26/08/2010

Sala Walter da Silveira – Programação de 27 de agosto a 2 de setembro de 2010

Aviso: No dia 28 de agosto, as salas alexandre robatto e walter da silveira não vão funcionar em razão de serviços de manutenção no complexo da Biblioteca Pública dos Barris).

De 27 de agosto a 2 de setembro
16h30 (Exceto dia 28 de agosto)
O nome dela é Sabine
Grande atriz francesa Sandrine Bonnaire conserva o mesmo talento atrás das câmeras em belo documentário sobre sua irmã autista
De 20 a 26 de agosto
Entrada franca
Apoio: Cinemateca da Embaixada da França no Rio de Janeiro
Às 16h30 (Exceto dia 28 de agosto)
O nome dela é Sabine (Elle s'appelle Sabine, França, 2007)
Direção: Sandrine Bonnaire
Duração: 85 minutos
Classificação livre
Sinopse - A atriz Sandrine Bonnaire narra a história de sua irmã Sabine, que é autista, através de imagens filmadas ao longo de 25 anos. Ela testemunha também o momento atual de Sabine e as conseqüências de uma estadia infeliz num hospital psiquiátrico.

19h (Exceto dias 28 de agosto e 1 de setembro, em que não haverá a sessão das 19h)
O Último Reduto
Cineasta de origem argelina renova a tradição do cinema social ao registrar a vivência e o trabalho de imigrantes africanos na França

Ingresso: R$ 4,00 (De segunda a quarta-feira) e R$ 6,00 (De quinta a domingo). Estudantes e maiores de 60 anos pagam meia-entrada.
Apoio: Cinemateca da Embaixada da França no Rio de Janeiro


De 27 de agosto a 2 de setembro
Às 19h (Exceto dias 28 de agosto e 1 de setembro, em que não haverá a sessão das 19h)
O Último Reduto (Dernier Maquis, França/Argélia, 2008)
Direção: Rabah Ameur-Zaimèche.
Elenco: Abel Jafri, Christian Milla-Darmezin e Salim Ameur-Zaïmeche
Duração: 93 minutos
Classificação 12 anos.
Sinopse - Em um parque industrial decadente nos arredores de Paris, Mao possui uma empresa de reparo de caminhões e produção de palhetas de madeira. Assim como ele, seus funcionários são imigrantes muçulmanos. Para que mantenham o ritmo extenuante de trabalho sem reclamações, Mao constrói uma mesquita nas redondezas, sublinhando a relação entre trabalho e religião. Mas quando Mao aponta o líder espiritual da mesquita sem consultar seus funcionários, eles ameaçam pôr um fim à exploração exercida pelo dono.

Dia 1/09 - Quartas Baianas
20h
Dia 01/09/2010
O Grito da Terra – Direção: Olney São Paulo
Ficção/Drama. 83 min. 1964.
Sinopse - Conflito de terra é o tema deste filme de Olney São Paulo. Rodado no interior da Bahia, o filme é um autêntico libelo pela reforma agrária protagonizado por uma família de camponeses que luta pelo seu direito à terra.

SALA ALEXANDRE ROBATTO
De 27 de agosto a 2 de setembro
Raridades de Mauritz Stiller
Sessão dupla resgata obras-primas de Stiller, um dos mais importantes cineastas escandinavos do século passado
Entrada franca
Mestre de Ingmar Bergman, Mauritz Stiller esteve entre as mais influentes personalidades do cinema nas primeiras décadas do século passado. Como era costume na época, foi convidado a filmar em Hollywood onde se consolidou como um dos grandes cineastas estrangeiros na América. Da sua fase sueca permaneceram, ainda pouco conhecidas do grande público, obras-primas da comédia de costumes, caso de “Erotikon”, e do cinema de aventura, “O Tesouro do Sr. Arnes”. Os dois filmes são atração do pequeno ciclo “Raridades de Mauritz Stiller” em cartaz na Sala Alexandre Robatto.

Perfil - Nascido em Helsinque, em 1883, filho de um músico da armada russa de origem judaica. Maurtiz Stiller aprendeu desde pequeno canto, violino, línguas estrangeiras e a citar de cor Shakespeare e Molière. Para escapar do serviço militar na Finlândia ainda dominada pelo tsar, fugiu para a Suécia, país que adotou como pátria. Apaixonado pelo teatro, começou a trabalhar como ator, participando de várias trupes antes de conhecer o futuro cineasta Victor Sjöström, mestre do cinema sueco. Sjöström e Stiller atuaram em inúmeros curtas, alguns perdidos depois de um incêndio na produtora Svenka Bio.

Em 1920 fez “Erotikon”, uma sensual adaptação de uma peça do húngaro Ferenc Herczeg, cuja extravagância e espírito dândi renderam-lhe comparações com Ernest Lubistch. Enquanto Victor Sjöström consolidava sua reputação com adaptações dramáticas baseadas na literatura escandinava, Stiller seguiu o mesmo caminho, com roteiros detalhados e personagens complexos. De Selma Lagerlöf, uma das autoras preferidas de Sjöström, Stiller tirou “O Tesouro do Sr. Arne” (Herr Arnes Pengar, 1919), cujas suntuosas imagens influenciariam Sergei Eisenstein em “Ivan, o Terrível” (1942-1946). Da mesma escritora, adaptou “A Velha Mansão” (Gunnar Hedes Saga, 1923) e “A Saga de Gösta Berling” (Gösta Berlings Saga, 1924), no qual revela, aos 19 anos, a atriz Greta Gustafson, mais tarde conhecida como Greta Garbo. Com o sucesso do filme e da jovem atriz, Stiller e Garbo são contratados para fazer “A Odalisca de Smolina” na Alemanha, mas o projeto é abandonado. O produtor americano Louis B. Mayer convida a dupla para trabalhar em Hollywood, mas o autoritarismo do diretor Irving Thalberg não permitiu que Stiller terminasse “Torrente” (1926), estrelado por Garbo, pois o diretor gastou mais do que permitia o orçamento.

O mesmo se deu com “A Tentação” (The Temptress, 1926). Trocando a MGM pela Paramount, Stiller pôde realizar, com controle maior de produção, “Hotel Imperial” (1927) e “Confissão” (The Woman on Trial, 1927), ambos com Pola Negri no papel principal. Vítima de uma depressão, não consegue terminar nenhum de seus trabalhos seguintes, como “Arame Farpado” (Barbed Wire, 1927) e “A Rua do Pecado” (The Street of Sin, 1928), quando foi substituído por Josef von Sternberg. Morreu em 1928, em Estocolmo, aos 45 anos, quando voltou ao país para tentar se recuperar de uma estafa.

Programação
15h30 (Exceto dia 28 de agosto)
Erotikon ( Suécia, 1920)
Direção: Mauritz Stiller
Elenco:Tora Teje, Lars Hanson e Anders de Wahl.
Duração: 97 minutos
Classificação Livre
Sinopse - Um escultor fica desconfiado que sua amante está tendo um outro romance, apesar de ela já ser casada com um distraído professor de biologia ridicularizado pelos alunos. Os letreiros do filme não só contêm as falas dos personagens como comentários zombando das atitudes deles. Há um complexo uso dos espelhos, muitas cenas em close revelando fetiches por mãos e pés, tomadas feitas de ângulos inusitados.

A mistura de romance e vida mundana das classes altas em óperas e grandes concertos encontraria o ápice mais tarde nos filmes de Max Ophuls. Há também muitas similaridades entre “Erotikon” e “Sorrisos de Uma Noite de Verão” (1955), de Ingmar Bergman, entre elas a melancolia e a discussão sobre as relações entre vida e arte. A cena da ópera, uma paródia sobre uma montagem decadente de “Salomé”, de Richard Strauss, foi muitas vezes citada e copiada, até mesmo por Busby Berkeley.
18h (Exceto dia 28 de agosto)
Mauritz Stiller

Nasceu em Helsinque, em 1883, filho de um músico da armada russa de origem judaica. Maurtiz Stiller aprendeu desde pequeno canto, violino, línguas estrangeiras e a citar de cor Shakespeare e Molière. Para escapar do serviço militar na Finlândia ainda dominada pelo tsar, fugiu para a Suécia, país que adotou como pátria. Apaixonado pelo teatro, começou a trabalhar como ator, participando de várias trupes antes de conhecer o futuro cineasta Victor Sjöström, mestre do cinema sueco. Sjöström e Stiller atuaram em inúmeros curtas, alguns perdidos depois de um incêndio na produtora Svenka Bio.

Entre seus primeiros trabalhos estão As Máscaras Negras (De Svarta Maskerna), A Vampira (Vampyren), O Marido Tirânico (Den Tyranniske Fästmannen), A Criança (Barnet), todos de 1912. Sua primeira obra de envergadura foi Amor e Jornalismo (Kärlec och Journalistik, 1916), comédia sobre uma jovem repórter que se emprega na casa de um desbravador dos pólos para conseguir um furo. Seguiram-se O Melhor Filme de Thomas Graal (Thomas Graals Bästa Film, 1917) e outras comédias. Em 1920 fez Erotikon, uma sensual adaptação de uma peça do húngaro Ferenc Herczeg, cuja extravagância e espírito dândi renderam-lhe comparações com Ernest Lubistch. Enquanto Victor Sjöström consolidava sua reputação com adaptações dramáticas baseadas na literatura escandinava, Stiller seguiu o mesmo caminho, com roteiros detalhados e personagens complexos, e fez Canção Sobre a Flor Escarlate (Sången om den Eldröda Bloman, 1919), adaptado do romance do escritor finlandês Johannes Linnankoski.

De Selma Lagerlöf, uma das autoras preferidas de Sjöström, Stiller tirou O Tesouro do Sr. Arne (Herr Arnes Pengar, 1919), cujas suntuosas imagens influenciariam Sergei Eisenstein em Ivan, o Terrível (1942-1946). Da mesma escritora, adaptou A Velha Mansão (Gunnar Hedes Saga, 1923) e A Saga de Gösta Berling (Gösta Berlings Saga, 1924), no qual revela, aos 19 anos, a atriz Greta Gustafson, mais tarde conhecida como Greta Garbo. Com o sucesso do filme e da jovem atriz, Stiller e Garbo são contratados para fazer A Odalisca de Smolina na Alemanha, mas o projeto é abandonado.

O produtor americano Louis B. Mayer convida a dupla para trabalhar em Hollywood, mas o autoritarismo do diretor Irving Thalberg não permitiu que Stiller terminasse Torrente (1926), estrelado por Garbo, pois o diretor gastou mais do que permitia o orçamento. O mesmo se deu com A Tentação (The Temptress, 1926). Trocando a MGM pela Paramount, Stiller pôde realizar, com controle maior de produção, Hotel Imperial (1927) e Confissão (The Woman on Trial, 1927), ambos com Pola Negri no papel principal. Vítima de uma depressão, não consegue terminar nenhum de seus trabalhos seguintes, como Arame Farpado (Barbed Wire, 1927) e A Rua do Pecado (The Street of Sin, 1928), quando foi substituído por Josef von Sternberg. Morreu em 1928, em Estocolmo, aos 45 anos, quando voltou ao país para tentar se recuperar de uma estafa. A 27ª Mostra promove uma retrospectiva completa de Stiller, em colaboração com a Cinemateca Sueca.

O Tesouro do Sr. Arne ( Herr Arnes Pengar, Suécia, 1919)
Direção: Mauritz Stiller
Elenco: Richard Lund, Hjalmar Selander e Mary Johnson.
Duração: 106 minutos
Classificação Livre

Sinopse - Considerado uma raridade pelo tema, “O Tesouro do Sr. Arne” é um filme histórico que se passa na Suécia do século 16, com piratas, ambição e vingança. Conta a história de amor entre uma jovem sueca e um mercenário escocês, sir Archi, que, juntamente com três outros marinheiros, matam o fazendeiro Arne e toda sua família para roubar seu caixão coberto de ouro. A única sobrevivente é a filha Elsalill, que se muda para outra cidade. Mas os criminosos não conseguem fugir porque o gelo impede o navio de seguir viagem. Mais tarde, Archi e Elsalill se encontram e se apaixonam, mas logo ela saberá que ele é um dos assassinos do pai. Terá, então, que decidir entre seu amor por ele ou o desejo de justiça. Destaque para a bela cena final, que mostra o cortejo fúnebre sobre a neve.

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