30/06/2016

A IMPORTÂNCIA DA CULTURA DE DIVERSIDADE LGBT NAS ORGANIZAÇÕES


No último dia 28 de junho foi comemorado um marco mundial na luta dos direitos humanos. A data é considerada como o Dia Internacional do Orgulho Gay, e num ano marcado pela recente tragédia em Orlando, é mais do que importante discutir e fomentar políticas e movimentos que lutam em prol da causa LGBT. Na Bahia, especificamente no Polo Industrial de Camaçari, um bom exemplo de como o movimento está provocando reflexões e ganhando espaço é a implementação de estratégias de Diversidade para promoção dos direitos LGBT em algumas empresas.

Na Monsanto, multinacional que atua nos ramos de agricultura e biotecnologia, a causa compõe um dos pilares da estratégia de Inclusão & Diversidade, e leva o nome de Aliança LGBTA (A de Aliados). A Missão da Aliança é “Promover igualdade de oportunidades as pessoas LGBT na Monsanto, conscientizando a organização a respeito da importância de um ambiente diverso, respeitoso e saudável, através de canais de suporte e ações de desenvolvimento, que agreguem valor ao negócio, aos colaboradores e a sociedade”.

Recentemente, a Aliança comemorou um ano de existência, trabalhando a favor da inclusão de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros no ambiente de trabalho. Um exemplo na fábrica da empresa em Camaçari é Darlan Augusto Wimmersberger, Analista de Comunicação e Sustentabilidade. Darlan explica que desde que a política LGBTA foi implantada na empresa, inúmeros aspectos positivos surgiram em sua rotina de trabalho. “O fato da Monsanto tratar desse tema de maneira tão sensata no ambiente organizacional me faz sentir incluso. Atualmente, consigo me conectar com outros funcionários que também lutam pelos mesmos direitos que eu, criando sinergia e identificação.”

O movimento do orgulho gay teve início depois da Rebelião de Stonewall em 1969, quando os homossexuais enfrentaram oficiais da polícia de Nova York dentro de bares. Apesar de décadas terem se passado após o incidente, a intolerância às pessoas LGBTA ainda dá fortes sinais de não ter se extinguido, como, por exemplo, no recente caso do atentado em Orlando.

A vice-presidente da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos), Margot Azevedo, revela que muitas empresas já tem adotado iniciativas no sentido de sensibilizar os colaboradores em relação a diversidade no ambiente de trabalho. “O principal ponto abordado é a necessidade de desmistificar a identidade de gênero no âmbito profissional, e cada vez mais as corporações tem trazido esse tema para o cotidiano, seja durante os treinamentos periódicos aos quais os colaboradores são submetidos, ou em iniciativas práticas, como eliminar o artigo definidor em comunicados internos. Ao substituir as letras O e A pelo X, a palavra todos ou todas, por exemplo, é grafada todxs, no sentido de abarcar as diferentes representações de gênero”, explica Margot.

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