07/11/2012

BALÉ FOLCLÓRICO DA BAHIA FAZ TEMPORADA DE “HERANÇA SAGRADA – A CORTE DE OXALÁ” EM SÃO PAULO


Foto Vinicius Lima.

Inspirado em rituais do Candomblé, com reproduções também fiéis das mais importantes manifestações folclóricas baianas – da capoeira ao samba de roda –, o espetáculo tem direção geral de Walson “Vavá” Botelho e direção artística de José Carlos “Zebrinha” Santos. Aplaudido nos Estados Unidos, Europa e Caribe, Herança Sagrada, do Balé Folclórico da Bahia, estreia no Teatro Sérgio Cardoso, no dia 30 de novembro, repaginado com 26 bailarinos, músicos e cantores e fica em cartaz até 09 de dezembro.

A primeira parte do espetáculo, que dá nome à temporada, traz coreografia baseada em danças do culto afro-brasileiro, reproduzindo com fidelidade sequências de movimentos de alguns dos mais importantes rituais do Candomblé. Na trilha sonora, cânticos sagrados. Na segunda parte aparecem coreografias clássicas do repertório do grupo emolduradas por músicas extraídas do folclore baiano. Entram “Berimbau”, “Puxada de Rede”, “Capoeira” e “Samba de roda”, além de “Afixirê” – essa última, com música de Antônio Portella e Jorge Paim, traz retratos da influência dos escravos africanos na cultura brasileira.

O grupo acaba de concluir temporada com dez apresentações em Auckland, Christchurch e Dunedin, na Nova Zelândia. Viajou com 34 integrantes.

Faz mais de doze anos que o Balé Folclórico da Bahia não se apresenta em São Paulo. “Só agora, com recursos do Programa Oi de Patrocínios Culturais é que foi possível viajar pelo Brasil”, comemora Vavá, fundador e diretor do Balé Folclórico da Bahia.

Em agosto, 32 bailarinos da companhia participaram do encerramento das Olimpíadas de Londres. No Carnaval de 2012, foi uma das atrações especiais da Portela, que homenageou a Bahia, com uma ala no desfile na Marques de Sapucaí.

Nos EUA, onde circulou recentemente por 30 cidades, a temporada de três meses de “Herança Sagrada” atraiu mais de 100 mil pessoas. Nesse número, destacam-se personalidades como Gloria Estefan, Steven Spielberg, Danny Glover, David Parsons, Anne Hathaway, Harry Belafonte Judith Jamison (diretora artística da Alvin Ailey American Dance Theater, que veio para o Brasil especialmente para a festa de 20 anos do Balé, em 2008) e Jessye Norman.

O BFB é a única companhia profissional de dança folclórica do país em atividade. A temporada paulista encerra a turnê nacional, iniciada em janeiro, em Salvador, com patrocínio da Oi e apoio cultural do Oi Futuro. Trata-se de um marco nos 24 anos de história do grupo, que possui uma intensa agenda no exterior e prestígio internacional, mas que enfrentava dificuldade para percorrer o Brasil. É a primeira vez que a companhia, selecionada pelo Programa Oi de Patrocínios Culturais, consegue recursos de uma empresa brasileira para realizar uma turnê nacional. “Manter uma equipe que se dedica à dança em regime integral, com intenso preparo técnico, preparo físico e muita pesquisa, é uma luta diária. Poucas companhias de dança privadas sem patrocinador regular conseguem existir por tanto tempo, mantendo um nível de excelência técnica tão elevado e respeito do público e da crítica. Já apresentamos o Balé ao mundo, queremos propagar nosso trabalho no Brasil”, destaca Vavá, fundador e diretor geral do Balé.

“Ao patrocinar a turnê nacional do Balé Folclórico da Bahia, a Oi pretende dar ao público brasileiro a oportunidade de aplaudir um espetáculo já consagrado em palcos estrangeiros, reafirmando o compromisso do Oi Futuro com a democratização do acesso à cultura e a valorização da diversidade cultural”, diz Maria Arlete Gonçalves, diretora de Cultura do Oi Futuro.

Balé Folclórico da Bahia: 24 anos de história

O BFB completou 24 anos em agosto de 2012. Já se apresentou em 255 cidades no exterior, sendo 182 somente nos Estados Unidos, totalizando 25 países, incluindo Itália, Canadá, Dinamarca, Austrália, Alemanha, França, Holanda, Suíça, Suécia, Portugal, Finlândia, México, África do Sul, Togo e Benin. Com sede no Pelourinho, em Salvador, funciona em regime integral de seis horas de trabalho por dia. Os 40 integrantes da companhia – dançarinos, músicos e cantores – recebem preparação técnica para dança, música e teatro. Para preservar e divulgar as principais manifestações folclóricas da Bahia, o Balé desenvolveu uma linguagem cênica que parte dos aspectos populares e atinge questões contemporâneas. O Balé também possui um segundo corpo de baile, que realiza espetáculos, diariamente, no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho, tendo como público, principalmente, turistas estrangeiros e de outros estados do Brasil.

SERVIÇO:

Local: TEATRO SÉRGIO CARDOSO, Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista, fone (11) 3288-0136

Estreia: sexta-feira, 30 de novembro, às 21h30. Temporada até 09 de dezembro, sendo sexta-feira, 21h30, sábado, 21h, e domingo, 19h

Duração: 90 minutos. Classificação etária: 12 anos

Ingressos a R$40,00 e R$20,00 (meia entrada para estudantes e maiores de 60 anos). Formas de pagamento: em dinheiro e/ou todos os cartões de crédito ou débito. Horário de funcionamento da bilheteria: de quarta a domingo, das 14h às 19h para vendas antecipadas.

Capacidade: 835 lugares

Acessibilidade: dez lugares para cadeirantes e cinco para obesos

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