Com cores e brilhos, público feminino comemora o 8 de março, mostrando que luvas e ataduras tornaram-se acessórios indispensáveis ao seu closet
Já se foi o tempo em que a única luta das mulheres era desentupir a boca do fogão. Com “jabs” e “diretos” cada vez mais precisos, elas comemoram o 8 de março, dia dedicado exclusivamente a elas, mostrando que seu lugar é mesmo no ringue. “Nos últimos anos, tivemos um aumento aproximado de 50% do nosso público feminino. Entre aquelas que procuram perder peso, realizando uma atividade dinâmica, e as que buscam aprender uma defesa pessoal, temos, hoje, 70 alunas, treinando conosco”, destaca Bruno Machado, sócio e professor da Boxe Elite, primeira academia soteropolitana especializada na luta, situada na Barra.
“Além de terem muito mais concentração e flexibilidade, nossas alunas são mais dedicadas que os meninos. E não aliviamos, não. Elas realizam os mesmos exercícios que os homens, chegando a queimar cerca de 900 kcal por hora de aula”, destaca Bruno. “A perda de gordura, sem dúvida, foi um dos motivos que me levaram a praticar a luta. Mas não foi o único. Além de queimar calorias, ganhei muito mais segurança e confiança, para lidar com as adversidades na rua”, pontua Nathália Velame, aluna da Boxe Elite há onze meses.
Boxe Olímpico
“E não para por aí. O boxe feminino está ganhando força mundial como nova modalidade competitiva”, afirma Bruno, referindo-se ao aumento do número de mulheres que, incentivadas pela baiana Adriana Araújo, primeira pugilista a levar a medalha olímpica para casa, no ano passado, têm encarado a luta como novo meio de vida. “No que depender de nós, continuaremos fazendo de tudo para o esporte crescer. Continuaremos apoiando nossas alunas com as orientações e estrutura física necessária, para fazê-las brilhar, não só dentro dos ringues, mas em suas vidas e carreiras profissionais”, finaliza Bruno Machado.
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