A socialite, modelo e estudante de direito, atualmente morando em Londres, Fabiana Dórea deu uma entrevista exclusiva ao blog Salvador por Estefano Diaz, confira:
1 – Como você começou a se interessar pela moda? Alguém te aconselhou que carreira seguir ou você já sabia o que gostaria de ser?
FD: A moda sempre esteve presente na minha vida. Minha mãe sempre nos deu muita liberdade, mesmo pequena para fazermos a nossas próprias escolhas, às vezes ela dizia que eu e minhas irmãs parecíamos umas malucas vestidas de caipiras em pleno natal, mas se a escolha tinha sido nossa....e isso moldou muito minha personalidade e o que eu uso atualmente. Não sou de seguir tendências, prefiro criar.
Conheço meu corpo e sei o que funciona nele e a partir daí faço experimentações. Quanto a minha carreira foi uma escolha bastante pessoal, eu sempre quis fazer direito e ser modelo sem qualquer influência dos meus pais.
2- Quais seus projetos? Seus planos pro futuro?
FD: Meu plano agora e retornar a Londres para finalizar o meu mestrado em direito internacional e mudar meu visto (que agora e de estudante) para o de trabalho e ficar mais um tempo por lá me dedicando a minha carreira de modelo, fazendo as viagens e assumindo os compromissos que não pude assumir por conta dos estudos.
3 –Por que você decidiu ir para Londres?
FD:. Primeiro porque estudei em escola americana então já havia a facilidade da língua. Depois porque Londres e a capital da moda. E incrível a liberdade inventiva das londrinas. Elas não seguem regras, nem padrões, são inovadoras e usam o que gostam sem dar satisfação.
4- Você acha que o mercado da moda em Salvador é bom ou ruim?
FD: As brasileiras possuem um charme puro e natural, mas não exploram a moda em toda sua extensão. Ficam muito presas a tendências e têm medo de arriscar. Somos todas muito parecidas, com os mesmos cabelos longos e lisos (ou alisados), o mesmo esmalte da estação.
Em São Paulo ainda temos umas ou outras que se arriscam mais, mas ficam taxadas como alternativas. Mas eu acredito que o mercado de Salvador melhorou muito de uns 5 anos para cá.
Grandes estilistas soteropolitanos surgiram, hoje em dia já consigo ver um look mais ousado em uma festa, outra que se arrisca mais, mas ainda precisa melhorar muito. Eu ainda tenho dificuldade para achar, por exemplo, uma peça mais diferente aqui. Outro dia, fui a 3 shoppings na tentativa frustrada de encontrar um short jeans que fugisse do convencional.
5 – Quem são as pessoas que te influenciaram a ser o que você se tornou hoje? Você tem ídolos, se sim, quem?
FD: Sem dúvidas foram os meus pais. Através da educação, do exemplo, dos valores, eu me tornei o que sou hoje pela admiração que sinto por eles. Meus ídolos, ou seja aquele que idolatro são também meus pais. Mas admiração eu tenho por muitas pessoas tanto na minha profissão, quanto na minha vida pessoal.
6- Existe alguém com quem você gostaria de trabalhar em conjunto? Existe um reconhecimento do seu trabalho por parte da população geral?
FD: Ahhhhh são tantas pessoas....Eu admiro muito o trabalho de Alessandra Ambrósio, eu acho que ela fotografa lindamente, adoraria que ele me desse algumas dicas... e eu tenho um sonho de um dia rever minha irmã de coração (Annette Melton) que mora na Austrália (ela foi minha host sister durante 1 ano em programa de intercâmbio) e se tornou uma modelo linda, eu amaria trabalhar com ela.
7- Para quem quer seguir essa carreira, qual dica você daria para o iniciante?
FD: Primeiro ela precisa gostar muito do que faz e tem que ter confiança nela e no seu trabalho, porque e um ramo que você ouve muitos nãos.
“Voce não serve para isso ou preciso de alguém mais alto, alguém mais forte, alguém mais magro”. Então se você não tem uma boa estrutura emocional e tem medo da rejeição essa carreira não é para você.
8- O que você prefere fazer: editoriais ou desfiles?
FD: Eu adoro andar nas passarelas, mas prefiro fotografar, porque a modelo tem mais liberdade de criação nas fotos, às vezes precisamos encarnar um personagem. E eu adoro a possibilidade de ser uma camaleoa, de estar sempre em mutação.
9- Qual mensagem você deixaria para o leitor do SSA UP?
FD: Que levem essa coisa de tendências, “must have”, “ it bag” menos a sério. Que se divirtam mais, ousem e abusem, a final a moda e reciclável e não adianta usar o must have of the moment se não lhe cai bem ou se você não se sente bem usando.
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