Com um contingente de 77,9% da população soteropolitana que não vai a maior festa de rua do mundo, a televisão é a principal prática cultural nos dias da festa. A internet foi prática cultural citada por 34,3% dos pesquisados.
A pesquisa Suplemento do Carnaval 2010, publicada no Infocultura nº 06 “Carnaval 2010: Comportamentos dos Residentes de Salvador na Festa e suas Práticas Culturais”, constatou que assistir televisão é a principal prática cultural domiciliar dos residentes em Salvador durante o Carnaval, pois 84,9% dos indivíduos entrevistados afirmaram ter exercido esta atividade no carnaval de 2010, independente desses indivíduos terem curtido ou não a festa.
A pesquisa constatou ainda que dos entrevistados que não participaram do carnaval, 86,1% consideraram a TV como prática cultural mais relevante e 80,5% dos entrevistados que participaram da festa assistiram televisão.
“Nos três anos em que a pesquisa vem sendo aplicada, se observa uma relativa paridade nos resultados apresentados, o que indica a tendência a uma estabilidade no comportamento dos residentes de Salvador em relação a sua festa maior.
Como o percentual dos moradores que não vão ao carnaval é elevado, decidimos na pesquisa 2010, investigar o que faziam os que ficavam na cidade nestes dias de tempo livre, apostamos que as práticas culturais domiciliares seriam prevalecentes, principalmente a de assistir televisão, por ser este movimento uma tendência internacional”, explica uma das pesquisadoras, a economista Carlota Gottschall.
Os resultados não foram surpreendentes. As perguntas feitas em um questionário que permitia a múltipla escolha indicaram que, dentre o conjunto dos indivíduos entrevistados que disseram ter assistido televisão, o carnaval foi um dos estilos de programação mais vistos nesse período, indicado pelo contingente de 50,3% ficando atrás somente dos programas de jornalismo/entrevistas que tiveram 58,4%, e na frente das novelas que ficou terceiro lugar com o quantitativo de 48,3%.
A pesquisa apontou ainda que entre os que não participaram em nenhum dia da festa, 45% utilizou a televisão para ficar mais próximo da comemoração e entre os que brincaram, 75,9% além de ter participado da festa, continuaram conectado pela televisão, assistindo o carnaval como um dos programas preferidos.
“Em 2008 quando foi feita a primeira edição da pesquisa, o resultado de 77,9% dos residentes de Salvador que não iam para as ruas brincar o carnaval nos deixou intrigados quanto aos motivos que poderiam influenciar este comportamento, este dado da prática cultural via mídia eletroeletrônica obtido com a pesquisa de 2010 pode ser indicativa de uma nova relação com a festa pela virtualidade”, afirma Gottschall.
Suplemento do Carnaval - A pesquisa intitulada “Suplemento do Carnaval 2010” realizada durante os meses de julho, agosto e setembro entrevistou 9.381 indivíduos residentes na capital do estado. A pesquisa foi realizada, em parceria, pela SecultBA e a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Seplan, com base em questionário da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PEDRMS).
Confira a publicação INFOCULTURA 6: http://www.cultura.ba.gov.br/infocultura/
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