23/02/2011

22,1% dos residentes na capital baiana brincam ou trabalham durante o Carnaval

Pesquisa sobre o comportamento dos residentes de Salvador no Carnaval será publicada no Infocultura nº 06 – da Secretaria de Cultura do Estado. A pesquisa, realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento, entrevistou 9.381 indivíduos.

De acordo com os dados da pesquisa Suplemento do Carnaval 2010 publicados no Infocultura nº 06 “Carnaval 2010: Comportamentos dos Residentes de Salvador na Festa e suas Práticas Culturais”, apenas 571 mil residentes na capital baiana brincaram e/ou trabalharam durante o Carnaval, ou seja, 22,1% da população.

A pesquisa foi realizada em parceria, pela SecultBA e a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Seplan, com base em questionário suplementar ao da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PEDRMS).

Os dados revelam ainda que, dos 571 mil residentes que foram para a rua durante o Carnaval, 478 mil foram para as ruas participar da festa e 93 mil pessoas trabalharam em função dela.

Considerando os 478 mil foliões, os resultados da pesquisa reafirmam que a preferência dessa população ainda é o carnaval “pipoca” com um número grande de 58,9% dos que preferiram essa modalidade para a brincadeira e 15,6% do segundo colocado na pesquisa, a brincadeira através dos blocos.

"Essa pesquisa, mais do que uma simples divulgação dos hábitos soteropolitanos no período do carnaval, é uma ferramenta fundamental para a compreensão da diversidade dos habitantes da capital baiana; tanto no que tange as práticas e identidade culturais em relação à festa quanto no que diz respeito às demandas sociais num período tão específico", afirma o secretário de Planejamento, Zezéu Ribeiro.

A pesquisa revelou também que os foliões fizeram outra opção, brincando pelo menos um dia nos espaços empresariais: blocos e/ou camarotes. O número revelado é de 15,6% e 11,1% dos foliões que brincaram única e exclusivamente em Bloco e Camarote, respectivamente.

Os dados revelaram também o percentual de 9,0% para os foliões que optaram brincar em Bloco e Pipoca; 2,5% para Bloco e Camarote; 1,7 % para Camarote e Pipoca e 1,2% os foliões que brincaram em Bloco, Camarote e Pipoca.

Para o secretário de Cultura do Estado da Bahia, Albino Rubim, a pesquisa reforça a necessidade de políticas públicas para o folião residente. “O Carnaval precisa ser pensado também para os residentes de Salvador, que preferem ficar na cidade.

Por isso a Secretaria investe em conteúdos gratuitos como o Carnaval Ouro Negro, o Carnaval Pipoca e o Carnaval do Pelourinho, que também são programas que contemplam a diversidade. Investimos na transmissão da TVE e a pesquisa confirma a importância disso, pois muitos residentes assistem ao Carnaval pela televisão. Temos uma cobertura diferenciada”.

Tipo de Bloco e Circuitos – Para o folião que foi brincar o carnaval nos Blocos, os Blocos de Trio ainda são os mais procurados, com 71,7% da escolha, 24,4% optaram brincar nos Blocos de Matriz Africana e 3,9% optaram por outros blocos, como os blocos especiais e infantis.

Com relação à preferência de circuitos, a pesquisa constatou que 49,5% preferem curtir o circuito tradicional e mais antigo, o Circuito Osmar (Campo Grande), sendo que 43,8% preferem curtir o Circuito Dodô (Barra – Ondina), 4,5% o Circuito Batatinha e 2,1% preferem curtir a festa nos bairros.

O Circuito Dodô, embora seja um circuito mais novo do que o Circuito Osmar, ganha grande popularidade por conta da atração mercadológica da festa, que identifica que ele é o que mais apresenta estruturas privadas destinadas a um público de maior poder aquisitivo além de atrair mídia e celebridades.

Perfil dos que brincaram – Os jovens ainda dominam a festa com uma predominância de idade entre 10 e 39 anos com 77,3% dos pesquisados. Quanto à escolaridade a pesquisa revela que 61,8% possuem instrução superior ou segundo grau completo.

No que diz respeito a faixa etária dos foliões que brincam nos blocos e na “pipoca”, 44,1% representam o grupo entre 25 e 39 anos. Percebe-se a maior presença de crianças e adolescentes no Carnaval do Pelourinho.

Suplemento do Carnaval - A pesquisa intitulada “Suplemento do Carnaval 2010” foi realizada durante os meses de julho, agosto e setembro e entrevistou 9.381 indivíduos residentes na capital do estado.

Do total da população residente em Salvador, estima-se que 1,57 milhão, ou seja, 60,5% dos moradores ficaram em Salvador e 452 mil optaram por sair da cidade. Descobriu-se que a televisão é a principal prática cultural domiciliar praticada pelos indivíduos durante o período do carnaval.

Serviço:
O quê: Lançamento do Infocultura nº 06 “Carnaval 2010: Comportamentos dos Residentes de Salvador na Festa e suas Práticas Culturais”
Quando: 24/02 (quinta-feira) – 9h30
Onde: Conselho de Cultura – Anexo ao Palácio da Aclamação |Av. Sete de Setembro – Centro| Salvador-Bahia.

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