05/11/2015

Exposição exalta luxo das baianas nas festas populares da Bahia, no mês da Consciência Negra

Foto: Genilson Coutinho.

Exposição visa valorizar e difundir a força e a vaidade das baianas nas festas populares da Bahia

Com o objetivo de valorizar e difundir a força e a vaidade das baianas nas festas populares da Bahia, o renomado fotógrafo baiano Genilson Coutinho irá lançar no dia 16 de novembro, às 19h, a exposição “Adereços e luxo do axé”, que retrata a vaidade das baianas em seus colares, brincos, anéis e adereços na composição do figurino e elevação da vaidade feminina por meio de 30 fotografias.

A exposição fica em cartaz na Alameda Luís Gama doShopping da Bahia, até o dia 30 de novembro, com acesso gratuito.

O projeto tem a curadoria de Dilson Midlej, professor de História da Arte do Centro de Artes, Humanidades e Letras, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, em Cachoeira, mestre em Artes Visuais (2008), especializado em Crítica de Arte (1984) e Bacharel em Artes Plásticas (1982), pela UFBA.

A escolha do mês de lançamento também marca as celebrações do 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, no Brasil. A exposição tem apoio da Secretaria de Políticas para Mulheres, Shopping da Bahia e site Dois Terços.

Sobre a exposição:

As festas populares baianas, que tanto encantam os baianos e turistas com toda a sua tradição ao longo dos anos em Salvador, e no interior do estado, são marcadas pela alegria do povo e pela importância do legado cultural destas festas que estão inseridas no cotidiano da população.

E, como já é tradição, não podem faltar as centenárias baianas com suas saias rodadas e os seus jarros de flores preparados para lavar as escadarias, assim como a sagrada água de cheiro para banhar àqueles que acreditam nos poderes deste sincretismo religioso que faz parte destas manifestações e da devoção do povo baiano.

Neste ano, Genilson acompanhou as baianas no cortejo em homenagem ao Senhor do Bonfim e registrou de perto esta vaidade, e que em alguns casos passam despercebida no meio da multidão, diante da ansiedade de baianos e turistas que buscam uma bela fotografia ao lado das baianas ou um banho de água de cheiro.

“Sempre tive o desejo de registrá-las, mas queria outro olhar para essa grandiosidade que são essas lindas mulheres com seus trajes e adereços para fugir um pouco do lugar comum. Foi nesse processo de observação que notei o cuidado com suas vestimentas e o luxo nos adereços que compõem o traje das baianas. Então decidi por registrar as mãos que representam as marcas do trabalho diário dessas mulheres que no seu dia a dia, são mães de família, que cuidam das suas casas com muita força e trabalho e que no dia de festa são cobertas de vaidade e amor. Amor ao seu próximo e ao seu sincretismo que as guia”, releva Genilson Coutinho.

Sobre o fotógrafo:

Formando em Letras com MBA em Comunicação Coorporativa pela UNIFACS, apaixonou-se pela fotografia após conquistar o primeiro e segundo lugar em um concurso promovido pela universidade, o qual serviu como inspiração para escolha da fotografia como trabalho, completando 14 anos no mercado de entretenimento.

Em 2010, após uma pesquisa na comunidade do bairro Santo Antônio Além do Carmo sobre as tradições das rezas de Santo Antônio e a exposição da imagem do santo nas janelas das casas, o artista promoveu a sua primeira exposição intitulada “Santo Antônio Além do Carmo - Tradição e Fé nas casas e janelas”, que ficou em cartaz na Livraria Cultura, do Salvador Shopping.

Paralelo a este período, os trabalhos de Genilson Coutinho ilustraram publicações do Governo da Bahia nos cadernos de Cultura, Agenda Cultural e publicações nacionais. Além dos trabalhos para os espetáculos “A Loba”, “O Circo de Só Ler” e “Soul Transformista”.

Em 2013, a convite do teatro Gamboa Nova, o fotógrafo realizou a exposição “Luta e Silêncio de um Olhar”, sendo um instrumento de denúncia da violação dos direitos humanos.


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