23/10/2013

Conheça os autores baianos que participarão da Flica


Fotos: Elaine Quirelli / Divulgação.

Festa da Literatura Internacional contará com uma série de escritores baianos.

A terceira edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) contará com nomes locais, nacionais e internacionais. Até o dia 27 de outubro diversos nomes estarão nas mesas literárias que acontecem na cidade do Recôncavo Baiano. Da Bahia estão Elieser Cesar, Karina Rabinovitz, Ana Teresa Baptista, Gláucia Lemos, Állex Leilla, Maria Hilda Baqueiro Paraíso, Tom Correia e Makota Valdina.


Dia 24 de outubro, amanhã, às 10h, os poetas Elieser Cesar e Karina Rabinovitz participam da mesa “Qualquer Um Poeta”. Os autores discutem sobre a origem dos poetas, as dores e consolos de que surge a poesia, suas prosas cantadas e rimadas. Pela tarde, às 15 horas, na mesa “Vidas comuns, vidas notáveis”, a discussão surge em torno da biografias, com a escritora Ana Teresa Baptista, com mediação de Jackson Costa.


Na sexta-feira, dia 25, a autora Gláucia Lemos participa da mesa “Lirismo, Sonhos e Imaginários”, às 15 horas. Às 19 horas, na mesa “Entre Flores e Espartilhos”, outra baiana fomenta a discussão. A autora Állex Leila falará sobre sexo tratado pela literatura, com mediação de Jorge Portugal.


Maria Hilda Baqueiro Paraíso abre os debates no sábado falando sobre a posse indígena. Às 10 horas, a escritora baiana participa da mesa “Donos da Terra? - Os Neoíndios, Velhos Bons Selvagens”, com mediação de Jorge Portugal. Já às 15 horas, a mesa “A Velocidade da Contemplação Moderna”, com mediação de Jackson Costa, recebe o autor Tom Correia.

E para fechar a programação da Flica. No domingo, dia 27, a Makota Valdina participa da mesa “Ndongo, Ngola, Angola, Bahia”, às 10 horas. Como educadora e Makota de terreiro, Valdina vem lutando desde a década de 1970 contra a intolerância, principalmente a religiosa. Ela se posiciona na sociedade como militante e fez questão de impulsionar as mudanças na própria religião do candomblé.

A Flica – Esta é a terceira edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). A programação será gratuita e terá shows musicais, praça de alimentação e pela primeira vez uma programação voltada para o público infantil. O evento tem coordenação geral e realização da Icontent/Rede Bahia e de Marcus Ferreira, da CALI - Cachoeira Literária. O Vice-Presidente do Conselho de Cultura da Bahia, Aurélio Schommer, e o escritor Emmanuel Mirdad, da Mirdad Gestão em Cultura, são os curadores.

A Flica tem Patrocínio da Oi e Coelba, através do Fazcultura, uma parceria entre a Secretaria da Fazenda e Secretaria da Cultura, do Governo do Estado da Bahia, Terra de Todos Nós.

O vento também já tem confirmado nomes como os internacionais Kierras Kass, Sylvia Day, e Jean Claude, e nacionais como Laurentino Gomes, autor do best-seller “1808 - Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil”.

Festa Literária Internacional de Cachoeira – Flica 2013

Local: Conjunto do Carmo – Cachoeira

Data: Até o dia 27 de outubro

Realização: CALI - Cachoeira Literária e Icontent/Rede Bahia

EVENTO GRATUITO

Resumo dos autores

Elieser Cesar - Formado pela UFBA, iniciou-se na poesia na década de 70. São dele textos como “O Escolhido das sombras e outras histórias” (contos), “Os Cadernos de Fernando Infante” (poesia) e “O romance dos excluídos - terra e política em Euclides Neto” (ensaio). No ano passado, foi primeiro lugar do Prêmio Damário da Cruz de Poesia, instituído pela Fundação Pedro Calmon (FPC).

Karina Rabinovitz - A autora trabalha experimentando e realizando interações entre poesia e artes visuais. Criou intervenções urbanas como o “poesia atravessada [na garganta da cidade]”, que são poemas em faixas de pedestres e o “lambe-lambe poesia”, instalação audiovisual, pra ser montada em praças públicas. O mais recente trabalho é "O LIVRO de água", lançado em 2013, que é um livro-objeto de poemas que se expande numa exposição de artes visuais.

Ana Teresa Baptista - Começou a sua vida profissional na TV Aratu, como repórter. Depois de uma rápida passagem pela TV Bandeirantes, foi trabalhar como jornalista do IBAMA e no jornal A TARDE. Em 2009, apresentou para a Assembleia Legislativa da Bahia um projeto de biografias com nomes de ilustresbaianos e escreveu a biografia de Chico Pinto, que recebeu o titulo de "Chico Pinto - a voz que desafiou os ditadores". O segundo trabalho foi a biografia de Elsimar Coutinho. Em “Elsimar Coutinho: o cientista que o mundo aplaude”, a escritora retrata a carreira e a vida de um dos mais conceituados cientistas da Bahia, Elsimar Coutinho.

Gláucia Lemos - Baiana de Salvador, Gláucia Lemos é dona de mais de dez premiações literárias e membro da Academia de Letras da Bahia. Graduada em direito na UCSal e pós graduada em Crítica de Artena UFBa, a autora estudou música e artes plásticas. Na literatura, estreou em 1979 com livro de contos, ilustrado por ela mesma, em edição da Fundação Cultural do Estado da Bahia. De lá para cá, foram 35 outros títulos, dos quais 21 infanto-juvenis.

Állex Leilla - A autora é vencedora do prêmio para autores inéditos da BRASKEM e Fundação Casa de Jorge Amado, em 1997, com o seu primeiro livro de contos Urbanos e do 20° Concurso de Contos Luiz Vilela, com o texto “Felicidade não se conta”. Leilla publicou seu primeiro livro em 1997. Em 1999, publicou Obscuros (contos), pela Editora Oiti. Recebeu menção honrosa, em 2000, no Prêmio Redescoberta da Literatura Nacional da Revista Cult, com o livro Os elefantes (contos), cujo título foi modificado posteriormente para Elefantes submersos (livro ainda inédito).

Maria Hilda Baqueiro Paraíso - Graduada em Ciências Sociais (1971) e com mestrado em Ciências Sociais (1983) ambas pela UFBa, com doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (1998). É a mais respeitada autoridade em índios da Bahia. Atualmente, Maria Hilda pesquisa a formação territorial da Bahia no período colonial, para criação de um "Atlas Histórico da Bahia Colonial". Entre os livros publicados, é da escritora “Caminhos ao encontro do mundo: a capitania de Ilhéus, os frutos de ouro e a Princesa do Sul (Ilhéus 1534-1940”, “História Indígena”, livro didático para Licenciatura em História e “Os Boruns do Watu”.

Tom Correia - O jornalista e escritor iniciou sua trajetória em 2002. Neste mesmo ano ganhou o extinto Prêmio Braskem de Literatura com o livro de contos “Memorial dos medíocres”. O segundo livro nasceu em 2011, com o nome “Sob o céu de gris profundo”. Esta publicação foi aprovada em Edital da Secult-Fundação Pedro Calmon. Nos anos seguintes, participou das coletâneas “As baianas” (2012) e “82 – Uma copa, quinze histórias” (2013). Em 2012, foi um dos vencedores do Prêmio Estímulo à Crítica de Artes promovido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia.

Makota Valdina - Natural de Salvador, é professora aposentada da rede pública municipal, educadora, ativista política e membro do Conselho de Cultura da Bahia, uma referência para as comunidades negras baianas, sendo reconhecida como mestra da sabedoria Bantu nos ambientes intelectuais nacionais e internacionais, valorizando as especificidades da nação de candomblé Angola-Congo. Valdina Pinto ocupa o cargo de Makota, assessora da NengwaNkisi, Mãe de Santo do Tanuri Junsara, Terreiro de Candomblé Angola, em Salvador.

Nenhum comentário:

Postar um comentário