17/06/2010

ESPETÁCULO - ESTRELA BRAZYLEIRA A VAGAR – CACILDA!!



ENTRADA GRATUITA COM DOAÇÃO VOLUNTÁRIA DE 1 KG DE ALIMENTO NÃO PERECÍVEL, BRINQUEDOS E FLORES.

Segunda parte da maxi-série teatral sobre a vida-obra da grande atriz Cacilda Becker. Estreou no Rio de Janeiro em setembro de 2009 e é a criação mais recente da Companhia. Traz na sua dramaturgia a ascenção de Cacilda no teatro dos anos 40 entre os grandes artistas da época, Grande Othelo, Ziembinski, Maria Jacinta, Raul Roulien, Jorge Amado, precursores de um teatro, música, maneira de filmar, de ver e sentir que juntou o apolíneo e o dionisíaco mas mantinha o teatro ainda nos bastidores, nas bambolinas e cortinas pretas. A criação do Oficina traz tudo isso para a pista e abre a vida-obra de artista no Teatro de Estádio.



Em Cacilda!! a atriz vive no Rio vagando sem destino certo pelo Teatro Brazyleiro. Circula pelo Copacabana Palace e Cassino da Urca, bem como em Companhias Teatrais da década de 40 e no cinema brasileiro em sua primeira fase de ouro com Raul Roulien e Grande Othelo. Cacilda continua raptada pelo Deus da Morte, e os mortais do Teatro Oficina e seu público vão novamente ali, no centro das paixões e do tormento, plantar e cultivar, em um novo ciclo para trazer de novo fertilidade à terra.

Dessa vez no país das maravilhas da Copacabana dos anos 40, com o glamour dos cassinos e os frenesis das estréias da vida toda, das primeiras rosas. Contracenando com Ziembinski, Grande Othelo, Johnny Drake, Paschoal Carlo Magno, Raul Roulien, Bibi Ferreira, Maria Della Costa, Sérgio Cardoso e muitas outras grandes personagens dos anos 40 no Brasil. A pista, cheia de gente, sonhos, músicas e muita esperteza artística na apresentação de ESTRELA BRAZYLEIRA A VAGAR –CACILDA!!, segunda parte da maxi-série teatral de 4 capítulos, escrita e dirigida por José Celso Martinez Correa e Marcelo Drummond.



CACILDA!!, ou Cacilda 2 – são duas as exclamações, dois suspiros dos quatro que compõem a maxisérie – o novo espetáculo da Cia Teatro Oficina Uzyna Uzona faz curtíssima temporada de estréia no Rio de Janeiro, a partir de 5 de setembro de 2009, no Teatro Tom Jobim, dentro do Jardim Botânico e, em outubro, entra em cartaz no Teatro Oficina, na sede da companhia em São Paulo.

Cacilda Becker é o fio de Ariadne que traz para a cena a história do teatro, música e cinema de uma década de guerra, glamour e da criação do Teatro Brasileiro Moderno. Ao rever a primeira fase da atriz, entre 1940 e 1947, encontramos uma Cacilda que revela-se uma escritora extraordinária, uma filósofa precoce do Teatro.

Esse passeio pela década de 40 em Cacilda!! é cantado pelo Uzyna Uzona em múltiplas camadas da realidade braisleira e da atriz. Assim a vida de Cacilda Becker e suas atuações no teatro e no cinema misturam-se. Ela casa-se em Aparecida do Norte, ao mesmo tempo em que encena Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues e vive seus quiproquós pessoas na cena de Sururu em Sociedade.

Sua entrada nos palcos é a da jovem recém chegada na Capital do Brasil, vinda de Santos, onde era bailarina precoce, aos dezoito anos. Cacilda começa no TEB Teatro do Estudante do Brasil, fundado por Pascoal Carlos Magno, que encenava Shakespeare. Quando ela chega, oTEB está iniciando nova direção, de Maria Jacinta, que optou por montar textos modernos com os jovens atores. Cacilda estréia na peça 3200m de Altitude de Julien Luchaire, e seus colegas de TEB são Sonia Oiticica e Maria Clara Machado, entre outros.



Depois dessa experiência é indicada pra trabalhar com Dulcina de Moraes, mas recusa, e vai para a Cia de Raul Roulien, o galã brasileiro de Flying Down to Rio, filme de Hollywood com Fred Astaire e Gigers Rogers. Cacilda está encantada pela liberdade da capital carioca, pelos palcos, o Cassino Copacabana, o Cassino da Urca. É década de 40 e a entrada da cultura norte americana no país em plena época da política de boa vizinhança. Bandas e mais bandas chegam ao país, Disney lança Alô Amigos imortalizando o encontro animado de Zé Carioca e Pato Donald. Getúlio Vargas assina um decreto e cria a CIDADE CINEMA, 1º plano de implantação de uma indústria do Cinema Brasileiro.

Além dos americanos muitos artistas europeus chegam ao Brasil fugindo da Segunda Guerra. E Cacilda contracena com tudo isso. É a protagonista deste espetáculo: filma ao lado de Grande Othelo, é dirigida por Ziembinski, por Willy Keller, tem uma experiência na Cia de Bibi Ferreira, trabalha no Rádio com Jean Sablon. Se encanta e desencanta com seu trabalho, chega a desistir, mas Sérgio Cardoso a traz de volta aos palcos pra fazer Gertrudes, a mãe de Hamlet...

Nenhum comentário:

Postar um comentário