Fundado há 25 anos, em 27 de novembro, o Troféu Caymmi ressurge das cinzas e promete promover um dos eventos culturais mais importantes na história da música na Bahia.
Nas edições anteriores contaram com a presença de convidados e artistas ilustres, entre eles, Ivete Sangalo, A Volante do Sargento Bezerra, Psirico, Juiliana Ribeiro, Daniela Mercury, Tetê Espindola, Danilo Caymmi, Grupo Garagem, o Maestro Fred Dantas, e muitos outros.
O Troféu Caymmi é um projeto cultural que estimula e premia os melhores da música baiana/ brasileira desde 1985. O objetivo é apresentar o trabalho musical de artistas locais. "Surgiu para alavancar os novos talentos e dar apoio aos artistas antigos", diz Tuca Moraes, gestor e fundador do projeto.
Após avaliação de um júri técnico, o artista pode ser indicado, nas modalidades show e disco, e consequentemente, premiado com a entrega do Troféu Caymmi. É aberto a compositores, intérpretes, instrumentistas, técnicos e profissionais de todas as tendências e estilos musicais, sejam brasileiros ou estrangeiros radicados no Brasil.
"A celebração desses 25 anos representa um estágio de realização e renovação pela qual passa o Troféu Caymmi, apesar de continuar desafiando as conjunturas econômicas, o projeto cada vez mais se afirma no cenário da cultura baiana, devido a mobilização espontânea dos artistas e da imprensa e por continuar aquecendo a cadeia produtiva da música. Espero retomar o projeto ainda este ano, temos uma empresa interessada no projeto", afirma Tuca Morais.
Problemas de liberação dos recursos da parte do Fazcultura, na gestão do governo passado, e de verba escassa fizeram com que o adiamento da premiação se prolongasse por tanto tempo. Mas o projeto, que completou 20 anos em 2006 e já realizou 14 edições, retoma os trabalhos trazendo novidades.
CONTINUIDADE – “O Caymmi, nesses mais de 20 anos, deu uma grande contribuição cultural e econômica ao Estado, na medida em que revela talentos, renova a música na Bahia, gera empregos, abre mercado de trabalho, atrai turismo e aquece toda a cadeia produtiva musical, e este troféu é democrático, pois premia todos os gêneros”, diz Tuca.
Apesar de lamentar as dificuldades em realizar a premiação, ele se mostra ainda mais estimulado em levar adiante o projeto, para a próxima edição com a parceria do produtor Pablo Gonçalves.
“O maior prêmio do Caymmi não é a estatueta simbólica, nem a gravação do CD, mas, sim, a visibilidade que dá aos artistas e a todos os profissionais ligados à música, desde o técnico, o roadie, aos diretores artístico e musical“, diz o produtor. “E é um projeto democrático, pelo qual todas as tendências passaram e continuam a passar, da música erudita ao pop“, completa.
CASA DE CULTURA – Mais importante, ainda, é a criação de uma Casa de Cultura, associada ao Troféu, que iria ser inaugurada oficialmente após o evento de premiação, em 27 de novembro de 2007, mas por razões diversas ainda não foi possível sua viabilização. "Por agora não estou muito empenhado em fazer a Casa de Cultura, quero me concentrar mais no troféu, mas ainda tenho esperança de fazer a casa acontecer também", afirma Moraes.
“É um sonho de longos anos, para guardar o patrimônio material e imaterial do Troféu Caymmi”, diz Tuca. A ideia é que a casa funcione como um centro de apoio à carreira de artistas e de realização de atividades para jovens, como oficinas musicais.
"É uma lástima que um evento de premiação como este não aconteceu nestes anos, mas espero que as pessoa se conscientizem o quão importante é para a cultura", finaliza o produtor.
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