06/12/2010

Hoje é Dia de Esquina no Pelô levou oito performances artísticas para as ruas do Centro Histórico

Na programação muita música, arte e cultura gratuita foi oferecida aos que transitavam pelas ruas do Pelourinho.

Por mais de uma hora as ruas do pelourinho foram tomadas por uma variedade de sons, cores e gestos. Quem esteve no centro histórico durante a noite da última quinta-feira (11) pôde desfrutar de um leque artístico cultural de atrações simultâneas para todos os gostos.

Foi o projeto Hoje É Dia de Esquina no Pelô, promovido pelo Governo do Estado da Bahia, através do Programa Pelourinho Cultural, ligado à Secretaria de Cultura e ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC). A Coordenadora geral do evento, Cassia Cardoso, disse que o dia foi especial, pois a iniciativa levou as ruas do Pelô um público e atrações que habitualmente não se vêem no Centro Histórico.

No Largo do Pelourinho, o grupo Pirigulino Babilake atraiu a atenção de visitantes e os já adeptos da banda que aproveitaram para cantar e dançar ao ritmo das músicas já conhecidas. Com um som influenciado pelas referências de ritmos já conhecidos, o grupo constrói canções próprias com muita harmonia poética e personalidade.

Presente no público, as irmãs Carol e Priscila Simas declararam ser admiradoras da banda há muito tempo. “O som que eles fazem é da terra, eles tem o dom de pegar vários ritmos conhecidos e fazem letras inovadoras”, expressou Priscila entre um balanço e outro, embalada pela música “Cais”, de autoria do grupo, sua preferida.
A esquina da Rua das Laranjeiras se transformou em um verdadeiro circo sem tenda onde a atração principal foi o Malabares & Cia.

A apresentação do grupo levou a magia circense e envolveu quem passava pelas esquinas do Pelourinho, garantindo a alegria e gargalhadas do público infantil presente.

Sentada e atenta a todas as peripécias dos palhaços, enquanto sua avó atendia no restaurante ao lado, a pequena Amanda Nogueira, 6 anos, demonstrava com risos o quanto se divertia durante o espetáculo. O palhaço Zédi Espeto destacou a importância do projeto para a companhia. “É muito bacana iniciativas como esta que valorizam a arte de rua”.

Ele explica que, para a ocasião, o grupo construiu um espetáculo especial. Denominado “Um quarto de meia banda inteira”, o espetáculo reuniu números que eles fazem na rua, como também algumas das experiências de cada um dos quatro artistas da trupe – Igor Caxambó, Didi Siriguela, Carla Miranda, Mab Cardoso.

Para enriquecer a diversidade cultural da noite, o samba de roda com a forte e vibrante música de raiz que predomina no Recôncavo Baiano ficou por conta doBarlavento.

Assim como a animada Leda Galiza, outros admiradores presentes da banda cantaram e dançaram ao som do samba animado, que garantiu as palmas e o samba nos pés de quem apreciava. “É história, é raiz. E toda raiz é verdadeira. E a gente precisa dessa troca com o povo porque sem ela fica estranho”, declarou o vocalista e fundador do grupo, Amilton Reis.

Ao final da Rua Santa Isabel, a parada foi do grupo Duo Sense. Um som produzido pelos violões e gaita, os músicos Sérgio Bahia, Júlio Gomes, e Rogério presentearam o público com canções de própria autoria e outras interpretações instrumentais, baseadas em ritmos brasileiros e nas influências de vários estilos musicais.

“Gostamos de ouvir e tocar as nossas ideias, criações através da improvisação. O resultado é muito ritmo musical na veia, com a proposta de levar melodias verdadeiras e de qualidade para o público”, disse o integrante do grupo, Sérgio Bahia.

Na ladeira do Carmo, o Vendo 147 reuniu os adeptos do rock. A banda, que se apresenta com duas baterias abriu o show com a canção “Hell”, arrancando aplausos do público.

Entre os apreciadores estava o produtor cultural Rogério Brito, que define o som do grupo como um instrumental nervoso. Ele diz que este evento é uma conquista. “Há quatro anos, se pensar em tocar rock no Pelourinho e na rua era algo quase surreal, impossível, e hoje temos esse projeto que permite essa verdade.

O multi-instrumentista Julio Caldas se instalou em uma das esquinas da Rua Gregório de Matos. O artista e sua guitarra baiana fizeram uma verdadeira volta ao passado, revivendo antigos carnavais. Quem compareceu pôde ouvir também uma variedade de ritmos como o frevo, baião, ijexá, arrasta pé e até a valsa santa morena, de Jacob do Bandolim. “Esse show é fruto de muita pesquisa. A intenção é tocar, resgatar a guitarra baiana e trazer para um novo ambiente que é o chorinho”, disse.

Um pouco acima, ao lado da Faculdade de Medicina da Bahia, o tecladista, compositor e arranjador, Luizinho Assis, declarou o orgulho por participar da iniciativa que busca levar arte e música de qualidade as ruas, o que segundo ele, é algo cultural em outros países.

Aa apresentação do músico foi um show alegre, que misturou jazz, rock, blues, funk, músicas brasileira e baiana. Composições já conhecidas como “Que Bloco é Esse” e outras de autoria do próprio artista como “Passeio na Barra” fizeram o público pedir bis, que foi prontamente atendido por Luizinho.

No cruzeiro de São Francisco foi o Clube dos Patifes que deu o tom. O rock misturado com blues e uma pitada de música regional prendeu a atenção das pessoas que aos poucos iam chegando e fazendo da rua uma arquibancada para apreciar e ouvir o bom som do grupo.

O Pelô não pára – Ainda como opção na noite do Centro Histórico, a agenda Tô no Pelô, promovida pelo Governo do Estado da Bahia, através do Programa Pelourinho Cultural, ligado à Secretaria de Cultura e ao IPAC, levou ao Largo Quincas Berro D’agua o Pelô Pé de Serra.

A atração da noite foi a cantora Laurinha, que escolheu um repertório com muito forró. Na próxima quinta-feira, dia 18, no encerramento da edição 2010 do projeto, o cantor Quininho de Valente é o convidado da noite.

No largo Tereza Batista, a atração foi a banda Diamba. O local ficou pequeno para a quantidade de pessoas que foram até o local para curtir o show. Os convidados da segunda noite do projeto Te Encontro no Pelô foram Serginho, do Adão Negro, e Luciano, da Mosiah. Mas a surpresa da noite ficou mesmo com a presença de Rafael Pónde, ex-guitarrista da Diamba, que deu uma canja com a turma.

A banda vai ser apresentar todas as quintas-feiras do mês de novembro, com diversos convidados a cada noite.

http://plugcultura.wordpress.com/2010/11/12/hoje-e-dia-de-esquina-no-pelo-levou-oito-performances-artisticas-para-as-ruas-do-centro-historico/

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