras tudo vai ficar mais bonito e mais atrativo. Esta contribuição tem sido muito importante pra nós”.
Ilê Axé Opô Afonjá - Inaugurado em 1910 por Eugênia Anna dos Santos, mais conhecida como Mãe Aninha, o Opô Afonjá foi tombado em 2000 pelo IPHAN, tornando-se patrimônio histórico e artístico nacional.
Além da fundadora, quatro ialorixás estiveram à frente do candomblé de São Gonçalo em seus primeiros 100 anos, preservando todo o legado ancestral. São elas: Mãe Bada, Mãe Senhora, Mãe Ondina e, atualmente, Mãe Stella de Oxossi.
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