27/06/2016

Espetáculo teatral “Elefante”chega a Salvador



Com recursos de acessibilidade, espetáculo traz reflexão sobre a finitude da vida

Incitando questionamentos sobre a morte e o envelhecimento, o espetáculo “Elefante”, da carioca Probástica Cia. de Teatro, estreia em Salvador no dia 1º de julho e fica em cartaz até o dia 3 do mesmo mês, no Teatro Vila Velha. As apresentações acontecem sexta (1) e sábado (2) às 20h, e domingo (3) às 19h. Os ingressos já estão à venda através do site Ingresso Rápido (https://www.ingressorapido.com.br/compras/?id=50573#!/tickets) e custam R$10 (inteira) e R$5 (meia). O espetáculo conta ainda com serviços de acessibilidade com audiodescrição para deficientes visuais, intérprete de LIBRAS e legendagem para surdos e ensurdecidos.

Com texto do dramaturgo Walter Daguerre, indicado ao Prêmio Shell (2006), o elenco conta com a participação dos atores globais  Chandelly Braz, no ar atualmente como a Carmela da novela “Haja Coração” , e Igor Angelkorte, o Clóvis da novela Babilônia (2015), que também dirige o espetáculo. “Elefante” já teve três temporadas no Rio de Janeiro (RJ), além de ter participado de festivais na capital carioca, em São José do Rio Preto (SP) e em Brasília (DF). No Nordeste, passou por Fortaleza e chega agora a Salvador, circulação essa viabilizada pela seleção no Programa Petrobras Distribuidora de Cultura.

Os atores Chandelly Braz, Igor Angelkorte, Livia Paiva, Julia Lund, Samuel Toledo e Luca de Castro encenam a história de uma família que vive em uma época onde ninguém mais envelhece e, portanto, onde não se morre de causas naturais. A partir dos 25 anos, todos passam a tomar um medicamento conhecido apenas como “pílula”, assim permanecendo jovens e com saúde plena. Elefante resulta, assim, em um drama familiar com ares de ficção científica em que busca se refletir sobre a dificuldade da humanidade em se relacionar com a própria finitude.

SERVIÇO:
ESPETÁCULO TEATRAL ELEFANTE
Data: De 1º a 3 de julho de 2016
Horário: Sexta (1) e Sábado (2), às 20h / Domingo (3), às 19h.
Local: Teatro Vila Velha (Av. Sete de Setembro, s/n - Passeio Público, Salvador – BA)
Ingresso: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Classificação etária: 16 anos
Duração: 70 minutos

Mais informações:

O enredo

Francisco é um fotógrafo de 65 anos, casado com Lúcia, uma médica geneticista, e filho de César, um alto funcionário do governo local e de Cléo, dona de uma clínica de estética. Certo dia, César consegue um contrato para que Francisco viaje até a ilha de Sêneca a fim de fazer fotos para uma campanha do governo a favor da “pílula”, sendo a ilha o único lugar do mundo em que a população não faz uso do medicamento e onde, portanto, as pessoas ainda envelhecem e morrem de causas naturais.

Francisco, então, volta de Sêneca transformado por algo que ele não consegue definir, mas que, definitivamente, tem a ver com a opção de não usar a “pílula”. Após tentar inutilmente convencer Lúcia a ir embora com ele para a ilha e de tentar explicar aos pais a razão de sua decisão de viver lá, Francisco rompe com todos e desaparece. Dez anos depois, o fotógrafo volta completamente envelhecido e reencontra as pessoas que deixou para trás.

Elefante resulta, assim, em um drama familiar com ares de ficção científica, na qual o progresso da medicina permitirá vencer os sintomas da velhice, rebaixando-a na escala humana de imperativo biológico a mero inconveniente. Tal hipótese serve à Probástica como instrumento lúdico para o questionamento do valor da morte e do envelhecimento para o homem atual. Portanto, trata-se de um grande panorama de vivências refletindo a dificuldade da humanidade em se relacionar com a própria finitude.

Sobre a Probástica Cia. de Teatro
Fundada em 2011 pelos atores Chandelly Braz, Igor Angelkorte, Lívia Paiva e Samuel Toledo, a Probástica Cia. de Teatro pesquisa a construção de dramaturgias próprias através do estudo colaborativo do grupo em improvisos que investiguem a relação da cena com o tema. Faz parte da pesquisa da companhia a busca pela teatralidade em espaços não-convencionais e a relação entre como a ficção e o real, por meio do teatro e do espaço, podem alterar/ressignificar a percepção do espectador e ao mesmo tempo sublinhar a teatralidade contida nestes espaços.

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