O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) realiza, em parceria com o Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), órgão da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBa), a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (SETRE) e o Instituto de Artesanato Visconde de Mauá a exposição Trançar, tecer: Valente, Araci e São Domingos, a partir do dia 21 de fevereiro (quinta-feira), às 17h, na Sala do Artista Popular (SAP), localizada no CNFCP, no bairro do Catete, no Rio de Janeiro. A mostra apresenta trabalhos feitos com sisal por artesãs de cooperativas de três cidades baianas: Valente, Araci e São Domingos.
Além da exposição, o público poderá comprar bolsas, cestos, caixas, entre outros itens produzidos com as fibras de sisal e caroá e com a palha da pindoba por mulheres dessas três cidades baianas. Localizados no semiárido, no nordeste da Bahia, esses municípios fazem parte da Região do Sisal, destacando-se na produção do artesanato, na atividade secular feminina de trançar e tecer fibras da caatinga. “Desde 2007 fazemos parte dessa rede de parceiros. Neste ano de 2013 levaremos ao Rio de Janeiro três cidades baianas que são referência no artesanato com o sisal. Queremos com isso dar mais visibilidade aos artesãos, privilegiando a sua arte criativa e servindo também como rota de escoamento da sua produção, uma vez que estes produtos são comercializados durante a mostra. Outro ponto interessante deste projeto é que o produtor é quem define o preço de seu produto, de acordo com a importância da sua obra”, explica Mateus Torres, coordenador do setor de Preservação e Fomento do CCPI.
Da variedade de produtos feitos pelas artesãs que trabalham com o sisal, somente o trançado utiliza a fibra como matéria-prima, os demais produtos – das técnicas de tricô, tear, e macramê – são feitos com o fio, que é comprado já colorido. Desse modo, tapetes, capachos, bolsas, carteiras e cintos são feitos com o fio, e os produtos utilitários, cestas, descansos de panela, jogos americanos, porta-joias e caixas são feitos com a fibra. Todo esse projeto é acompanhado por uma equipe de pesquisa que fica no município e conhece todo o processo artesanal, desde a matéria-prima até o produto final que é vendido e exposto para o público.
Valente é considerada a capital do sisal onde, além da Apaeb – Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira, responsável pelo beneficiamento da fibra e pela produção de fios e tapetes para exportação, encontra-se a sede da Cooperativa Regional de Artesãs Fibras do Sertão – Cooperafis, que trabalha com 64 artesãs nos três municípios.
As artesãs dos municípios de Valente e São Domingos trabalham com o sisal e também com a palha da pindoba. Já em Araci, a tradição consiste no trabalho com o caroá, uma espécie de bromélia encontrada na caatinga, do qual é extraída uma fibra áspera e dura utilizada na feitura de chapéus, aiós e bolsas.
Da variedade de produtos feitos pelas artesãs que trabalham com o sisal, somente o trançado utiliza a fibra como matéria-prima, os demais produtos – das técnicas de tricô, tear, e macramê – são feitos com o fio, que é comprado já colorido. Desse modo, tapetes, capachos, bolsas, carteiras e cintos são feitos com o fio, e os produtos utilitários, cestas, descansos de panela, jogos americanos, porta-joias e caixas são feitos com a fibra.
O CCPI apoia os trabalhos de pesquisas na Bahia e está presente neste evento para acompanhar a realização da exposição e junto com o Instituto Mauá fazer uma reedição da mesma em junho deste ano na cidade de Salvador. "Em outubro, será realizado o Mercado Bahia de Artesanato Tradicional, reunindo as comunidades baianas que foram beneficiadas pelo projeto", explica Mateus Torres, que ainda conta que durante esse ano será lançado um livro com conteúdo sobre todas as comunidades que participaram da ação.
Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI) - órgão da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult/BA) encarregado de fomentar e promover as manifestações culturais populares que fortalecem a identidade do Estado da Bahia. As políticas do CCPI se orientam de acordo pelo alinhamento do Governo do Estado com o pensamento contemporâneo da Unesco e do Ministério da Cultura de promoção de políticas públicas voltadas para as culturas populares e Identitárias.
Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) - instituição vinculada ao Iphan responsável por promover ações que busquem, por meio de pesquisa e documentação, conhecer as realidades específicas em que ocorrem as mais diversas expressões do fazer brasileiro, procurando acompanhar as constantes transformações por que passam, bem como apoiar e difundir os processos culturais populares, propondo e conduzindo ações para sua valorização e difusão.
Instituto de Artesanato Visconde de Mauá - Reconhecidamente uma instituição de legitimidade na valorização de parte importante do patrimônio artístico e cultural do estado, o Instituto de Artesanato Visconde de Mauá, autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte – Setre, tem uma história de mais de 70 anos com a marca de sucesso e competência na preservação, fomento, promoção e comercialização do artesanato baiano.
Serviço:
Exposição: Trançar, tecer: Valente, Araci e São Domingos
Quando: de 21 de fevereiro a 31 de março de 2013 – de terça a sexta-feira, das 11h às 18h e aos sábados, domingos e feriados, das 15h às 18h
Onde: Sala do Artista Popular (SAP) - Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular - Rua do Catete, 179 - Catete – Rio de Janeiro.
Quanto: Aberto ao público
Nenhum comentário:
Postar um comentário