30/09/2013

Escola de Teatro estreia “Três versões da vida”, peça de Yasmina Reza, com direção de Ewald Hackler


Foto: Alessandra Nohvais.

A peça estreia dia 11 de outubro, no Teatro Martim Gonçalves, com entrada gratuita.

A Escola de Teatro da UFBA estreia no próximo dia 11 de outubro, às 20 h, sua versão da peça “Três versões da vida”, de Yasmina Reza, dramaturga de origem iraniana consagrada internacionalmente. Com direção de Ewald Hackler, a peça foi traduzida para o português pelo ator e jornalista baiano Gideon Rosa. A temporada no Teatro Martim Gonçalves vai até o dia 27 de outubro, de quinta a domingo, às 20 h. No elenco, Cláudio Cajaíba, Márcia Andrade, Vera Pessoa, Carlos Nascimento e Luisa Proserpio.

Quinta peça de Yasmina Reza, “Três versões da vida” constrói três variações diferentes de um mesmo episódio do cotidiano: um jantar muito improvisado, imprevisto e algo caótico. No living de um apartamento simples se juntam dois casais. Os maridos trabalham num instituto universitário de Astrofísica. Ênio e Sonia discutem sobre a educação do filho e começam a brigar, quando o segundo casal, Paolo e Inês, cuja visita para jantar estava marcada para o dia seguinte, chega inesperadamente. A chegada repentina do casal agita ainda mais os anfitriões, que não estavam preparados para receber os amigos. Em três cenas, a selvageria e a falsidade se encontram, à espreita, sob a simpática superfície da educação burguesa.

A dramaturga sugere como cenário uma sala. “O mais abstrato possível. Nem paredes nem portas; como ao ar livre. O que conta é a ideia de sala,” diz o diretor Ewald Hackler. A autora, segura da eficiência do seu texto, não deseja ver um cenário - custoso e monumental - servir de distração do essencial.

Yasmina Reza é considerada, atualmente, a autora mais encenada do mundo. Sua única peça que já foi apresentada ao público baiano é “Arte” . No Brasil, a autora tem sido pouco encenada fora do eixo Rio-São Paulo. Sucesso de público e de crítica, “Arte”, de 1994, foi traduzida em mais de trinta línguas e ganhou cerca de duzentas montagens. Em Salvador, estreou em 2004, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, foi contemplada com três Prêmios Braskem: Melhor Espetáculo; Melhor Diretor (Ewald Hackler, que também dirige a presente montagem de “Três Versões da Vida”); e Melhor Ator (Gideon Rosa, também tradutor de “Três Versões da Vida”). “Arte” ganha, como primeira peça de língua não inglesa, os três prêmios mais importantes para o teatro mundial: o Prêmio Molière, francês; o Prêmio Oliver, inglês e o Tony, dos Estados Unidos.

O tom corrosivo da sátira ecoa nos textos de Yasmina Reza, que falam dos mais variados segmentos da vida burguesa. Yasmina – com sua linguagem simples e ácida – desnuda os valores da burguesia e consegue transformar as tragédias humanas em comédia, trazendo boas risadas para o público.


Sobre o diretor Ewald Hackler

Ewald Hackler, alemão radicado no Brasil há 40 anos, é diretor de teatro. Também é cenógrafo, figurinista e professor da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia , integrando o núcleo de pós-graduação em Artes Cênicas da mesma escola. É Ph.D em dramaturgia pela Universidade da Califórnia (Berkeley), USA.

Acumulou diversos prêmios ao longo da carreira, entre eles o Prêmio Braskem de Melhor Diretor com a peça “Arte”, também de Yasmina Rena, encenada em 2004 na Sala do Coro do TCA.

Sobre a dramaturga Yasmina Reza

Yasmina Reza nasceu em Paris, filha de imigrantes. O pai é engenheiro iraniano-russo, a mãe violinista húngara. Estudou Sociologia e Teoria do Teatro antes de entrar na renomada Escola Jaques Lecoq e trabalha por vários anos como atriz e diretora.

Ela diz que “sente em francês”, e as suas peças não apenas revelam uma perfeita familiaridade com as mentalidades socioculturais de seu país, como também a sua capacidade de uma observadora afiada e incorruptível de “gente que é criada com todo conforto, mas se desintegra por trás do verniz da sua educação.”

Sua primeira peça “Conversas depois de um Enterro”, ela escreveu em 1987, com 26 anos. Desde então publicou sete peças, cinco romances e uma obra não ficcional que trata da campanha eleitoral de Nicolas Sarkosy, que ela acompanha a convite do então futuro Presidente da República francesa.

A peça “Arte”, de 1994, se torna um enorme sucesso. É traduzida em mais de trinta línguas e festeja cerca de duzentas montagens. Estreou, depois de uma Leitura Dramática e uma montagem-teste, em 2004, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves que foi contemplada com três Prêmios Braskem: Melhor Espetáculo; Melhor Diretor (Ewald Hackler, que também dirige a presente montagem de “Três Versões da Vida”); e Melhor Ator (Gideon Rosa, também tradutor de “Três Versões da Vida”). “Arte” ganha, como primeira peça de língua não inglesa, os três prêmios mais importantes para o teatro mundial: o Prêmio Molière, francês; o Prêmio Oliver, inglês e o Tony, dos Estados Unidos.


Serviço:

Espetáculo: “Três Versões da Vida”

Quando: estreia dia 11 de outubro, às 20 h, e fica em cartaz até dia 27 de outubro (de quinta a domingo)

Horário: 20:00h

Duração: 1:50

Local: Teatro Martim Gonçalves (Escola de Teatro da UFBA - Rua Araújo Pinho, 292, Canela)

Faixa etária: 14 anos

Entrada livre

Senhas de acesso retiradas uma hora antes do espetáculo

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