Festas contam com apoio do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI).
Hoje, 6 de janeiro, é comemorado o Dia de Reis e ontem (05) no Pelourinho a folia começou cedo, com o Terno Alvorada, quando os componentes se reuniram no Feijão de Alaíde, para aquecer as turbinas antes de iniciar o cortejo. No Largo do Pelourinho, as fantasias eram distribuídas para um público animado que se reúne a cerca de 30 anos.
Nos outros largos Araketu e Diamba faziam a festa. A festa entrou pela madrugada com o cortejo do Terno Alvorada até à Lapinha. O Pelourinho estava em uma ebulição festiva.
De acordo com Sue Ribeiro, uma das organizadoras do Alvorada, a festa deste ano teve uma beleza especial. “Estamos comemorando 30 anos de união. São anos de festa, de encontro para confraternizar e nos reencontrar”, explica. Artistas, pessoas que se conheceram na faculdade, profissionais liberais, comerciantes do Centro Histórico e acima de tudo amigos, celebraram a maturidade do Reisado.
A produtora cultural Glaucia Santos, desfila há 24 anos. “Moro no Nordeste de Amaralina e venho todos os anos. Acho importante que iniciativas como essas persistam, que novas gerações se apoderem para que essas tradições não morram”, pontuou. Enquanto o Alvorada se organizava para sair em cortejo, nos Largos Pedro Archanjo e Tereza Batista receberam um público sedento por música e diversão. O ensaio do Araketu, sob o comando da vocalista Larissa Luz, agitou o Pedro Archanjo.
A musa recebeu a banda Olodum, como convidado especial. “Não tem como tocar no Pelourinho, sem homenagear o Olodum. A banda leva para o mundo o nosso melhor. É uma forma de agradecer”, explica Larissa. O português Mario Fernando Sampaio se dizia extasiado. “É a primeira vez que venho ao Brasil e estou impressionado com a energia do Pelourinho. Esse lugar transpira alegria e emoção”, relata.
O reggae do Diamba recebeu um dos rocks mais tradicionais da Bahia. A Dr. Cascadura se juntou ao grupo comandado pelo vocalista Duda para traduzir a diversidade tão característica do Centro Histórico. “Vamos misturar. Afinal, essa terra maravilhosa faz artistas de todos os estilos. A ideia é celebrar isso”, explica Duda. A estudante de Serviço Social, Denise Boaventura, cantava todas a músicas do Diamba.
“Acompanho o trabalho dos meninos há muito tempo e acredito que o Pelourinho é a tradução desse tipo de música. Um som com forte influência africana acho que este lugar é o mais adequado para receber este som e curtir o reggae”, assegura.
Hoje (06), agitação cultural no Pelourinho segue com o ensaio “Tambores dos Negões”, com a banda Os Negões, no Largo Quincas Berro d’Água; no Largo Pedro Archanjo, com Batifun e Muzenza no Largo Tereza Batista, todos a partir de 21h.
Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI) - órgão da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult/BA) busca, através do Programa Pelourinho Cultural, além de dinamizar as ações culturais no Centro Histórico, incentivar também a produção local, por meio da promoção de eventos realizados pela comunidade. Toda a agenda de atrações do programa tem acesso gratuito ou a preços populares.
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