Arrastão
Multicultural Guiné-Bissau se uniu com ritmos baianos no Circuito
Batatinha, enquanto que o Bicicletrio fez homenagem a Raul
Seixas no Circuito Dodô.
Dois nanotrios (veículos de tração humana)
estiveram presentes nesta tarde de sábado (6) no Carnaval Pipoca 2016.
No Circuito Batatinha (Pelourinho) teve um encontro intercontinental de
ritmos para agitar os foliões que foram atrás do Arrastão Multicultural
Guiné-Bahia. No Circuito Dodô (Barra-Ondina)
a Banda Arapuka, do Bicicletrio, fez releituras das músicas do roqueiro baiano Raul Seixas.
Os microtrios e
nanotrios integram o programa Carnaval Pipoca do Governo do Estado,
realizado pela Secretaria de Cultura da Bahia (SecultBA) através do CCPI
(Centro de Culturas Populares e Identitárias) e
voltam a se apresentar nos outros dias de festa nos circuitos Dodô, Osmar e Batatinha.
Com
tambores e instrumentos de corda com cabaça africano como tomkoromgh,
bëmsumi, djimbe, sabá e bata, até então desconhecidos pelos presentes,
tocavam
baianos e guineenses no nanotrio Arrastão Multicultural Guiné-Bahia.
Acompanhavam a batida, dançarinos que, assim como os músicos, vestiam
roupas de tecidos africanos, inspirados no país com cores alegres e
encantando mais ainda o público com a novidade.
"Dentro
da cultura baiana temos muitos ingredientes de Guiná-Bissau e estamos
numa ponte entre Guiné e Bahia para reanimar esta conexão. Temos que
restabelecer
este laço que deve se perpetuar", disse Muh Mû Mbana, que toca
tomkoromgh e bëmsumi. Já a vocalista convidada, Nara Couto, que é
baiana, disse que este grande encontro proporciona identificações.
"Somos um só, mas fomos separados". No repertório, Nara aposta
em sucessos dos Tincoãs e de Tiganá.
A
proposta do grupo, que conta com 15 integrantes, é fazer uma junção
étnico-cultural entre a Bahia e Guiné-Bissau. Gabi Guedes, diretor
musical do projeto,
artista acredita que a valorização de um projeto que faz essa fusão
rítmica, acompanhada de cânticos guineenses, abre as portas para outros
encontros entre grupos de outros países com produções locais. A união se
concretizou a partir do encontro entre Muh
Mû Mbana e o guitarrista baiano Jurandir Santana no Festival de Música
Instrumental, em maio de 2015. Além dos já citados, integram o arrastão
Lucas Maciel, Jadson (Shrek), Luís Coutinho, Iuri Passos, André Souza e
Rodrigo Pantera.
Rock na folia
- Comandado por Marcos Clement, da banda Arapuka, o nanotrio
Bicicletrio trouxe toda a musicalidade
do baiano Raul Seixas para o Carnaval Pipoca. Utilizando instrumentos
de percussão e sopro, a banda resgatou a vasta coletânea do músico que é
consagrado pelos brasileiros. “É maravilhosa a oportunidade de
relembrar a grande historia fonográfica da Bahia,
através de Raul Seixas. Mostrar que a riqueza musical daqui não é
apenas a ditada pela indústria”, desabafa Javan Pacífico Jr, trompetista
da Arapuka.
A
ideologia sustentável presente no projeto chamou a atenção do músico
Emanuel Walter, o Manu W, que acompanhou o desfile de bicicleta. “Para
mim é fantástico testemunhar o olhar de
alegria das pessoas ao reconhecerem a musicalidade de Raul no som de
uma banda puxada por um carrinho montado com bicicletas”, festejou o
artista. A funcionária pública Liana Caldas também acompanhou o
Bicicletrio. “A Secult está de parabéns quanto à valorização
do Carnaval de rua. É uma oportunidade de exposição da diversidade que é
a musica baiana, e o tributo a Raul é um trabalho de resgate muito bem
feito”, comemorou a foliã.
CARNAVAL DA CULTURA
O
Carnaval da Cultura 2016 é o carnaval da democracia e da diversidade,
que leva para as ruas, durante todos os dias e circuitos da folia, a
mistura de
ritmos e gêneros musicais e, principalmente, a estética e a arte de
diferentes artistas, grupos e entidades culturais da Bahia. São centenas
de atrações e shows gratuitos de afoxé, samba, reggae, axé, pop, MPB,
fanfarras e muito mais. É diversão garantida
para todos os gostos e estilos no espaço público da rua para alegria do
folião. O Carnaval da Cultura – uma realização da Secretaria da Cultura
do Estado da Bahia, por meio do Centro de Culturas Populares e
Identitárias (CCPI) – está organizado a partir de
quatro programas: Carnaval do Pelô, Carnaval Ouro Negro, Carnaval Pipoca
e Outros Carnavais. A programação completa de nossa festa está disponível nos sites
www.cultura.ba.gov.br
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