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02/12/2013
3ª Bienal da Bahia é lançada oficialmente no MAM
A 3ª Bienal da Bahia foi lançada oficialmente na manhã desta segunda-feira, 2, durante uma coletiva de imprensa com o secretário de Cultura do Estado da Bahia, Albino Rubim. O evento aconteceu no Casarão do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) e contou ainda com a participação do diretor-geral do evento, Marcelo Rezende, do curador-chefe Ayrson Heráclito, da coreógrafa Lia Robato e do artista Gaio.
Marcada para o dia 29 de maio de 2014, a Bienal já está em fase de execução. De acordo com Marcelo Rezende, a lista com os nomes dos artistas que participarão do evento será divulgada no dia 10 de dezembro. “Até o momento, já temos cerca de 270 artistas. Também já mapeamos 19 espaços em Salvador e 10 municípios do interior, com os quais queremos trabalhar. No dia 18 de janeiro, iniciaremos a formação de mediadores para a Bienal, que tem um importante caráter educativo”, explica o diretor, que foi convidado pelo secretário para conduzir a produção e a realização da Bienal, juntamente com um conselho curatorial.
O evento acontecerá durante o período da Copa do Mundo, momento de grande visibilidade para o Brasil, como destacou Albino Rubim. “Não será apenas uma bienal de artes visuais, pois vamos ter um grande diálogo com a cultura da Bahia, do Brasil e do mundo. A ideia é que cada vez mais esta cultura seja reconhecida. Além disto, queremos fazer um evento que resgate a história das edições passadas, realizadas em 1966 e 1968. Simbolicamente, é muito importante esta ser a terceira, e não a primeira Bienal da Bahia. Nada mais justo do que retomar essa história”, revela o secretário.
Após 46 anos, a Bahia terá novamente uma Bienal que, durante 100 dias, contará com exposições e atividades educativas que vão ocupar diferentes espaços culturais e sociais da capital e do interior do estado. As ações serão distribuídas não só pelos museus de Salvador e centros culturais do estado, mas também em locais como a Biblioteca Pública do Estado da Bahia, universidades e em outros espaços expositivos e menos convencionais.
É tudo nordeste? é a indagação que move o projeto curatorial, o conceito central que percorre todas as ações, exibições, projetos e encontros da 3ª Bienal da Bahia. A questão impõe um ato de aproximação da produção cultural e artística da região, em suas mais diversas perspectivas: o Nordeste como condição geográfica, construção histórica e ainda como potente peça do imaginário.
História das Bienais – Promovida pelos artistas Juarez Paraíso, Chico Liberato e Riolan e com o apoio do governo da Bahia, a 1ª edição do evento – denominada 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas – foi realizada em 1966. A proposta era descentralizar a produção de arte no Brasil, ao mesmo tempo em que afirmava o diálogo do cenário baiano e nordestino com as obras e os artistas nacionais.
Com a 1ª Bienal, Salvador se torna, então, um centro regional para discussão da arte, após um rico contexto cultural delineado desde a década de 1930. Hélio Oiticica, Lygia Clark, Rubem Valentim e Rubens Gerchman foram os premiados da primeira edição, que teve ainda a participação de Calasans Neto, Emanoel Araújo e Mario Cravo Neto.
A 2ª Bienal de Arte da Bahia, realizada em 1968, foi fechada dois dias após a abertura. Passado um mês, foi reaberto com dez obras a menos, consideradas subversivas pelo Regime Militar. Desde então, as Bienais Nacionais de Artes Plásticas da Bahia, ou apenas Bienais da Bahia, não ocorreram mais.
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