Foto: Caroline Lima / divulgação
Dois integrantes do Conselho Estadual de Cultura participaram da noite
de abertura da décima edição do Caldeirão Cultural – Festival de Artes do
Subúrbio Ferroviário, em Salvador. Serão doze dias de atividades iniciadas na
última terça-feira, 31, com calendário previsto até 11 de junho, no Centro
Cultural de Plataforma (CCP), espaço gerido pela Secretaria Estadual de Cultura
(SecultBA).
Mais de 20 grupos das diversas vertentes artísticas irão movimentar não
apenas o CCP, mas o Centro de Referência do Parque São Bartolomeu e a Praça São
Braz, também no Subúrbio. O presidente do Conselho Estadual de Cultura, Márcio
Ângelo Ribeiro, e a conselheira de cultura e presidenta da Câmara de Patrimônio
do Conselho, Ana Vaneska, ressaltaram a importância dos espaços culturais como
pontos de construção da cidadania dos agentes culturais da região.
Segundo a conselheira de cultura Ana Vaneska, a gestão cultural
participativa do Centro Cultural Plataforma, construída desde 2007 com a
SecultBA e o Fórum de Arte e Cultura, proporciona espaço ao evento que marca
uma política pública de participação social no território do Subúrbio
Ferroviário de Salvador.
"Uma experiência como essa dá poder de decisão aos vários sujeitos
incluídos no processo que tem início na criação, passa pela fruição e gestão
até o público efetivamente, que é quem irá consumir o resultado dessa
construção e que formará opinião. A gestão do Centro Cultural Plataforma deu
espaço para um evento que é marco de uma política pública cuja tônica é,
eminentemente, participativa. Tem sido dado tônus ao embrião forte de
desenvolvimento através da cultura em um território, que é o do Subúrbio
Ferroviário de Salvador", sinalizou a conselheira.
RECONHECIMENTO
– O presidente do Conselho, Márcio Ângelo Ribeiro, reconheceu, em
Plataforma, o trabalho feito com a comunidade do Kidé, em Juazeiro, sua
cidade de origem. “Há mais de dez anos, através da cultura, o Kidé vem
se transformando. A partir do incentivo cultural dado à comunidade, o
bairro, antes conhecido pela violência, hoje, é valorizado pelas
manifestações culturais dos jovens que lá vivem”, assinalou.
Ribeiro assinalou que a cultura nos bairros é responsável pela
reconstrução e afirmação da identidade de um povo. Ao fortalecer ações nesses
espaços, o presidente acredita que as políticas culturais transformam centros
de cultura em pontos de referência social. Ele aproveitou para reforçar que o
Conselho Estadual de Cultura está de portas abertas à comunidade do Subúrbio
Ferroviário, caso necessitem de intermediações com o Estado.
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