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15/06/2013
Cine Som Bahia abre com poemas de Fernando Pessoa musicados e filmados
Fotos: Henrique Dantas.
Lançamento do documentário e de músicas de André Luiz Oliveira agita o Complexo Cultural dos Barris. O projeto integrado levou 28 anos de elaboração.
Dezenas de pessoas prestigiaram ontem à noite (14/06), o lançamento —em primeiríssima mão — do documentário A mensagem de Fernando Pessoa. A mais recente obra do cineasta e músico baiano, André Luiz Oliveira, que abriu o programa do Cinesomba, no Complexo Cultural dos Barris, como parte do projeto Cultura em Campo, da Fundação Cultural e da Secretaria do Estado da Bahia.
Atração do evento, o filme foi exibido numa versão especialmente preparada para o Cinesomba. Registrou em 44 músicas — correspondentes a cada poema do livro Mensagem —, a poética de Fernando Pessoa, sob o olhar do inquieto cineasta de Meteorango Kid, que musicou os textos em 3 DVDs. As canções foram gravadas com a participação de grandes intérpretes da música portuguesa da MPF como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Carlinhos Brown, Ney Matogrosso, Milton Nascimento, Zelia Duncan, entre outros.
Encantando com o documentário, o cantor Lazzo Matumbi comentou: "A gente sente a ausência de André Luiz na Bahia. Ao mesmo tempo, é bom que ele fique em Brasília, mirabolando maravilhas como esse filme".
Videoclipes
Da projeção do filme (na Sala Walter da Silveira), os expectadores foram convidados para um momento novo do CinesomBA, no meio da rua: a projeção de videoclipes de autores diversos, na enorme fachada da Biblioteca dos Barris. A qualidade do material chamou à atenção.
“A seleção das imagens, a limpeza do áudio e as trilhas foram excelentes”, comentou a videasta baiana, Mônica Simões, que há três anos mora em São Paulo.
“Dá felicidade ver o quadrilátero dos Barris cheio de encontros e de gente bonita! Faz muito tempo que isso não acontece”, disse o cineasta Edgar Navarro, autor de O Superoutro.
Viras e fados
Fechando a programação para uma seleta plateia de artistas, cineastas, universitários e publicitários, entre outros públicos, André Luiz Oliveira mostrou o show, com voz e violão. O acompanhamento foi dos músicos Cláudio Vinícius, nos teclados e viola caipira e Ocelo Mendonça, na flauta e no violoncelo.
“Essa alquimia entre tecnologias, cordas e sopros — mostra, da forma mais contemporânea possível, que não existem fronteiras entre a vida, a arte, a imagem e o som”, disse o secretário de Cultura do Estado da Bahia, Albino Rubim.
Para o músico Capinam, a enorme circulação de produtores culturais e pessoas em geral, ontem, no documentário, nos clips e no show de André Luiz, no Complexo dos Barris pode ser o fim de um hiato cultural do qual Salvador se ressente e que começa a ser preenchido novamente. “Tomara que esses apelos não passem depois das Copas das Confederações e do Mundo”, pontuou.
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