13/11/2013

NEOJIBA participa da primeira Orquestra Binacional Brasil-Venezuela


Foto: Tatiana Golsman.

Enquanto isso o maestro Ricardo Castro visita o “El Sistema” como consultor do MinC.

Durante esta semana, oito integrantes do NEOJIBA preparam um concerto excepcional para a sexta edição do Festival Villa-Lobos, na cidade de Caracas, Venezuela. Este será o primeiro concerto de uma Orquestra Binacional Brasil-Venezuela e contará com a participação de representantes do “El Sistema” venezuelano e dos estados da Bahia, Goiás, Pará e Pernambuco. Sob a batuta do jovem diretor venezuelano Dietrich Paredes, os músicos executarão no último dia do Festival (17) a Bachianas n°4, de Heitor Villa-Lobos; a Suite Margariteña, de Inocente Carreño e a Sinfonia n°5, de Tchaikovsky. “Desde que chegamos só tem coisa boa. Já assistimos a concertos das orquestras Simon Bolívar, Teresa Carreño e de grupos de câmara. Tem sido uma linda experiência e estou ansiosa para o início dos ensaios e concertos. Como eles dizem aqui, vamos tocar y luchar!”, declara a violinista da Orquestra Juvenil da Bahia, Priscila Gabrielle, de 17 anos.

A programação, que se estenderá por três dias, inclui ainda as participações da soprano Betzabeth Talavera, do pianista André Roig, do maestro Marcelo Lehninger que regerá a Sinfônica Simón Bolivar e do violinista Daniel Guedes. A sexta edição do Festival Villa-Lobos conta com o patrocínio da Petrobrás e Nestlé e com o apoio da Fundação Musical Simon Bolívar, Embaixada do Brasil, Fundação Meijer Werner e Instituto Cultural Brasil Venezuela.

Um “sistema” nacional

Ricardo Castro, fundador e diretor geral do NEOJIBA, encontra-se também em Caracas a convite do Ministério da Cultura (MinC) para uma visita de uma semana. Ele se reunirá com diversas lideranças locais, juntamente com uma comitiva de maestros brasileiros criada com o intuito de articular no Brasil a implementação do “El Sistema” venezuelano. “Pela primeira vez o governo federal despertou interesse pelo assunto. Temos uma longa caminhada pela frente, não somente pela dimensão do Brasil, mas também pelo desafio de implantar algo tão inovador vindo de um país vizinho em uma sociedade que esta acostumada a seguir, sobretudo, as influências do hemisfério norte e suas resultantes antropofágicas ditas populares”, afirma Ricardo Castro. “Tenho certeza que o caminho do “El Sistema” venezuelano, já encampado pelo Governo da Bahia desde 2007 ao implantar o NEOJIBA, será o mais exitoso para que nosso país possa promover o desenvolvimento e a integração social por meio da prática musical”, conclui.

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