Ialorixá conta histórias de sua juventude e trajetória como uma das mais influentes líderes religiosas do candomblé
Resistência e sabedoria são palavras que ficam evidentes quando se ouve Mãe Stella de Oxóssi falar. Convidada da mais recente edição do PERFIL TV UFBA, a Ialorixá revela, com sua simplicidade costumeira, histórias pessoais que perpassam desde as brincadeiras de infância até seu compromisso como líder religiosa. O programa, que integra a grade da TV universitária, tem como característica principal apresentar a vida e obra de personagens célebres da cultura baiana.
A narrativa, conduzida e apresentada pela Ialorixá, é ambientada nas imediações do Terreiro Ilê Axé Opó Afonjá, levando o espectador a passear entre o chão de terra e o verde, interagindo com a serenidade do espaço. No programa de 26 minutos o público pode conhecer mais sobre a mulher sábia e guerreira, para além da Ialorixá que se destacou por defender o fim do sincretismo religioso e difundir a ideia de respeito à individualidade de cada religião.
Reservada e ao mesmo tempo espirituosa, Maria Stella de Azevedo Santos foi criada por seus tios e educada dentro da doutrina católica, mas aos 14 anos sentiu o chamado e foi iniciada no candomblé com o nome de Odé Kayodê (caçadora de alegria). Formou-se com especialização em Saúde Pública na Escola Baiana de Medicina, trabalhando com crianças por 30 anos e causou polêmica ao tornar-se mãe de santo do Opó Afonjá, relativamente cedo, aos 50 anos de idade.
Além de famosa representante do candomblé, Mãe Stella é uma das figuras mais influentes da Bahia. Recebeu vários prêmios, homenagens e condecorações, como o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia (2005), por se destacar como defensora da cultura negra. Também foi reconhecida por sua produção literária e eleita a ocupar o assento de número 33 da Academia de Letras da Bahia (2013).
A TV UFBA tem a missão de promover o debate e aprofundamento quanto a temas que dialoguem com os diversos campos de conhecimento e a sociedade, além de estimular a reflexão crítica sobre o contexto social na qual se insere. Com programação criativa, a TV universitária busca fomentar o desenvolvimento, democratização e emancipação cidadã, promovendo a divulgação do conteúdo produzido na instituição, levando em conta o tripé pesquisa, ensino e extensão.
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