Presidida pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger,
celebração abre oficialmente o calendário de homenagens ao Anjo Bom da Bahia
Milhares
de fiéis e admiradores da vida e obra de Irmã Dulce vão se reunir em
Salvador no dia 13 de março para as homenagens em memória pelos 25 anos
de falecimento do Anjo Bom. Uma missa solene será realizada às 17h, no
Santuário da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres (Avenida Bonfim, Largo de
Roma), com a presença também de funcionários, pacientes, moradores,
alunos, voluntários e religiosos das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID),
além de amigos e familiares da freira baiana. Presidida pelo arcebispo
de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, a celebração será
pontuada pela lembrança de acontecimentos marcantes na trajetória de
amor e serviço da freira baiana em favor dos pobres e doentes.
“A
obra de Irmã Dulce continua viva e ampliando o atendimento aos mais
carentes, como ela sempre desejou. Por isso, não obstante esses anos de
partida, uma certeza nos anima: sua presença na ausência”, ressalta o
capelão da OSID, frei Mário Erky. A missa no dia 13 de março,
data em que se completam exatos 25 anos do falecimento da freira baiana,
abrirá oficialmente a agenda de homenagens que serão prestadas ao longo
de 2017, programação que incluirá exposições, campanhas sociais, shows
musicais, entre outros eventos.
Irmã
Dulce faleceu no dia 13 de março de 1992, aos 77 anos, no Convento
Santo Antônio, em Salvador. Entre os episódios mais marcantes de sua
trajetória, está a ocupação, em 1949, de um galinheiro ao lado do
convento, após autorização da sua superiora, com os primeiros 70
doentes. A iniciativa deu início à criação das Obras Sociais Irmã Dulce,
instituição que abriga hoje um dos maiores complexos de saúde com
atendimento 100% gratuito do Brasil, com quase 4,5 milhões de
atendimentos ambulatoriais por ano a usuários do Sistema Único de Saúde
(SUS), entre idosos, pessoas com deficiência e com deformidades
craniofaciais, pacientes sociais, crianças e adolescentes em situação de
risco social, dependentes de substâncias psicoativas e pessoas em
situação de rua. Para se ter uma ideia da dimensão do trabalhado social
realizado pela OSID, nos últimos 25 anos a entidade contabiliza nada
menos que mais de 60 milhões de atendimentos ambulatoriais e mais de 280
mil cirurgias realizadas.
A Mãe dos Pobres
– Entre os principais episódios que marcam os 25 anos de falecimento de
Irmã Dulce, destaque ainda para a beatificação da religiosa, ocorrida
no dia 22 de maio de 2011, em Salvador, ocasião em que passou a ser
reconhecida também com o título de "Bem-Aventurada Dulce dos Pobres",
tendo o dia 13 de agosto como data oficial de celebração de sua festa
litúrgica. Atualmente, a freira baiana está em processo de canonização.
Para ser canonizada (declarada Santa) é necessária a comprovação de mais
um milagre atribuído à beata.
Nascida
em 26 de maio de 1914, na cidade de Salvador, Maria Rita de Souza Brito
Lopes Pontes começou a manifestar interesse pela vida religiosa desde
cedo, ainda no início da adolescência. Aos 13 anos de idade, já atendia
doentes no portão de sua casa, no bairro de Nazaré. Em 1933, a jovem
ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição
da Mãe de Deus, no Convento de Nossa Senhora do Carmo, em São Cristóvão
(Sergipe). No mesmo ano recebeu o hábito e adotou, em homenagem à sua
mãe, o nome de Irmã Dulce. A trajetória do Anjo Bom da Bahia ficou
caracterizada também pelo trabalho assistencial junto às comunidades
carentes de Salvador, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que
se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe.
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