“A Farsa da Grande Fortuna”, projeto de Deusi Magalhães, foi selecionado para a montagem que terá como base texto “Reconsiderar a Riqueza” do filósofo francês Patrick Viveret.
A Secretaria de Cultura do Estado – SecultBA anuncia o projeto selecionado através do edital lançado em parceria com a France Libertés - Fundação Danielle Mitterrand – França para montar espetáculo teatral com base no texto “Reconsiderar a Riqueza” do filosofo francês Patrick Viveret. O projeto escolhido foi criado pela atriz e produtora teatral Deusi Magalhães e será apresentado gratuitamente no evento Eco-Brechó a ser realizado no parque de Pituaçú em outubro deste ano.
“Montar esse texto nos permite uma troca de visões de mundo, tendo sido escrito em francês, ele será montado pela primeira vez aqui no Brasil, a partir da representação que fazemos do mundo, dos valores sobre a riqueza, etc. Então vamos testar, porque mesmo tratando do mesmo assunto, o espetáculo baiano irá mostrar nossas particularidades. Além do mais, esta é uma boa oportunidade para tentarmos restabelecer elos entre a arte, a cultura e os fundamentos éticos, a vida em sociedade", afirma a assessora de Relações Internacionais da SecultBA, Monique Badaró.
O projeto conta com a participação de outros artistas baianos como Alda Valéria que divide com Deusi Magalhães a direção do espetáculo, Ilma Nascimento na produção, Luiz Parras na direção de arte, Jarbas Bittencourt na direção musical, Aparecida Oliveira, Giovani Nascimento, Jorge Batista e Leandro Reis na atuação.
“O texto será criado a partir de um roteiro e será desenvolvido em processo colaborativo com os atores durante o mês de agosto. A unidade dramática estará a cargo da dramaturga Ilma Nascimento. Numa segunda etapa, já com os textos das cenas definitivos, o ensaio será direcionado para a composição cênica da peça que contará com uma trilha sonora original de Jarbas Bittencourt”, afirma a proponente do projeto Deusi Magalhães.
Reconsiderar a Riqueza – Conhecido em todo mundo, o célebre texto francês trata dos fatores sociais, culturais, éticos e ambientais da sociedade. Em 2001, o então secretário de Estado para Economia Solidaria, Guy Hascoet, encomendou a Viveret a “missão de Eestado” de apresentar um detalhado relatório sobre os novos indicadores do desenvolvimento econômico com intuito de valorização desse desenvolvimento. Para isso, Viveret que também é economista, se juntou com diversos outros economistas de renome internacional para criar essa publicação.
Eles compreenderam um novo paradigma de desenvolvimento onde o foco do crescimento da economia deve estar ancorado nos valores humanos e ecológicos, com destaque para as riquezas humanas, sociais, éticas e culturais dos povos e nações. Após a primeira publicação, foi criado um coletivo de economistas, políticos, sociólogos, filósofos e pensadores independentes para dar continuidade ao trabalho.
Nos últimos anos, a Fundação France Libertés que luta há mais de 20 anos pela defesa dos Direitos Humanos, ingressou nesse coletivo incorporando intelectuais e ativistas que trabalham no eixo franco brasileiro como Henryane de Chaponay, Celina Whitaker e André Abreu de Almeida.
Investimentos – Desde 2007, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia comprometeu mais de R$ 32 milhões em ações para teatro em todo o Estado, sendo que aproximadamente R$ 5 milhões foram investidos em editais; R$ 18 milhões em projetos patrocinados e apoiados respectivamente pelo Fazcultura e Fundo de Cultura; R$1 milhão em requalificação de espaços e mais de R$ 7 milhões em ações de festivais, apoio a teatros e outras ações.
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