26/08/2014

Livro “Mulheres de Axé” é lançado em Nova York


Esta semana será de muito axé em Nova York. Lançamento de livro, exposição, exibição de documentário e apresentação do afoxé Filhas de Gandhy compõem a agenda do Coletivo de Entidades Negras (CEN) na cidade estadunidense.

A jornada começa nesta quarta-feira, dia 27, com o lançamento da tradução para o inglês do livro “Mulheres de Axé”, publicação que conta a história de mais de 200 ialorixás de Salvador, Região Metropolitana e Recôncavo Baiano.

Promovido pelo senador Bill Perkins, pela artista brasileira Silvana Magda e com apoio institucional do Instituto Caribenho da Diáspora Africana e do Jornal The Brasilians, o lançamento acontece das 18h30 às 20h30, no segundo andar da galeria The New York Office States Building.

Já no sábado, 30, acontece uma exposição com indumentárias tradicionais das ialorixás e dos Orixás. No mesmo evento, será lançado o documentário “Mulheres de Axé”, registro audiovisual do livro de mesmo nome.

Acontecerão também mesas de conversas temáticas com representações do candomblé do Brasil e dos Estados Unidos e apresentação do afoxé feminino Filhas de Gandhy, que comemorou 35 anos no Carnaval deste ano.

“O ‘Mulheres de Axé’ é uma valorização pela história de luta, ações empreendedoras e de resistência das religiosas, fundamentais para manter viva a tradição do povo negro e das religiões de matrizes africanas”, definiu o historiador Marcos Rezende, coordenador-geral do Coletivo de Entidades Negras e organizador da publicação.

Além de Rezende, um dos fotógrafos do livro, Jean-Claude Aldonce; e dois diretores do CEN, André Santos e Glicéria Vasconcellos; participam da série de eventos no país norte-americano.

Além de diretor da entidade, Santos é um dos autores de Mulheres de Axé. Já Glicélia Vasconcellos é presidente do afoxé Filhas de Gandhy, iarobá do Terreiro do Gantois e personagem da publicação.

Quem também acompanha o grupo é o produtor e cineasta Péricles Palmeira, que está captando imagens para um novo documentário.

“Assino um livro que é resultado de um coletivo, oriundo da representação do movimento social. Sinto-me muito orgulhoso em nome desse coletivo e estou ciente da dimensão e da responsabilidade dessa tarefa ancestral que o Coletivo de Entidades Negras assumiu. Essa tradução nos aproxima de outra diáspora, a diáspora do povo negro norte-americano, nos reconstrói identitariamente e auxilia na reconstrução dos nossos laços de fraternidade”, afirma Marcos Rezende, sobre a expectativa de ter o catálogo lançado em Nova York.

A PUBLICAÇÃO – Para a produção do ‘Mulheres de Axé’, foram mapeados terreiros das nações Bantu, Gêge e Nagô, com destaque para o perfil de liderança feminina comum à grande maioria destes espaços religiosos. O catálogo oferece um rico material de pesquisa para públicos diversos, a exemplo de pesquisadores, estudantes e cidadãos de um modo geral.




“Mulheres de Axé” – que conta com imagens dos fotógrafos Fafá Araújo, Jean-Claude Aldonce e Sandro Bahia e programação visual de Jonas Santos – é uma realização do Coletivo de Entidades Negras (CEN), com apoio do Governo da Bahia, através de Casa Civil e das secretarias de Políticas para Mulheres (SPM) e Promoção da Igualdade Racial (Sepromi).

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