Cantora, que também é atriz reconhecida, lança seu primeiro álbum solo em Salvador
A convite do Café-Teatro Rubi, Wish Hotel da Bahia (ex-Sheraton), a cantora e atriz baiana Emanuelle Araújo lança seu primeiro disco solo, “O Problema É a Velocidade”, em Salvador, com shows nos dias 08 e 09 de junho às 20h30.
Traçando uma linha reta entre a capital baiana e o Rio de Janeiro, as rotas e coordenadas desenhadas no mapa de “O Problema É a Velocidade” refazem, na geografia dos afetos, o caminho percorrido por Emanuelle até chegar exatamente aqui, nesse seu primeiro álbum solo.
Ouve-se com clareza, entre as 12 faixas do disco, toda a recente vivência carioca da cantora e atriz baiana que se mudou para o Rio há 13 anos. Mas também se percebe logo que ela jamais deixou a Bahia, intacta no sotaque e na relação essencial com a música.
Consequência natural disso, as canções escolhidas para essa estreia foram todas escritas por baianos ou cariocas – e o paulista Arnaldo Antunes é a exceção que confirma a regra, assinando uma letra para a melodia de Cezar Mendes, esse sim, baianíssimo. Seguindo o mesmo rumo, a banda que acompanha a cantora traz nomes fundamentais da nova geração do Rio. Tudo sob a direção de Kassin.
O problema sempre foi a velocidade. E a menina mal tinha acabado de completar 10 anos quando começou a carreira de atriz no teatro, na Bahia. Foi mãe cedo, aos 17. E, com 23, voava em salto único do circuito alternativo de Salvador para o mainstream nacional ao ocupar o posto de vocalista da Banda Eva.
Na mesma velocidade com que entendeu esse lugar das multidões, voltou algumas casas atrás nos números quando deixou a banda, em 2002, em busca de algo que pudesse ter perdido no caminho. Veio o importante reencontro com a música independente da Bahia. E o primeiro álbum solo aconteceria ali, há 14 anos, se a carreira de atriz não tivesse se colocado naturalmente à frente de tudo.
A chegada ao Rio confirmou logo esse espaço da atriz na televisão e, em seguida, no cinema. A carreira da cantora, no entanto, foi se redesenhando aos poucos, obedecendo um desejo íntimo de contrariar a força motriz da tal velocidade. Em vez de assumir de cara uma carreira individual, Emanuelle preferiu trabalhar primeiro em projetos coletivos. Nesse sentido, fundou em 2006 a banda Moinho, ao lado da percussionista baiana Lan Lanh e do violonista carioca Toni Costa. E, tempos depois, passou a integrar também a big band carioca Orquestra Imperial.
Aos interessados, os projetos coletivos de Emanuelle continuam valendo e ela segue firme como vocalista no Moinho e na Orquestra Imperial. Há tempo e espaço para tudo isso e também para a carreira solo, os trabalhos na tevê, no cinema e para o que mais pintar ali adiante. No Rio ou na Bahia. E a velocidade não é mais problema.
Serviço
O quê: Emanuelle Araújo – O Problema É a Velocidade
Quando: 08 e 09/6/18 (sexta e sábado)
Horário: 20h30
Onde: Café-Teatro Rubi
Quanto: Couvert artístico – R$ 80
Compra
Bilheteria: Café–Teatro Rubi
Tel: (71) 3013-1011
segunda a sábado, das 14h às 19h (em dias de apresentação, até às 20h30)
Site: www.compreingressos.com
Call Center: (71) 2626-0032