Mais de 360 artistas e grupos se apresentam nos projetos Carnaval do Pelô, Ouro Negro e Pipoca
Serão 15 grandes shows no palco principal do Largo do Pelourinho, montado em frente à Fundação Casa de Jorge Amado. Crédito: Almir Santos
Diversidade de ritmos, estilos e expressões retratam os mais de 360 diferentes artistas, grupos e entidades culturais
que dão vida ao Carnaval da Cultura 2016. No ano em que o
Carnaval do Pelô homenageia o centenário do primeiro samba gravado no
Brasil, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) apoia
blocos afros, afoxés, de índios, de samba e de reggae,
além de encontro de artistas, bandas de sopro e percussão,
performances, palcos para shows e desfiles de chão, em apresentações
gratuitas. Isso sem falar na criatividade dos microtrios e nanotrios,
que são um convite à alegria sem cordas, para todos os públicos.
Para 2016, está previsto um investimento da ordem de R$ 11 milhões, destinado a quatro programas:
Carnaval Ouro Negro, Carnaval do Pelô, Carnaval Pipoca e Outros Carnavais,
que inclui a tradicional folia dos mascarados em Maragojipe. Juntos,
eles mobilizarão cerca de 10 mil artistas em mais de 360 shows e
performances artísticas. Realizado pela SecultBA,
por meio do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), o
Carnaval da Cultura espalha-se pelos principais circuitos oficiais da
festa em Salvador – Barra, Campo Grande e Pelourinho – e alcança também a
cidade de Maragojipe, no Recôncavo Baiano. A programação
promovida pelo Governo do Estado é um dos grandes diferenciais do
Carnaval de rua e visa estimular e democratizar o Carnaval da Bahia.
“Essa
homenagem ao samba é a inspiração central de nossa festa. Mas a
diversidade deu nome à Bahia. Se você pensa
em samba reggae, em marchinha, em frevo, em tudo aquilo que se adapta
para o Carnaval, você vai ter um mosaico muito maior ainda de ritmos e
expressões diferentes. E tudo isso é abraçado também pelo Carnaval da
Cultura”, afirma o secretário de Cultura da Bahia,
Jorge Portugal.
CARNAVAL DO PELÔ homenageia o centenário do primeiro samba gravado e abre espaço para pluralidade de estilos
Para
homenagear o ritmo musical genuinamente brasileiro, o Carnaval do Pelô
reunirá os grandes bambas da Bahia nos
palcos dos Largos do Pelourinho, Tereza Batista, Pedro Archanjo e
Quintas Berro D´Água, em uma grande festa que será aberta por Paulinho
da Viola, Roberto Mendes e Samba Chula João do Boi na sexta-feira, 05 de
fevereiro. Eles fazem o show
Trajetória do Samba. Até a terça-feira de Carnaval, nomes como
Riachão, Nelson Rufino, Juliana Ribeiro, Cacau do Pandeiro, Walmir Lima,
Raimundo Sodré, Gal do Beco e Claudete Macedo homenagearão o ritmo
musical genuinamente brasileiro.
“Quando
eu digo samba, estou falando da gravação do primeiro samba, Pelo
Telefone (Donga) porque o samba propriamente
dito surgiu muito antes. Na verdade, o samba nasceu na Bahia, no
Recôncavo Baiano. Ele foi levado para o Rio de Janeiro pelas três tias
baianas. É um ciclo que fecha com algumas participações de conterrâneos e
a expressão popular mais conhecida da nossa cultura
– que é o samba e todos os seus desdobramentos, partido alto, pagode,
samba-canção e bossa nova – tem essa raiz comum que é o Recôncavo
Baiano. Então, essa homenagem é uma homenagem da Bahia, da Secretaria
Estadual de Cultura e da alma profunda do secretário”,
afirma Jorge Portugal.
Para
além da homenagem, artistas e grupos dos mais variados estilos musicais
se apresentam no Centro Histórico.
Nomes como BaianaSystem, Lazzo Matumbi, Armandinho, Gerônimo, Scambo,
IFÁ Afrobeat, Bailinho de Quinta, Larissa Luz, Diamba, Paula Lima, Peu
Meurray, Ivan Huol, Ana Mametto, Ganhadeiras de Itapuã, Carla Visi,
Márcia Short, Band´Aiyê, Zezé Motta e Adão Negro
estão entre as atrações, que transitam pelos ritmos afro, afro pop,
antigos carnavais, arrocha, axé, baile infantil, guitarra baiana, hip
hop, orquestra, pop rock, reggae, samba.
No sábado, dia 06, Armandinho Macedo, Gerônimo Santana e Vânia Bárbara fazem o show
Axé Música Forte, em uma noite que o público também irá se
divertir ao som de Paulinho Boca, André Macedo e Cláudia Cunha. O samba
pede passagem com a apresentação de Nelson Rufino, Juliana Ribeiro e
Adão Negro. No domingo, dia 07, as Ganhadeiras de
Itapuã sobem ao palco do Largo do Pelourinho ao lado de Zezé Motta e da
cantora Aiace Félix, no show
Toda Mulher é Chica da Silva. A noite contará, ainda, com shows de Alexandre Leão, Moreno Veloso e Targino Gondim, além do reggae de Dionorina.
As marchinhas, o carimbó e a animação de Bailinho de Quinta, Marcela Bellas e Felipe Cordeiro abrirão a festa na
segunda-feira, dia 08. Na sequência, Ana Mametto, MagaryLord e Adelmo Casé fazem o show
Multidão, Música e Alegria. A voz marcante de Lazzo Matumbi encerra a noite, ao lado de Tote Gira e Bagunçaço, com o
Batuque do Coração. A terça-feira, dia 09, abre espaço para as
inovações na música da Bahia, capitaneada por um de seus maiores
expoentes nos últimos anos, a banda BaianaSystem, que tem feito grandes
apresentações no Carnaval do Pelô. O público também
irá se divertir na folia democrática ao som de Márcia Short, Aloísio
Menezes, Nadjane Souza, I.F.Á Afrobeat, Band’Aiyê e Dão.
Serão
15 grandes shows no palco principal do Largo do Pelourinho, montado em
frente à Fundação Casa de Jorge Amado.
Além dos shows de abertura e encerramento – Paulinho da Viola e
BaianaSystem, o credenciamento do Carnaval da Cultura selecionou 13
projetos compostos por três artistas, promovendo encontros musicais
memoráveis e inusitados. Nas ruas do Centro Histórico, a
animação será garantida por 22 grupos musicais – banda de percussão,
bandão e bandinha de sopro e percussão – e 10 grupos performáticos.
Juntos, eles valorizam a tradição dos antigos carnavais de rua e abrem
alas na folia para os mais variados estilos musicais.
“O credenciamento democratiza a festa, porque dá uma chance igual de
trabalho a todos os músicos e artistas. Não tem indicação. É uma
comissão especializada que faz a curadoria entre os projetos
habilitados”, pontua Arany Santana, diretora do CCPI.
Uma
das novidades deste ano é a inclusão da categoria Baile Infantil, que
foi contemplada com quatro propostas,
com repertório de músicas infantis e atividades recreativas para agitar
a criançada que vem curtir o Carnaval do Pelô junto com as famílias. Os
bailinhos acontecerão de sábado à terça de Carnaval, sempre às 15h30,
no Largo Pedro Archanjo.
“As
estrelas trazem brilho para nossa festa, mas o grande conteúdo do
Carnaval da Cultura é poder ver de perto a
excelência do trabalho dos artistas da terra. Nos cinco dias de
programação, teremos quase 200 músicos só no palco principal, sem falar
nas equipes técnicas; então é uma responsabilidade grande cuidar desse
evento que é a grande vitrine de nossa produção musical,
em sua diversidade”, remonta Arany. A programação do Carnaval do Pelô é
inteiramente gratuita.
O
processo de credenciamento do Carnaval 2016 selecionou 106 projetos
através de uma curadoria composta pelo produtor
musical, radialista e músico André Simões, o Andrezão, o radialista
Cristóvão Rodrigues, os músicos Antenor Cardoso e Ademar de Andrade, o
ator Fábio de Santana e a coordenadora de eventos do Centro de Culturas
Populares e Identitárias da SecultBA, Thelma
Chase. Os classificados participam dos projetos Carnaval Pipoca e
Carnaval do Pelourinho.
O apoio da SecultBA é para o carnaval com atrações culturais voltadas para o folião que não veste abadá. Um carnaval
da maioria, afinal o folião pipoca compõe o público majoritário do Carnaval de Salvador e, portanto, merece toda a atenção.
CENTENÁRIO DO SAMBA inspira decoração do Pelô
A
arte no Carnaval da Bahia vai muito além da música e da dança. Transita
também pelo universo das artes plásticas.
Por isso, a homenagem aos 100 anos de Samba terá formas e cores
traduzidas na decoração das ruas e largos do Pelourinho. O artista
visual, designer e cenógrafo Ray Vianna assina o projeto, que tem como
marco o centenário de gravação do primeiro samba no Brasil,
Pelo Telefone, música composta por Donga. Personagens das diferentes
vertentes do samba e instrumentos como violão, cavaquinho, pandeiro,
marcação e notas musicais integram a decoração, que irá compor uma
unidade colorida, alegre e vibrante. Foram utilizados
750m² adesivos, 220 m² de lonas, 220 folhas de compensado, 715 metros
de nylon amassado e 66 refletores de luz para produzir a decoração, que
contará também com 20 bonecos de 4,4 metros, representando personagens
sambistas.
“Conceitualmente,
procuramos mostrar a diversidade do samba. Ao mergulhar na pesquisa,
encontramos um universo enorme
a ser explorado, como os tipos de samba - samba de roda, samba chula,
samba de breque, samba enredo, bossa nova - e os sambistas que podem ser
a baiana do recôncavo, o cara de camisa listrada ou o destaque da
escola de samba, dentre outros", afirma Ray Vianna.
O artista foi o responsável pela criação da identidade visual da
Timbalada, e por diversas obras que adornam espaços públicos de
Salvador, como as tulipas brancas gigantes na praça da Av. Garibaldi; a
obra “Odoyá”, dorso de peixe feito em aço e instalado em
frente à praia do Rio Vermelho e o Caramuru-Guaçu, escultura em aço
localizada em Piatã.
Mais de 90 entidades são apoiadas pelo OURO NEGRO
Ao
todo, 94 entidades carnavalescas dentre blocos afro e de índios, afoxés
e grupos de samba e reggae de Salvador
foram contemplados pelo programa gerido pela Secretaria de Cultura, com
objetivo de apoiar seus desfiles em todos os circuitos do Carnaval da
capital. Criado há oito anos, o Ouro Negro reconhece o legado e a
importância da cultura negra e indígena para o Carnaval
e mantém o apoio para garantir a presença do espetáculo de beleza e
simbolismo que esses blocos fazem na avenida.
O
Carnaval Ouro Negro é de vital importância para as entidades baianas de
matrizes africanas. Essas agremiações,
em especial as médias e pequenas, têm grande dificuldade de obter
patrocínios. As agremiações apoiadas pelo programa desfilam nos três
circuitos da folia: Batatinha (Centro Histórico), Dodô (Barra) e Osmar
(Avenida Sete).
Entre
as 94 entidades credenciadas pelo programa, estão os afros Bankoma,
Cortejo Afro, Didá,Malê Debalê, Muzenza,
Os Negões e Okanbi; os blocos de samba Alerta Geral, Alvorada, Reduto
do Samba e Quintal do Samba; o afoxé Filhos de Gandhy, os blocos de
índios Apaches do Tororó e Comanche do Pelô e os blocos de reggae
Aspiral do Reggae e Reggae - O Bloco. A lista completa
das entidades apoiadas pelo Ouro Negro está disponível no site da
SecultBA:
www.cultura.ba.gov.br.
CARNAVAL DA CULTURA
O
Carnaval da Cultura 2016 é o carnaval da democracia e da diversidade,
que leva para as ruas, durante todos os
dias e circuitos da folia, a mistura de ritmos e gêneros musicais e,
principalmente, a estética e a arte de diferentes artistas, grupos e
entidades culturais da Bahia. São centenas de atrações e shows gratuitos
de afoxé, samba, reggae, axé, pop, MPB, fanfarras
e muito mais. É diversão garantida para todos os gostos e estilos no
espaço público da rua para alegria do folião. O Carnaval da Cultura –
uma realização da Secretaria da Cultura do Estado da Bahia, por meio do
Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI)
– está organizado a partir de quatro programas: Carnaval do Pelô,
Carnaval Ouro Negro, Carnaval Pipoca e Outros Carnavais. A programação
completa de nossa festa está disponível nos sites
www.cultura.ba.gov.br e
www.carnaval.bahia.com.br.
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