25/10/2012

COMO APROVEITAR O FIM DO MUNDO E SUBURBIA ESTREIAM DIA 1º NA REDE BAHIA

Seriados abordam apocalipse, permeado por história de amor, e drama social.

O próximo dia 1º de novembro será marcado pela estreia de dois novos seriados na tela da Rede Globo de Televisão (TV Bahia): “Como Aproveitar o Fim do Mundo” e “Suburbia”. No primeiro seriado, os protagonistas Kátia (Alinne Moraes) e Ernani (Danton Mello) acreditam piamente que o mundo vai acabar no dia 21 de dezembro. Quer dizer, apenas Kátia. Mas isso não importa. Ela vai dar um jeito de convencê-lo também de que não há tempo a perder, pois o dia do fim chegará num piscar de olhos.

Esse cara certinho da contabilidade e essa menina meio doidinha do departamento pessoal se encontram no escritório e formam um improvável casal. Tudo em uma divertida história de amor, é claro, com dia e hora para acabar. “Como Aproveitar o Fim do Mundo”, é um seriado de Alexandre Machado e Fernanda Young com direção de núcleo e geral de José Alvarenga Jr e vai ao ar após ‘A Grande Família’.

Kátia e Ernani reúnem os desejos e anseios de quem se propõe a viver intensamente e de maneira diferente. José Alvarenga Jr. aposta nesta mistura de elementos como o grande diferencial do seriado, que também tem participação de Nelson Freitas.

'Armagedom', 'apocalipse' ou 'o juízo final', seja o nome que for, é apenas um detalhe que não faz a menor diferença para Kátia. Ela tem Maia como sobrenome e isso já é motivo suficiente para embarcar na profecia de seus ancestrais. Mas não será preciso fazer nenhuma grande loucura.

Com os dias contados, o momento de acertar as contas e aproveitar os pequenos prazeres da vida é agora. E já que o fim está próximo, nada melhor do que falar abertamente e revelar segredos sobre amor, sexo, trabalho, amizades, viagens, dinheiro, crenças e defeitos. Diante de uma Kátia decidida e com sua lista de pendências para zerar até o derradeiro fim, Ernani terá experiências inusitadas com a mais nova amiga (namorada).

SUBURBIA

Conceição fugiu de casa num trem de carga, sonhando com o Pão de Açúcar. Cleiton cresceu sob as leis injustas do morro. Mãe Bia criou cinco filhos com dedicação e reza forte. Seu Aloysio aposentou o trombone, mas não vive sem música. Margarida perdeu o gosto pela vida ao ter um filho assassinado por traficantes. Moacyr casou com Bete e foi morar num puxadinho da casa dos pais. Amelinha encontrou o amor nos braços de Lila. Jéssica ficou famosa dançando funk com Lulu e Dudu. Tutuca virou bandido e tomou gosto em matar. Vera encontrou a paz em Jesus.

Essas e outras histórias se encontram em “Suburbia”, uma história de amor e drama social permeada de sensualidade e violência, cuja ação principal se passa no seio de uma família da zona Norte do Rio de Janeiro, no início dos anos 1990. O seriado, idealizado pelo diretor Luiz Fernando Carvalho, foi desenvolvido por ele e pelo escritor Paulo Lins, e será exibido em oito episódios, um a cada semana.

“Suburbia” conta a história de Conceição (Débora Nascimento/Erika Januza), uma menina criada nos fornos de uma carvoaria no interior de Minas Gerais, que foge de casa aos 12 anos em busca de uma vida nova. Ela não quer para si o destino miserável dos pais, analfabetos e embrutecidos, nem morrer jovem como o irmão, vítima de uma explosão nos fornos. Conceição embarca no vagão de um trem levando apenas uma pequena imagem de Nossa Senhora Aparecida e uma foto do Pão de Açúcar, encontrada entre os feixes de madeira que carregava na lida. Deixa para trás a humilde casa da família e também sua única amiga na infância, Rapunzel, uma égua branca que só enxerga à noite.

“Suburbia mostra uma busca de melhor condição de vida através do trabalho, da cultura, da religião e de uma rede de solidariedade que existe entre os pobres. Antes de tudo, é uma reflexão social”, afirma o escritor Paulo Lins.

No cruzamento de histórias de vida presente na trama, os personagens se veem às voltas com uma questão preciosa a todos nós: como manter a noção de justiça e os princípios éticos e morais em uma era marcada por violência, desigualdades e decadência de valores?

Com ‘Suburbia’, o diretor Luiz Fernando Carvalho busca retratar a realidade a partir de um olhar documental, mais próximo do real. Seu foco está na rede de afetos que move a vida e também no retrato da zona Norte com as diversas facetas que a compõem, sugerindo reflexões sobre a representação dos negros na produção cultural e na dramaturgia, e apontando seu olhar para a importância do espaço das periferias na sociedade brasileira.

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