Mais de 120 convidados assistiram a apresentação de Jorge Luiz de Souza Arraes sobre o projeto Porto Maravilha. Especialista apontou as semelhanças e diferenças entre o Plano de Reabilitação Participativo do CAS e o projeto carioca de revitalização urbana.
A convite da Secretaria da Cultura do Estado da Bahia, o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp-RJ), Jorge Luiz de Souza Arraes fez, na manhã desta quinta-feira (02), uma apresentação sobre o Porto Maravilha, projeto que está em execução na zona portuária da capital fluminense e é de responsabilidade da Cdurp.
Marcaram presença no evento representantes do Ministério da Cultura, Caixa Econômica Federal, Federação das Indústrias do Estado da Bahia, Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (SindusconBA), Instituto de Arquitetos do Brasil/BA, dentre outros.
O secretário de Cultura do Estado, Márcio Meirelles, abriu o evento falando do processo que deu origem ao Plano de Reabilitação Participativo do Centro Antigo de Salvador e fazendo um balanço sobre as ações em andamento. O Plano é resultado de uma parceria entre as três esferas governamentais - União, Estado e Município, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), com ampla participação da sociedade civil e foi entregue oficialmente à população, no dia 10 de junho deste ano.
Com por 14 proposições, os objetivos do Plano são preservar e valorizar o patrimônio cultural, impulsionar as atividades econômicas e culturais da região, além de propiciar condições de sustentabilidade para o Centro Antigo de Salvador (CAS) nas dimensões econômica, social, urbanística e ambiental. A meta de execução final do Plano é o ano de 2014, quando Salvador deve cediar alguns jogos da Copa do Mundo.
Durante a reunião de acompanhamento na manhã desta quinta-feira (02), o público, formado por mais de 120 pessoas, assistiu a apresentação sobre a experiência carioca, feita pelo presidente da Cdurp. Arraes detalhou todos os estágios do Porto Maravilha, desde a elaboração, criação de leis específicas para dar andamento ao projeto, fazendo um balanço do que já está em execução. Além disso, foi traçado um paralelo, que apontou as semelhanças e diferenças entre os projetos de revitalização baiano e carioca. Após a apresentação, um debate foi iniciado, e os convidados puderam fazer perguntas sobre ambos os projetos.
Na avaliação do secretário Márcio Meirelles, o encontro foi positivo, sendo uma oportunidade de fechar novas parcerias: “O Plano de Reabilitação do CAS está conseguindo, cada vez mais, atrair novos parceiros. O apoio de todos é fundamental para que todas as 14 propostas sejam implementadas por completo”, afirmou. Meirelles aproveitou a ocasião para reforçar a importância da parceria com o poder municipal. “A prefeitura, como ente federativo responsável pelo uso do solo da cidade de Salvador, é um parceiro importantissimo. Agora, por exemplo, precisamos da cessão do Mercado São Miguel, para dar início ao projeto que desenhamos para a área e que vai permitir uma grande mobilidade entre a nova Fonte Nova e o Centro Histórico”, enfatizou o secretário.
Enquanto o Plano de Reablitação do CAS tem como característica marcante a participação popular nas tomadas de decisão, o Porto Maravilha destaca-se pela gestão e modelagem financeira, reconhecidamente bem-sucedida. Arraes acredita que a troca de informações vai otimizar as atividades dos dois projetos. “Uma iniciativa acaba alimentando a outra e nós iremos, com certeza, usar a experiência baiana no momento de realizarmos diagnósticos. A preocupação com todos os aspectos de um problema são imprescindíveis na hora de encontrar a solução”, alerta o presidente da Cdurp.
No próximo dia 7 de outubro será realizado um novo encontro. Desta vez, a pauta principal será a instalação do Conselho Gestor de implantação das propostas do Plano de Reabilitação do CAS. Este grupo será formado por representantes das três esferas governamentais.
PORTO MARAVILHA
O Porto Maravilha prevê um investimento de R$ 350 milhões na primeira fase. Este montante será utilizado em obras de reformulação urbanística. A principal meta do projeto é transformar a zona portuária carioca em um pólo turístico e de investimento para empresários de vários setores.
O entorno do Porto passará por uma série de melhorias, como investimentos em iluminação pública, recuperação de patrimônios culturais, pavimentação, calçamento, drenagem e plantio de árvores. O término das obras e a total implementação das instalações e complexos que integram o projeto estão previstos para o ano de 2015.
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