Inúmeros
pacientes, incluindo crianças, estão hoje em fila de espera, pois
dependem do equipamento para realização de suas cirurgias
Instituição
que abriga um dos maiores complexos de saúde do país com atendimento
100% gratuito, as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) possuem hoje uma fila
de espera de inúmeros pacientes, incluindo crianças, aguardando por
cirurgias que dependem do Arco Cirúrgico (Arco C) – aparelho que permite
a visualização, em tempo real e com exatidão, da cirurgia,
possibilitando sua adequada avaliação e trazendo menos riscos ao
procedimento. Para concretizar o sonho de adquirir o Arco C e assim
atender as pessoas que tanto precisam de assistência, a OSID acaba de
lançar, em parceria com a empresa Kickante, uma campanha de captação
coletiva pela internet. O objetivo é buscar o apoio da população,
através de doações de recursos financeiros, para obtenção desse
importante equipamento. As contribuições já podem ser feitas através do
endereço www.kickante.com.br/irmadulce.
A
depender do valor da contribuição, que pode ser a partir de R$ 10, o
doador tem direito a uma “recompensa”, “uma forma de agradecer àqueles
que contribuem com a causa em prol das Obras de Irmã Dulce”, explica a
assessora de Marketing da OSID, Mariana Pimentel. Entre os brindes,
criados exclusivamente para a campanha, estão Certificado Digital de
Amigo de Irmã Dulce, terço perolado benzido no Santuário da
Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, chaveiro, imã, estatueta, caneca e
boneca Irmã Dulce de pelúcia. O colaborador da campanha pode ainda ser
recompensado com uma placa de agradecimento fixada no aparelho pelo
período de um ano, em nome dele, da sua família ou empresa. As doações
podem ser feitas também através de boleto ou cartão de crédito
(parcelamento em até 6 vezes, com parcela mínima de R$ 25).
O aparelho
- “O Arco Cirúrgico oferece maior segurança em procedimentos invasivos,
diminuindo o tempo da cirurgia, prevenindo e reduzindo a ocorrência de
complicações. Além disso, a chegada do aparelho reduzirá as filas de
espera e ampliará a capacidade de atendimento da instituição”, destaca a
gestora de Saúde da OSID, Lucrécia Savernini. Somente no Serviço de
Pediatria das Obras Sociais Irmã Dulce, a expectativa é aumentar em
cerca de 10% o número de cirurgias com a aquisição do Arco C.
De
acordo com Lucrécia, o Arco Cirúrgico é essencial para o tratamento de
diversas patologias de pequena, média e alta complexidade e será
utilizado, principalmente, em cirurgias das especialidades de Ortopedia,
Urologia e Cirurgia Geral. “Em nosso hospital, a cada mês, são
agendadas aproximadamente 60 cirurgias ortopédicas, entre pacientes
adultos e pediátricos. Desse total, cerca de 15% dos casos não são
concretizados devido à falta do Arco C, além da demanda reprimida que
supera nossa capacidade atual de atendimento”, afirma. Nesse grupo há
muitos casos de crianças com deficiências físicas isoladas ou em
múltiplas áreas como intelectual, visual e auditiva, que realizam
reabilitação na OSID e necessitam de cirurgia ortopédica para obter
melhores resultados no processo de reabilitação.
A
falta do Arco C impossibilita, por exemplo, o diagnóstico adequado de
obstruções arteriais de pacientes com ferimentos agudos e crônicos em
membros inferiores e que muitas vezes têm seus membros amputados por
postergação de diagnóstico e pela falta da terapêutica de
revascularização. “Sem o aparelho, procedimentos de emergência precisam
ser suspensos ou encaminhados para outras unidades. Como nem sempre é
possível realizar as transferências em tempo hábil, muitas vezes o
paciente fica com sequelas”, explica a gestora.
As Obras
– Fundada em 26 de maio de 1959 por Irmã Dulce, a OSID é fruto da
trajetória de amor e serviço e da persistência da religiosa baiana que
peregrinou durante mais de uma década em busca de um local para abrigar
pobres e doentes recolhidos das ruas de Salvador. As raízes da
instituição datam de 1949, quando a freira, sem ter para onde ir com 70
doentes, pediu autorização a sua superiora para abrigar os enfermos em
um galinheiro situado ao lado do Convento Santo Antônio. O episódio fez
surgir a tradição de que o maior hospital da Bahia nasceu a partir de um
simples galinheiro.
Atualmente,
as Obras Sociais Irmã Dulce abrigam um dos maiores complexos de saúde
100% SUS do país, com cerca de 4,6 milhões de atendimentos ambulatoriais
por ano a usuários do Sistema Único de Saúde, idosos, pessoas com
deficiência e com deformidades craniofaciais, pacientes sociais, pessoas
em situação de rua, usuários de substâncias psicoativas e crianças e
adolescentes em situação de risco social. A entidade conta com um perfil
de serviços único no país, que prestam assistência à população de baixa
renda nas áreas de Saúde, Assistência Social, Pesquisa Científica,
Ensino em Saúde, Educação e na preservação e difusão da história de sua
fundadora.
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