04/12/2013

TEATRO SESC PELOURINHO RECEBE ZÉ MIGUEL WISNIK COM O SHOW “INDIVISÍVEL”


ZÉ MIGUEL WISNIK APRESENTA O ESPETÁCULO DO SEU ÚLTIMO CD “INDIVISÍVEL”, PRODUZIDO POR ALÊ SIQUEIRA EM SHOW NO TEATRO SESC PELOURINHO

Numa realização do Sesc Bahia, o compositor, ensaísta e colunista do Jornal O Globo, Zé Miguel Wisnik, volta a Salvador para mostrar o comemorado álbum “Indivisível”, quarto disco de sua carreira, em show no dia 13 de dezembro, às 20h, no Teatro Sesc Pelourinho. Wisnik se apresenta ao lado de Sérgio Reze (bateria) e Márcio Arantes (baixo acústico e guitarra).

Cada um dos discos do duplo “Indivisível” é dedicado a um instrumento principal. O primeiro álbum conta com o piano de Zé Miguel Wisnik para construir o clima mais denso dos arranjos das primeiras 13 músicas do trabalho. Já o segundo elege a leveza e a precisão do violão de Arthur Nestrovski que desenha as 12 canções seguintes.

A primeira faixa do CD é também a primeira faixa do espetáculo: “Indivisível”, musicada por Wisnik, apresenta letra do designer André Stolarski, autor de um poema baseado no ensaio de Wisnik “Iluminações Profanas”, que traz um jogo com as palavras invisível, indizível e indivisível. “Dois em Um”, parceria com Alice Ruiz, que “discute a relação” no tema amoroso, composta com o pianista ao pé do instrumento também está no repertório.

Não poderia faltar a música composta para o espantoso poema em ecos de Gregório de Mattos, poeta barroco baiano do século XVII, “Mortal Loucura”, é originalmente trilha do espetáculo “Onqotô”, do Grupo Corpo, em parceria com Caetano Veloso.

“Os ilhéus”, sobre um soneto de Antonio Cícero que faz parte de “A Cidade e os Livros” foi musicada com inspiração em Lulu Santos, já que Cícero é ao mesmo tempo poeta, filósofo e autor de hits com Marina Lima e Lulu.

“Sócrates Brasileiro” (exaltação sobre a grande figura futebolista, já gravado por Ná Ozzetti em seu primeiro disco), é o samba escolhido do CD Indivisível para compor o repertório do espetáculo em BH.

Outros dois destaques do CD Indivisível que devem constar no repertório do espetáculo da capital mineira são a parceria com Mauro Aguiar, co-autor de “Nossa Canção”, que inaugura a colaboração entre Wisnik e Aguiar. “Ilusão Real”, primeira parceria monogâmica com Guinga.

O momento “sertanejo” do show é “Tristeza do Zé”, parceria com o habitual “mestre” Luiz Tatit que destila seu humor sobre a melodia de inspiraço caipira composta por Wisnik. A dupla brinca com a “Tristeza do Jeca”, de Angelino de Oliveira, para desenvolver a história, um tanto autobiográfica, de Zé.

Uma das partes mais emocionantes da noite fica a cargo da parceria com Marcelo Jeneci e Paulo Neves. “Feito Pra Acabar”, que deu nome ao elogiadíssimo disco de estreia do jovem compositor e multi-instrumentista paulista e foi até tema da última novela das seis, “Flor do Caribe”.

Duas parcerias com Jorge Mautner estão no repertório: “Tempo sem Tempo” gravada por Zélia Duncan foi regravada no CD Indivisível e “A liberdade é bonita”, um funk metafísico dos autores encerra o espetáculo.

Outros capítulos desse Indivisível virão à tona com as canções mais conhecidas dos primeiros trabalhos de Zé Miguel Wisnik: “São Paulo Rio”, “Primavera”, “Assum Branco”, “Baião de Quatro Toques”, “Marchinha da Família”.

“Miragem” com Marina Wisnik e “As estrelas sabem”, inédita com Arnaldo Antunes são as duas canções apresentadas pela primeira vez ao público pelo artista Zé Miguel Wisnik, sempre acompanhado de Sérgio Reze (bateria), Swami Jr (baixo, violão e arranjador) e do cantor Celso Sim que divide os vocais desse espetáculo desde a sua estreia.

Sobre Zé Miguel Wisnik José Miguel Wisnik é músico, livre docente em literatura brasileira pela Universidade de São Paulo e ensaísta. Entre as suas principais publicações estão O som e o sentido – uma outra história das músicas (Companhia das Letras, 1989), Sem Receita – ensaios e canções (PubliFolha, 2004), Livro de Partituras (Gryphus, 2004), Veneno remédio – o futebol e o Brasil (Companhia das Letras, 2008) e Machado maxixe – o caso Pestana (PubliFolha, 2008).

Como intérprete de suas canções, lançou um primeiro CD que leva seu nome como título (1993), depois “São Paulo Rio” (2000), “Pérolas aos poucos” (2003) e o CD duplo “Indivisível” (2011). Fez música para dança (“Nazareth”, em 1993, “Parabelo”, em parceria com Tom Zé, em 1997, “Onqotô”, em parceria com Caetano Veloso, em 2005 e “Sem mim”, parceria com Carlos Núñez, em 2011, todas encomendadas pelo Grupo Corpo), cinema (“Terra estrangeira” de Walter Salles Jr. e Daniela Thomas, em 1995, “Janela da alma”, de João Jardim e Walter Carvalho, 2001) e teatro (“As boas”, “Ham-let” e “Mistérios gozozos”, para o Teatro Oficina, além de “Pentesiléias”, de Daniela Thomas, dirigida por Bete Coelho). Nos últimos anos tem desenvolvido o gênero “aula-recital”, em parceria com o violonista e ensaísta Arthur Nestrovski. Tem um DVD gravado ao vivo ao lado de Luiz Tatit e Arthur Nestrovski chamado “O fim da canção” e lançado pelo SELO SESC em 2012.

Recebeu o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro em 1978 (como Revelação de Autor) e em 2009 como ensaísta. Recebeu a bolsa da John Simon Guggenheim Foundation (1983-84), o Troféu Noel Rosa como compositor-revelação em 1989, o prêmio do Festival de Gramado na categoria música original para curta-metragem (1989), o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte por suas produções para teatro e dança em 1991, 1993 e 1995, e o prêmio de melhor música do Festival de Cinema do Ceará, pelo documentário longa-metragem “Janela da alma”, em 2001. Em 2009 recebeu a Ordem do Mérito Cultural. Atuou como conferencista convidado em diversas Universidades do Brasil, da Europa e dos Estados Unidos, como professor visitante na Universidade da Califórnia, em Berkeley (2006) e como Tinker Professor pela Universidade de Chicago (2012).


SERVIÇO:

Atração: Zé Miguel Wisnik

Show: Indivisível

Local: Teatro Sesc Pelourinho

Quando: 13/12, às 20h

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Não recomendado para menores de 12 anos

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